terça-feira, 26 de julho de 2011

Dieese diz que encargos trabalhistas são 25,1% sobre salários e não 102%

O Dieese divulgou à imprensa um levantamento que comprova que os encargos trabalhistas representam apenas 25% sobre os salários pagos aos trabalhadores e trabalhadoras no Brasil.

O levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) desmonta a tese, alardeada pelos empresários, que o salário de cada trabalhador custa mais que o dobro para os empregadores.

É possível que, apesar de o Dieese ter divulgado esse dado, a notícia não chegue até a maioria.



Artur Henrique 
Presidente da CUT Nacional

O empresariado, através de consultores e com a ajuda da grande mídia, tanto divulga a ideia de que cada trabalhador custa duas vezes o seu salário, que até mesmo os assalariados costumam repetir essa falsa informação.



Precisamos desmontá-la.

Os empresários, quando dizem que os encargos custam 102% a mais que o salário propriamente dito, fazem uma conta marota.

Eles consideram como encargo algo que, na verdade, é salário.

Confira o que eles consideram como encargo, e não como salário:
- repouso salarial remunerado
- férias remuneradas
- adicional de 1/3 sobre as férias
- feriados
- 13º salário
- aviso prévio em caso de demissão sem justa causa
- multa sobre o FGTS
- parcela do auxílio-doença paga pelo empregador.

Ora, tudo isso é salário, pois compõe o rendimento do trabalhador, aquilo que ele põe no bolso, seja em dinheiro, seja em forma de poupança.

Quando os empresários separam uma coisa da outra, querem considerar salário só o valor da hora de trabalho. Todos esses outros itens citados acima seriam "despesa extra", "encargo", e que poderiam, portanto, ser eliminados.

Para o Dieese e para a CUT, devem ser considerados encargos sociais aqueles que são repassados para o governo e também para entidades empresariais (ora vejam só) como Sesi, Senai, Sesc e outros, com o objetivo inicial de financiar programas universais:

- INSS
- seguro acidentes do trabalho
- salário educação
- Incra
- Sesi ou Sesc
- Senai ou Senac
- Sebrae

Tais encargos, aplicados sobre o salário, representam 25,1%. Jamais 102%.

Vamos lembrar disso neste momento em que a grande pauta do empresariado é a "desoneração da folha"

Fonte: Blog do Artur Henrique - Presidente da CUT

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Encontros neste fim de semana   encerraram preparação para 13ª Conferência dos Bancários
As conferências dos bancários de São Paulo, Bahia e Sergipe, e os encontros dos bancários do Distrito Federal e do Mato Grosso do Sul finalizam neste fim de semana os eventos preparatórios para a 13ª Conferência Nacional dos Bancários, que ocorre entre os dias 29 e 31 de julho, em São Paulo, onde serão definidos os rumos do movimento. Os eventos ocorrem no final do calendário de organização aprovado pelo Comando Nacional, coordenado pela Contraf-CUT.

"A construção da Campanha Nacional dos Bancários é um processo coletivo e democrático, que garante voz e vez a milhares de trabalhadores em todo país e às mais variadas posições da categoria para a definição das estratégias e da pauta de reivindicações para a negociação unificada", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. "A 13ª Conferência Nacional será o auge desse processo vigoroso que reforça a unidade nacional dos bancários e fortalece a luta da categoria", sustenta.

Neste sábado, dia 23, aconteceu a 13ª Conferência Estadual dos Bancários de São Paulo, promovida pela Fetec-CUT/SP, na capital paulista. Participarão 325 delegados eleitos em assembleias realizadas pelos sindicatos e nas conferências regionais preparatórias. Na ocasião, também foram eleitos os delegados que representarão os bancários de São Paulo na 13ª Conferência Nacional.

Já a 13ª Conferência Interestadual dos Bancários da Bahia e Sergipe ocorreu neste sábado e domingo, dias 23 e 24, no Hotel Sol Victória Marina, Corredor da Vitória, em Salvador. As discussões são abertas a todos trabalhadores da base. Da mesma forma, foram eleitos os delegados que representarão os bancários de São Paulo na 13ª Conferência Nacional.

O Sindicato dos Bancários de Brasília realizou neste sábado, dia 23, plenária e assembleia para definir propostas de estratégias e prioridades para a Campanha Nacional. Trata-se da segunda e terceira etapas do congresso do Sindicato, cuja programação teve início nos dias 11 e 12. Na assembleia foram eleitos os delegados que representarão os bancários de Brasília na 13ª Conferência Nacional.

Por fim, o 1º Encontro Estadual dos Bancários de Mato Grosso do Sul (Eban-MS) foi realizaddo, neste sábado, dia 23, em Dourados. Os trabalhadores também discutirão estratégias e definirão as principais reivindicações da categoria no Estado. O evento está sendo organizado pelos Sindicatos dos Bancários de Campo Grande e Dourados, com apoio da Contraf-CUT. Os Sindicatos de Ponta Porã, Corumbá, Naviraí e Três Lagoas também foram convidados.

Fonte: Contraf-CUT
Crítica da Contraf-CUT ao novo aumento da Selic repercute na mídia nacional

A crítica da Contraf-CUT à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) em aumentar pela quinta vez consecutiva em 2011 a taxa Selic, em 0,25%, passando para 12,50% ao ano, repercutiu na mídia em todo país. Para a entidade, faltou coragem ao Comitê de Política Monetária (Copom) para enfrentar a chantagem do mercado financeiro e não ceder à pressão por nova alta dos juros da economia. na reunião encerrada na quarta-feira, dia 20.

"Aumentar os juros não se trata de uma decisão técnica ou uma escolha para não desapontar o mercado, mas trata-se de uma medida que afeta o emprego, o salário, as políticas públicas e sociais da população brasileira, duramente atingida a cada aumento da taxa", afirmou o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

Ele rebateu a desculpa da subida da inflação."Se a justificativa do processo de elevação da taxa é o controle da inflação, a decisão vai na contramão dos principais indicadores econômicos", observou. "O Copom ignorou todos esses indicadores e se baseou unicamente na pesquisa Focus, divulgada ontem pelo Banco Central, que projeta elevação da inflação e conspira contra o crescimento sustentável do País", disse.

Para o dirigente da Contraf-CUT, além das metas de inflação, o BC deveria fixar também metas sociais, como o aumento do emprego e da renda dos trabalhadores e a redução das desigualdades sociais do país. "Para isso, é fundamental ampliar o Conselho Monetário Nacional, de forma a contemplar a participação da sociedade civil organizada na discussão dos rumos da economia", destaca.

"É preciso acabar com esse nefasto programa de transferência de renda da sociedade brasileira. Quebrar essa lógica é uma obrigação do governo eleito pelas forças populares e democráticas. Essa política do Copom concentra riqueza, freia o desenvolvimento e

empobrece a nação", diz Carlos Cordeiro.

O histórico de elevações das taxas neste ano revela aumentos em janeiro (de 10,75% para 11,25%), em março (para 11,75%), em abril (para 12%), em junho (para 12,25%) e agora em julho (para 12,50%).

Fonte: ContrafCUT
Justiça manda pagar horas extras a quem comprova que trabalha em casa

O aumento na contratação de empregados para trabalhar em casa vem elevando o número de empresas que enfrentam processos trabalhistas. Empregados que prestam serviço no sistema home office vêm usando novas tecnologias - como Iphones, Skype e videoconferências - como meios de prova nos pedidos de pagamento de horas extras.

Apesar de a modalidade não ser regulamentada por lei, há decisões judiciais que concedem o pagamento de horas extras quando é possível demonstrar a jornada de quem trabalha de casa. Segundo a Sociedade Brasileira de Teletrabalho (Sobratt), o número de pessoas que trabalham em home office tem crescido em média 10% ao ano.

A 6ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST), por exemplo, já decidiu pelo pagamento das horas extras de um trabalhador que exercia suas funções de casa. "Por meio da prova produzida nos autos, principalmente a prova oral, o autor fazia jus às horas extras pleiteadas", afirmou o ministro relator Aluysio Corrêa da Veiga no processo.

A 4ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 5ª Região também concedeu recentemente horas extras a empregado home office. Quanto às despesas domésticas, a Justiça tem entendido que a empresa deve bancar os equipamentos necessários à atividade e dividir com o empregado despesas como energia elétrica e telefone.

A advogada trabalhista Luciana Fernandes D'Oliveira, do Crivelli Advogados Associados, afirma que em geral os tribunais têm entendido que se a jornada é controlada - seja por e-mails, MSN, Skype, Iphones ou softwares que conseguem precisar em qual o momento se estava trabalhando - cabe o pagamento de horas extras se extrapolado o limite de oito horas diárias.

"Houve fiscalização intensa da jornada de trabalho do empregado", afirma Luciana. O advogado Danilo Pereira, do Demarest & Almeida, porém, cita o caso de uma indústria farmacêutica em que a prova testemunhal foi mais relevante. "Um representante de vendas pleiteou horas extras com base em relatórios on-line sobre as visitas que fazia, mas o que comprovou seu direito foram os médicos que testemunharam sobre suas visitas", afirma.

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) determina que em caso de cargo de confiança e "atividade externa incompatível com o controle de jornada" não cabe horas extras. Para o presidente da Associação Nacional dos Magistrados Trabalhistas (Anamatra), Renato Henry Sant'Anna, não há necessidade de regulamentação do trabalho em casa por considerá-lo como outro qualquer, com os mesmos direitos e obrigações.

"Por isso, se empregado home office trabalha mais do que a jornada legal, comprovadamente, deve receber hora extra", diz. Ele lembra que, antigamente, caminhoneiros não conseguiam receber hora extra por ter atividade externa impossível de ser controlada. "Como, hoje em dia, o GPS já permite esse controle, cabe o pagamento", exemplifica.

Por outro lado, as empresas tentam se prevenir de processos judiciais. O advogado trabalhista Marcelo Gômara, do escritório TozziniFreire, afirma que se o contrato fixa jornada das 12h às 20h e o trabalhador provar por meio de e-mails que houve atividade das 21h às 23h, isso será considerado hora extra pela Justiça do Trabalho.

O advogado aconselha clientes a identificar o profissional que tem o perfil para trabalhar em casa, que lhe seja enviado um manual sobre ergonomia e alimentação durante a jornada de trabalho, e que ele assine uma declaração que garanta que vai trabalhar em um ambiente isolado, sem risco de violação da confidencialidade da empresa.

"É também preciso treinar o chefe desse trabalhador a não cobrar dele o cumprimento de horários, mas de metas para evitar processos", afirma Gômara.

Apesar das discussões, até mesmo o Judiciário utiliza o trabalho home office. Da Espanha, a analista judiciária Cristiane Meireles Ortiz continua a assessorar a desembargadora federal da 4ª Região (Sul) Maria Lúcia Luiz Leiria. Como o marido da analista, um delegado da Polícia Federal, foi transferido para o exterior, ela teria direito à licença não remunerada para acompanhá-lo. "Porém, o processo eletrônico da Justiça Federal permite que seu trabalho seja feito de qualquer parte do mundo. Ela já está com 31 processos", diz a desembargadora.


Fonte: Laura Ignacio - Valor Econômico
Comando Nacional define últimos preparativos para a 13ª Conferência
Crédito: Contraf-CUT

Comando Nacional reúne 10 federações e maiores sindicatos do país

Em reunião ocorrida nesta sexta-feira, dia 22, o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, definiu os últimos preparativos para a realização da 13ª Conferência Nacional dos Bancários, que ocorre nos dias 29, 30 e 31 de julho, em São Paulo. O evento terá painéis com exposições e debates, mesa de abertura, análise de conjuntura, trabalhos em grupos e plenária final.

"Apresentamos propostas aprovadas nas conferências estaduais e regionais já realizadas e encaminhadas pelas federações, mas nem todas as deliberações ainda chegaram. Além disso, há encontros que acontecerão neste final de semana: São Paulo, Brasília, Bahia/Sergipe e Mato Grosso do Sul", afirma o secretário-geral da Contraf-CUT, Marcel Barros.

Também foram divulgados os resultados parciais da consulta feita pelos sindicatos junto aos bancários em todo país, com 21.329 questionários respondidos, sobre as prioridades para a minuta de reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários. Entretanto, vários sindicatos ainda não remeteram os seus números para a Contraf-CUT. "Vamos aguardar até o início da próxima semana para receber os últimos dados e os resultados serão anunciados para todos no primeiro dia da 13ª Conferência", revela o dirigente sindical.

A 13ª Conferência deverá contar com 695 participantes, sendo 635 delegados e 60 observadores. "Trata-se do maior fórum de deliberação da categoria no Brasil e coroa o processo coletivo e democrático de definição das estratégias e da pauta de reivindicações da Campanha Nacional, que envolveu milhares de bancários em assembleias, encontros e conferências", destaca o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, Carlos Cordeiro.

A programação da 13ª Conferência Nacional já foi divulgada pela Contraf-CUT. Os quatro grandes temas são: emprego e remuneração; segurança bancária; saúde do trabalhador e condições de trabalho; e sistema financeiro nacional.

Audiência pública sobre correspondentes na Câmara

O Comando Nacional discutiu também a organização de caravanas de dirigentes sindicais em todo país, a fim de participar da audiência pública, a ser realizada no dia 16 de agosto, às 14h30, na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados, em Brasília. A reunião irá discutir o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) nº 214/2011, do deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), que suspende as recentes resoluções do Banco Central que ampliam as funções dos correspondentes bancários. O relator do projeto é o deputado Rui Costa (PT-BA).

"Chamamos as federações e sindicatos para marcharmos unidos para Brasília, a fim de mostrar aos parlamentares e à sociedade brasileira que a ampliação dos correspondentes não traz inclusão bancária, como alegam os bancos, mas sim mais terceirização, insegurança, precarização do trabalho e exclusão social", aponta Carlos Cordeiro.

"Milhões de brasileiros de baixa renda serão empurrados para fora das agências bancárias, ficando sem atendimento decente, pois não terão assessoria financeira nem assistência para o crédito. Além disso, os correspondentes colocam em risco o futuro da categoria bancária e os seus direitos e conquistas", conclui o presidente da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT
Contraf-CUT vai sediar reunião das redes sindicais do Santander e Itaú

A Contraf-CUT irá sediar na próxima terça e quarta-feira, dias 26 e 27, a 8ª Reunião do Comitê Sindical Internacional do Grupo Santander da UNI Américas Finanças e a 6ª Reunião do Comitê Sindical Internacional do Grupo Itaú da UNI Américas Finanças.

Os encontros das redes sindicais dos dois bancos internacionais serão realizados no auditório da Confederação, no centro de São Paulo, com a participação de 90 trabalhadores, sendo 25 representantes estrangeiros.

A delegação brasileira será composta por dirigentes da Contraf-CUT, Contec e integrantes da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander e Itaú. O evento ainda contará com bancários da Argentina, Chile, Venezuela, Colômbia, Paraguai, Uruguai, Trinidad & Tobago, Bahamas e Espanha.

Os participantes discutirão problemas dos bancários do Itaú e Santander nas Américas, com o objetivo de planejar ações na busca de soluções para melhorar as condições de trabalho.

"Os bancários do Santander e Itaú organizarão ações sindicais internacionais para o segundo semestre, com o foco principal na construção de um acordo marco global, a exemplo do documento assinado entre a UNI Américas e o Banco do Brasil no primeiro semestre, que vale para todos os funcionários do BB no continente", afirma Ricardo Jacques, secretário de relações internacionais da Contraf-CUT.

Reunião da UNI Américas Finanças

A Contraf-CUT também sediará na próxima quinta-feira, dia 28, a 8ª Reunião do Grupo Diretivo da UNI Américas Finanças. Os participantes das reuniões das redes sindicais estão convidados a acompanhar os debates como observadores.

No encontro, a subseção do Dieese da Contraf-CUT irá apresentar um levantamento sobre a situação dos bancários nas Américas. "Os dados contribuirão para melhor diagnosticar os problemas dos trabalhadores em toda a região", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e da UNI Américas Finanças.

Reunião ampliada da COE do Santander

Antes da reunião das redes sindicais, a Contraf-CUT promoverá na segunda-feira, dia 25, às 10 horas, uma reunião ampliada da COE do Santander, no auditório do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

"O objetivo é discutir o processo de negociação para a renovação do acordo coletivo de trabalho do Santander, que é aditivo à convenção coletiva dos bancários, cuja vigência termina no próximo dia 31 de agosto", destaca Ademir Wiederkehr, funcionário do banco e secretário de imprensa da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT com UNI Américas Finanças

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Contraf-CUT aponta falta de coragem ao Copom para reduzir taxa Selic 
 Faltou coragem ao Comitê de Política Monetária (Copom) para enfrentar a chantagem do mercado financeiro e não ceder à pressão por novo aumento dos juros da economia. Na reunião encerrada no início da noite desta quarta-feira (20), o Copom anunciou outro reajuste de 0,25% da taxa Selic, passando-a de 12,25% para 12,50% ao ano.

"O quinto aumento consecutivo da Selic em 2011 é um grave equívoco que está comprometendo o crescimento econômico deste ano, com implicações negativas na geração de emprego e na renda do trabalhador", critica o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

Para ele, "aumentar os juros não se trata de uma decisão técnica ou uma escolha para não desapontar o mercado, mas trata-se de uma medida que afeta o emprego, o salário, as políticas públicas e sociais da população brasileira, duramente atingida a cada aumento da taxa".

"Se a justificativa do processo de elevação da taxa é o controle da inflação, a decisão vai na contramão dos principais indicadores econômicos", observa o dirigente sindical. Dados divulgados pelo IBGE, nesta quarta-feira, apontam que o IPCA-15 voltou a desacelerar no mês de julho e tem a menor taxa em 11 meses: 0,10% este mês, ante 0,23% em junho, na menor taxa desde agosto do ano passado (-0,05%), sendo a terceira desaceleração seguida.

Outros dois índices apontam para a mesma tendência de deflação. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) ficou em 0,22% em junho, abaixo do índice registrado em maio, que foi 0,57%.

O Índice do Custo de Vida (ICV), calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no município de São Paulo, registrou em junho a primeira deflação em mais de três anos: -0,34%. O Dieese chama a atenção para a queda da taxa anualizada dos dois últimos meses, de 7,33% em abril para 7,21% em maio e 6,82% em junho.

Segundo o Dieese, "não há uma disseminação da inflação", que é constituída basicamente pelos "aumentos nos preços públicos e/ou administrados, e por alguns itens de mercado que normalmente são reajustados apenas uma vez ao ano e já sofreram tais altas. Há uma reacomodação dos preços após surtos sazonais, sobretudo nos produtos agrícolas".

"O Copom ignorou todos esses indicadores e se baseou unicamente na pesquisa Focus, divulgada ontem pelo Banco Central, que projeta elevação da inflação e conspira contra o crescimento sustentável do País, buscando o lucro a qualquer custo", lamenta Carlos Cordeiro.

A alta da Selic é um problema e deve ser combatida, pois penaliza os mais pobres na medida em que significa transferência de renda para os detentores de títulos públicos. "Cada ponto percentual da Selic representa aproximadamente R$ 19 bilhões no crescimento da dívida pública. Esses recursos deveriam ser destinados para investimentos em programas que levem ao desenvolvimento econômico e à geração de emprego e renda", propõe Carlos Cordeiro.

Para o dirigente da Contraf-CUT, além das metas de inflação, o BC deveria fixar também metas sociais, como o aumento do emprego e da renda dos trabalhadores e a redução das desigualdades sociais do país. "Para isso, é fundamental ampliar o Conselho Monetário Nacional, de forma a contemplar a participação da sociedade civil organizada na discussão dos rumos da economia", destaca.

"É preciso acabar com esse nefasto programa de transferência de renda da sociedade brasileira. Quebrar essa lógica é uma obrigação do governo eleito pelas forças populares e democráticas. Essa política do Copom concentra riqueza, freia o desenvolvimento e empobrece a nação", diz Carlos Cordeiro.

O histórico de elevações das taxas neste ano revela aumentos em janeiro (de 10,75% para 11,25%), em março (para 11,75%), em abril (para 12%), em junho (para 12,25%) e agora em julho (para 12,50%).

Fonte: Contraf-CUT

 Justiça condena Bradesco a pagar R$ 200 mil a bancário por transportar valores
O Bradesco foi condenado por dano moral, no último dia 15, pelo juiz José Roberto Gomes Junior, da 4ª Vara do Trabalho de Cuiabá, e terá de pagar R$ 200 mil a um funcionário. Ele transportava valores sem nenhum tipo de segurança e também ganhava menos que a função exigia.

O rapaz - que, a pedido de seu advogado, Marcos Mundim, não terá o nome revelado -, começou a exercer em novembro de 2008, cumulativamente, funções de gerente de pessoas físicas e jurídicas.

Ainda, conforme a fundamentação do juiz, enquanto seu salário era de R$ 2.330,65 e não subiu devido ao novo cargo, outro funcionário, exercendo a mesma função, ganhava R$ 3.100,00.

Dessa forma, o juiz José Roberto Gomes condenou o Bradesco ao pagamento das diferenças salariais, já que, pelo princípio da igualdade e da vedação da discriminação salarial, o valor para ambos deveria ser igual.

Além disso, segundo a ação, o rapaz era obrigado a transportar inúmeras vezes, altas somas em dinheiro entre uma agência de Correios, localizada no bairro Verdão, e a agência bancária, no Centro de Cuiabá. De acordo com o advogado do rapaz, a soma, algumas vezes, chegou a superar R$ 120 mil.

Conforme Lei 7.102/83, valores entre R$ 7 mil e R$ 20 mil podem ser transportados em veículo comum, desde que com a presença de dois vigilantes. Acima de R$ 20 mil, é obrigatório que seja transportado em veículo especial da própria instituição ou ainda de empresa especializada.

"Tal transporte se dava sem qualquer proteção ou segurança realizada por empresa especializada, expondo o reclamante ao elevado risco de transportar valores elevadíssimos em seu próprio automóvel", afirmou o magistrado.

Ao Bradesco, cabe recorrer da decisão do Tribunal Regional do Trabalho.

Outro lado

Procurado pela reportagem, o Bradesco, por assessoria, informou que "o assunto está sub judice e o banco não comenta".

Fonte: Nortão Notícias - Sinop/MT
TST indeniza ex-bancário por sofrer penalidade após ter inocência comprovada

Um ex-caixa do antigo Banco do Estado do Paraná (Banestado) deverá receber indenização por dano moral no valor de 20 salários (cerca de R$ 24 mil à época de sua demissão, em 2001) por ter sofrido penalidades durante dois meses, mesmo após comprovada sua inocência no pagamento de cheque clonado no valor de R$ 39 mil.

A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) não conheceu recurso do Itaú Unibanco, que adquiriu o Banestado por ocasião da privatização em outubro de 2000, e manteve a condenação de primeira e segunda instâncias.

De acordo com o processo, o trabalhador foi admitido no Banestado em setembro de 1997. Em agosto de 2001, ele pagou um cheque clonado no valor de R$ 39 mil reais. Embora o saque de cheques acima de R$ 3 mil só ocorresse com a autorização prévia da tesouraria do banco, ele foi afastado da função de caixa e passou a executar atividades de serviços gerais, como o transporte de móveis, objetos, bebedouros e utensílios de escritórios.

Após a investigação do crime, ficou comprovado que não houve qualquer participação do bancário no delito. Descobriu-se, inclusive, que o responsável pela clonagem do cheque não tinha ligação alguma com o banco ou com o trabalhador. Mesmo assim, o bancário não retornou à sua função original e continuou a exercer as atividades de serviços gerais, até ser demitido em outubro de 2001.

A Terceira Vara do Trabalho de Londrina (PR), que julgou a ação trabalhista ajuizada pelo bancário logo após a demissão, apurou que, até o seu desligamento, ele foi alvo de humilhação dos colegas de trabalho, que continuaram atribuindo a sua mudança de função ao pagamento do cheque clonado.

Para o juízo de primeiro grau, o ex-caixa teve sua reputação abalada, o que lhe daria direito a reparação por dano moral.

O Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR) manteve a condenação com o entendimento de que houve "conduta dolosa" por parte do banco, com a "clara intenção" de dispensar o trabalhador. "Não lhe dedicavam mais a mesma confiança, a despeito deste não ter concorrido com dolo ou culpa pelo pagamento indevido do cheque", ressaltou o TRT.

O banco recorreu ao TST. O ministro Lelio Bentes Corrêa, relator do recurso de revista na Primeira Turma do TST, destacou que ficou configurada no processo a responsabilidade civil do banco, "uma vez que o exame das provas produzidas nos autos permitiu ao Tribunal Regional concluir pela demonstração de abalo de reputação", bem como do nexo de casualidade entre a conduta do banco e o dano causado ao trabalhador.


Fonte: TST

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Conferência dos bancários do Nordeste define propostas para a Campanha
Crédito: Seeb Ceará
 Os bancários do Nordeste já sabem o que querem na Campanha Nacional 2011, que começa em agosto. Depois de dois dias de discussões, a Conferência Regional terminou no último sábado, dia 16, com a definição das reivindicações que o Nordeste vai defender na Conferência Nacional dos Bancários, que será realizada no final do mês, em São Paulo. Lá, os representantes da categoria vão definir a pauta nacional de reivindicações que será entregue aos bancos até o dia 10 de agosto. A Contraf-CUT participou do encontro, representada pelo secretário-geral, Marcel Barros.

Segundo Marcel, a Conferência realizada no Nordeste foi muito positiva. "Houve debates intensos e politizados. Todas as forças do movimento sindical participaram, mostrando o caráter democrático, classista e plural com que a Campanha Nacional dos Bancários vem sendo estruturada", afirmou Marcel.

Para a presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Jaqueline Mello, a pauta definida na Conferência Nacional reflete de perto os anseios da categoria no estado. "O Sindicato aplicou, em junho, uma pesquisa com os bancários pernambucanos para verificar as principais demandas para a Campanha Nacional. Essa pesquisa, que também foi realizada pelos demais sindicatos do Nordeste, balizou toda a discussão da Conferência Regional", conta.

Segundo Jaqueline, as reivindicações dos bancários são bem parecidas em todos os estados do Nordeste que participaram da Conferência Regional. "Conseguimos fazer um debate de alto nível e construímos um grupo de propostas de forma muito coesa. Essa Conferência Regional foi marcada por uma grande unidade entre as diversas correntes que compõe o movimento sindical bancário. Agora, vamos levar nossas propostas para a Conferência Nacional e defender que elas sejam incluídas na pauta de reivindicações que será entregue aos bancos", detalha Jaqueline.

As reivindicações

Os bancários do Nordeste vão defender na Conferência Nacional que o índice de reajuste salarial a ser reivindicado seja composto pela inflação do período e mais 5% de aumento real. Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), a inflação entre 1º de setembro de 2010 e de 2011, data-base dos bancários, deve girar em torno dos 7,5%.

"Nos últimos sete anos conseguimos conquistar um reajuste acima da inflação em todas as campanhas. Queremos aumento real de salários mais uma vez e vamos lutar por isso. A saúde financeira dos bancos continua fabulosa e agora é hora das empresas valorizarem seus funcionários", ressalta a secretária de Finanças do Sindicato, Suzineide Rodrigues.

Os bancários do Nordeste também vão defender que a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) seja de três salários mais R$ 4 mil fixos. Os trabalhadores também vão propor que seja incluída na pauta a contratação total da remuneração que compõe o salário do bancário.

Entre outras reivindicações importantes, que serão propostas pelos bancários do Nordeste, estão o amento para um salário mínimo dos valores do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá; previdência complementar em todos os bancos; proteção à saúde do trabalhador, que inclua o combate às metas abusivas, ao assédio moral e à falta de segurança; Planos de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) em todos os bancos; medidas para proteger o emprego, como garantias contra demissões imotivadas, reversão e fim das terceirizações; e mais contratações para amenizar a sobrecarga de trabalho, acabar com as filas e melhorar o atendimento ao público.

Para o secretário-geral do Sindicato, Fabiano Félix, a Campanha Nacional dos Bancários também deverá servir para a categoria denunciar à população todos os problemas dos bancos. "Queremos fazer uma campanha para conscientizar os clientes e usuários dos bancos que a luta dos bancários também é uma luta de toda a população. Queremos melhorar significativamente o atendimento e para isso vamos exigir, nas negociações com as instituições financeiras, que as pessoas sejam atendidas em, no máximo, quinze minutos. Também vamos propor que o horário de funcionamento das agências seja ampliado, com a criação de dois turnos de trabalho para os bancários", destaca Fabiano.

Uma nova preocupação da categoria que deverá ser incluída na pauta de reivindicações diz respeito ao dispositivo de segurança recém-implantado pelos bancos que mancha de tinta as cédulas roubadas nos caixas eletrônicos. Hoje, os bancários precisam redobrar a atenção para não receber notas manchadas, além de muitas quadrilhas já terem se especializado na remoção da tinta. Os trabalhadores vão propor que, em vez da tinta, os bancos utilizem um dispositivo que incinere as cédulas e acabe com qualquer possibilidade de circulação.

Conferência Nacional

Durante a Conferência Regional, os bancários elegeram a delegação que representará e defenderá as propostas dos bancários do Nordeste na Conferência Nacional, que será realizada entre os dias 29 e 31 de julho, em São Paulo. O grupo será composto por 62 delegados, sendo 17 de Pernambuco, que poderá levar ainda dois observadores, além da presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, que já é delegada por ser integrante do Comando Nacional dos Bancários.

O secretário de Administração do Sindicato, Epaminondas Neto, conta que a delegação nordestina foi eleita em consenso por todos os sindicatos e as quatro centrais que representam os bancários do Nordeste: CUT, CTB, Intersindical e Conlutas. "Foi uma Conferência histórica. A unidade dos bancários e o fortalecimento da categoria superaram todas as divergências e conseguimos fazer um debate maduro, além de eleger uma delegação com mais representatividade", comenta Epaminondas.

Além dos bancários de Pernambuco, participaram da Conferência Regional representantes do Ceará, Alagoas, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Maranhão.

Fonte: Contraf-CUT, com Seec Pernambuco
Bancários do Itaú criticam prêmio de sustentabilidade e exigem fim das demissões
 Trabalhadores do Itaú Unibanco paralisam três agências em João Pessoa
Os bancários da Grande João Pessoa paralisaram três agências do Itaú Unibanco nesta terça-feira (19). As manifestações fazem parte do Dia Nacional de Luta, cujas atividades que estão acontecendo em todo o país contra a onda de demissões e as precárias condições de trabalho
 Bancários do Itaú param agência da Conde da Boa Vista (PE) contra demissões
Crédito: Seec PE

Pela terceira vez este mês, os bancários do Itaú realizaram uma série de protestos e paralisações em mais um Dia Nacional de Luta contra as demissões. Em Pernambuco, o alvo da mobilização desta terça-feira, dia 19, foi a agência do Itaú na avenida Conde da Boa Vista, localizada em frente ao shopping. A unidade permaneceu paralisada até o meio-dia.



Mobilização dos funcionários do Itaú Unibanco atinge 13 agências em Maceió.
Os bancários de Alagoas voltaram às agências do Itaú Unibanco nesta terça-feira para mais uma rodada de protestos contra as demissões e as precárias condições de trabalho. As manifestações, realizadas nas 13 agências de Maceió, fizeram parte do Dia Nacional de Luta dos Funcionários, o quarto realizado este ano.
Bancários protestam em Teresina contra onda de demissões no Itaú.
No Dia Nacional de Luta contra onda de demissões no Itaú Unibanco em todo o país, os bancários do Piauí mostraram sua indignação quanto à postura do banco que vem gerando uma onda de demissões. Nesta terça-feira (19). Crédito: Seebf/PI.


Os bancários do Itaú Unibanco estão promovendo uma série de manifestações em todo país contra as demissões imotivadas que vem sendo efetivadas pela empresa. Além de seguir na contramão do que afirmou o presidente do banco, Roberto Setúbal, em 2008, de que com a fusão entre as instituições não haveria demissões, a prática também contrasta com o prêmio que a empresa recebeu recentemente no Financial Times Sustainable Awards, na Inglaterra, que reconhece as melhores políticas e práticas de sustentabilidade do setor financeiro.


O reconhecimento do jornal inglês com o prêmio de sustentabilidade não confere com a realidade dos bancários no país, obrigados a conviver rotineiramente num ambiente de medo e sobrecarga de trabalho pela falta de funcionários. Além disso, os sindicatos vêm recebendo denúncias de que gerentes operacionais estão deixando suas funções para assumir atendimento nos caixas.

O presidente do Itaú, Roberto Setúbal, explicou recentemente em entrevista divulgada pelo jornal O Estado de S.Paulo, o que faz um banco ser sustentável. O detalhe é que descartou a importância dos funcionários. "A filosofia de sustentabilidade está no negócio. O banco procura ter uma relação sustentável com o cliente, o que significa ser transparente com o que é oferecido", disse.

"Este prêmio só pode ser uma farsa. No cotidiano das agências bancárias a realidade é outra. Convivemos diariamente com demissões, assédio moral e pressão para o cumprimento de metas", denuncia Jair Alves dos Santos, um dos coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú Unibanco, órgão que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco.

O dirigente sindical questiona os critérios utilizados para a concessão do prêmio. "Gostaríamos de saber qual o motivo para se considerar um banco sustentável. Tal valor deveria começar levando em consideração as condições de trabalho de seus funcionários", avalia Jair.

Fonte: ContraCUT.
Confira a programação da 13ª Conferência Nacional dos Bancários

Entre os dias 29 e 31 de julho, bancários e bancárias de todo o Brasil estarão com as atenções voltadas para São Paulo, onde estará ocorrendo a 13ª Conferência Nacional dos Bancários. Realizado pelo Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, o evento reúne os delegados eleitos em conferências regionais em todo o país para definir a pauta de reivindicações da categoria para a negociação unificada com os bancos e dar a largada na Campanha Nacional dos Bancários 2011.

"A conferência é o evento mais importante do ano no calendário do movimento sindical bancário. É o momento em que as demandas de todo o país, discutidas e aprovadas nos eventos organizados pelas federações e sindicatos, são debatidas e formam a pauta de reivindicações da categoria", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. "É o ponto culminante de um processo de construção democrática que envolve toda a base da categoria."

Consulta

Durante a conferência, será apresentado o resultado da consulta nacional organizada pela Contraf-CUT e realizada pelos sindicatos e federações, que visa identificar as principais demandas dos trabalhadores. As entidades que ainda não enviaram os resultados devem fazê-lo o quanto antes pelo e-mail contrafcut@contrafcut.org.br.

Veja a programação:

29/julho

10h00 às 18h00 - Credenciamento
14h00 às 15h30 - Painel sobre Saúde e Condições de Trabalho: "A saúde do trabalhador no contexto atual da relação capital x trabalho"

Dr. Dalmo de Abreu Dallari (jurista e professor emérito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo

15h30 às 17h00 - Painel sobre Igualdade de Oportunidades: "Teoria econômica da discriminação"

Pedro Chadarevian, professor de Economia da UFSCAR

17h00 às 18h00 - Apresentação resultados da Consulta e Pesquisa da Campanha Nacional 2011

19h00 - Abertura

30/julho

08h00 às 13h00 - Credenciamento
09h00 - Apresentação do vídeo do Observatório Social
09h20 às 13h30

Votação do Regimento Interno
Análise de Conjuntura: Deputado Ricardo Berzoini
Sistema Financeiro Nacional: Fernando Cardim, professor titular do Instituto de Economia da UFRJ
Painel sobre Emprego e Remuneração: - Dr Grijalbo Fernandes Coutinho, Juiz Federal do Trabalho da 19ª Vara, em Brasília (TRT/10ª Região) , ex-presidente da Associação Latin-americana dos Juízes do Trabalho e ex-presidente da Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho)

- Dra Zilmara David de Alencar, Secretaria de Relações do Trabalho do M.T.E. (a confirmar)
- Miguel Huertas, técnico da subseção do Dieese na Contraf-CUT, mestre em Economia Política (PUC São Paulo) e professor de economia da Universidade São Judas.

14h30 às 18h30 - Trabalho em grupos (04 temas)

Grupo 1 - Emprego e Remuneração
Grupo 2 - Saúde e Condições de Trabalho
Grupo 3 - Segurança Bancária
Grupo 4 - Sistema Financeiro Nacional

31/julho

09h00 às 13h00 - Plenária final

Fonte: Contraf-CUT

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Congressos de BB e Caixa aprovam pautas específicas e fortalecem unidade

Os 338 delegados presentes ao 22º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil e os 417 participantes do 27º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal aprovaram nas plenárias finais realizadas neste domingo 10, em São Paulo, as pautas específicas que serão apresentadas aos dois bancos federais na Campanha dos Bancários de 2011. A pauta geral de reivindicações da categoria, que inclui o índice de reajuste salarial, será definida pela Conferência Nacional dos Bancários marcada para os dias 29 a 31 de julho, também em São Paulo.

"Os dois encontros coroam o processo democrático traduzido pela pluralidade de idéias e pelo embate maduro durante os debates nos grupos e plenárias. Antecedendo os congressos ocorreram ainda diversos encontros, assembléias e conferências que permitiram a participação de milhares de trabalhadores em todo o país, o que fortalece  a estratégia do fortalecimento da unidade nacional na busca de novas conquistas para  a categoria",  avalia  Marcel Barros,  secretário-geral da Contraf-CUT.

22º dos Bancários do BB querem melhorias nos planos de cargos e fim do assédio moral
Crédito: Jailton Garcia - Rede de Comunicação dos Bancários

Os Funcionários do Banco do Brasil (BB) aprovaram neste domingo (10) a pauta específica de reivindicações para Campanha Nacional dos Bancários 2011, que inclui melhorias no Plano de Cargos Comissionados e no Plano de Cargos e Remuneração, fim imediato das terceirizações e dos correspondentes bancários, intensificação do combate ao assédio moral e metas abusivas, combate ao descomissionamento, fim do fator previdenciário e reforçar o caráter público do BB para ampliar o crédito produtivo sem discriminar os clientes de baixa renda.

Piso do Dieese e combate aos descomissionamentos

Para o piso, a reivindicação dos bancários é que ele corresponda ao Salário Mínimo Necessário calculado pelo Dieese, cujo valor em maio deste ano foi de R$ 2.293,31. "O valor leva em conta o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as necessidades básicas de um trabalhador e sua família, como alimentação, educação, transporte, lazer, entre outras. É uma referência fundamental para a luta dos bancários e vamos lutar por sua implementação no Banco do Brasil", afirma o secretário de Formação da Contraf-CUT William Mendes, "Tivemos um debate de alto nível e intenso. Foram dois dias com discussões que culminaram em aprovações de resoluções importantes que devem fazer parte da mesa de negociações com o BB. Já foi dada a largada para a Campanha Nacional de 2011. Todas as forças políticas estiveram presentes e defenderam as suas propostas e todas estão dispostas a fazer a mobilização em nível nacional", afirma o coordenador de Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Eduardo Araújo.

Outras reivindicações aprovadas pelo 22º Congresso, relativas à previdência, foram a redução da Parcela Previ do Plano 1 e redução da PP no benefício de risco do Previ Futuro, volta da consulta ao corpo social, resgate da contribuição patronal do Previ Futuro, aumento do teto de benefícios para 100% da remuneração da ativa e aumento do valor do benefício mínimo.

Os delegados também decidiram denunciar o BB à OIT por maus tratos aos funcionários e discriminação aos bancários incorporados, reivindicar a suspensão do projeto BB 2.0 e do modelo de agências complementares.

fim do voto de minerva na Previ

O grupo que discutiu Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil), durante o 22º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, na tarde deste sábado (9), aprovou 22 propostas referentes à previdência dos trabalhadores do banco. Dois dos principais consensos entre os bancários são o fim do voto de minerva na Previ, atualmente concedido ao banco, e a necessidade do retorno da obrigatoriedade da consulta ao corpo social. Todas as propostas passarão ainda por votação em plenário na manhã do domingo (10).

"Foi um debate rico, com ampla participação dos trabalhadores do Previ Futuro e dos bancos que foram incorporados ao BB, o que trouxe e rendeu novos debates para o grupo de trabalho da Previdência", avalia Miriam Fochi, diretora da Secretaria de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT e conselheira deliberativa eleita da Previ.

A diretora da Contraf-CUT destacou, entre os pontos de debate, o avanço no que diz respeito a propostas para a melhoria da governança da Previ. "Queremos o retorno da Diretoria de Participações aos eleitos. Esta pasta é estratégica e na reformulação do estatuto a escolha democrática da diretoria foi suprimida", afirma Miriam.

Outra questão apontada pela dirigente é a necessidade de que os funcionários dos bancos incorporados pelo BB tenham direito de acesso à Previ, a exemplo dos concursados do banco.

Confira a relação das 22 propostas aprovadas pelo grupo:

- Direito de acesso à Previ a exemplo dos concursados BB, para funcionários incorporados;
- Teto do NRF especial para benefícios;
- Defesa da Previdência Oficial Pública;
- Fim do fator previdenciário;
- Contra a CGPC 26;
- Fim do voto de minerva;
- Que a Previ reforce junto às empresas participadas ações de Responsabilidade Social, Ambiental e empresarial e de combate as práticas antissindicais;
- Volta da consulta ao corpo social;
- Lutar pelo resgate da contribuição patronal do Previ Futuro;
- Aumento do teto de benefícios para 100% da remuneração da ativa;
- Aumento do valor do benefício mínimo;
- Aposentadoria antecipada para mulheres aos 45 anos;
- Pagamento de 360/360 de complementação de aposentadoria para todos;
- Implantação da contribuição sobre PLR;
- Discutir a mudança na tabela de tributação dos planos de previdência;
- Reduzir a participação na renda variável no Plano 1;
- Retorno da Diretoria de Participações aos eleitos;
- Abono para aposentados;
- Que a Previ faça estudo sobre a viabilidade da concessão do auxílio cesta alimentação para os aposentados
- Antecipação do reajuste para janeiro, mês de reajuste do salário mínimo;
- Redução da Parcela Previ do Plano 1;
- Redução da Parcela Previ, no benefício de risco, do Plano Previ Futuro.

Renata Bessi
Rede de Comunicação dos Bancários

27º Conecef aprova pauta específica e reforça negociação permanente
Crédito: Jailton Garcia

O 27º Conecef foi encerrado neste domingo, dia 10, em São Paulo, após intensa participação dos delegados e delegadas durante os dois dias de Congresso. As propostas foram definidas na plenária final. Foi aprovada a realização do próximo Conecef até o final de abril do ano que vem para reforçar a estratégia de mobilização para a negociação permanente, a organizaçao de um encontro nacional de isonomia, o fim dos correspondentes bancários e o fim do voto de minerva na Funcef, entre outras questões.

"A marca desse congresso foi a dedicação de todos os delegados e delegadas durante os debates, realizados com muita disciplina e intensa participação. As discussões nos grupos também se mostraram espaços importantes para a deliberação e consequente definição dos itens que foram levados à plenária final", afirma Jair Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa.

Os eixos definidos para a campanha específica dos empregados da Caixa foram a isonomia, a recomposição do poder de compra dos salários, melhorias no Saúde Caixa, pagamento do ticket e cesta-alimentação para todos os aposentados e pensionistas e o fim da discriminação aos empregados do REG/Replan não saldado.

Outras reivindicações definidas pelos empregados da Caixa foram a campanha unificada (mesa única da Fenaban e negociações específicas concomitantes) e a manutenção da atual formação da CEE Caixa, composta por um representante da Contraf-CUT, um representante de cada federação e um aposentado indicado pela Fenacef.

Mesa permanente

Os delegados definiram pela realização do Conecef preferencialmente até o dia 30 de abril. "Isso faz parte da estratégia de fortalecer a mesa permanente de negociação como espaço para a resolução dos problemas específicos dos empregados", explica Jair.

Foi definida a manutenção do modelo de um delegado por cada trezentos empregados na base para o Conecef e indicativo para conferência de que os empregados da Caixa realizem atividades específicas durante o processo de campanha unificada.

Ainda foi aprovada a realização de um encontro nacional de isonomia em Brasília, com cada um dos sindicatos definindo sua delegação.

Outro ponto aprovado foi a luta pela retomada dos critérios anteriores ao governo FHC para a liberação de diretores por sindicato: um dirigente por sindicato para cada mil bancário na base, 2 liberados para cada 1.001 a 3.000 bancários, 3 liberados para cada 3.001 a 5.000 e 4 para mais de 5.000 bancários.

Será realizada também uma campanha nacional para marcação correta do ponto, atacando os problemas enfrentados pelos trabalhadores com o Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon). Outra campanha será feita para fazer valer a conquista de intervalo para todos.

Neste ano o Banco Central soltou uma resolução que terceiriza completamente a atividade bancária, dando a possibilidade de as instituições financeiras terem seus próprios correspondentes para a prestação de uma série de serviços, como por exemplo a concessão de crédito, seja qual for a modalidade, além do câmbio, cartões de crédito, processamento de dados entre outras atividades.

Os bancários, por meio do Deputado Federal Ricardo Berzoini (PT-SP,) já apresentaram um Projeto de Decreto Legislativo solicitando a revogação da resolução do Banco Central.

"O 27º Conecef apontou para uma grande mobilização dos empregados. As propostas foram definidas com muita clareza e esperamos que a Caixa mostre disposição para que atenda todas as nossas reivindicações", conclui Jair.

Fim do voto de Minerva é um dos destaques nos debates sobre a Funcef

A exigência de fim do voto de Minerva nas instâncias de gestão da fundação e o reconhecimento do Complemento Temporário Variável de Ajustes de Mercado (CTVA) como verba salarial para fins de aporte à Funcef foram destaques entre as reivindicações que serão submetidas à aprovação da plenária final do congresso, neste domingo 10.

Entre as proposições definidas consensualmente no grupo constam também realizar estudo e promover o debate com os participantes sobre a cisão do Reg/Replan saldado e não-saldado e a unificação dos planos de benefícios saldado e Novo Plano, combater todas as formas de discriminação aos colegas que permanecem no REG/REPLAN não saldado e exigir solução imediata para a situação das mulheres pré-79.

Para os aposentados, enfatizou-se as reivindicações de recomposição do poder compra das aposentadorias e pensões com aportes de recursos feitos integralmente pela Caixa, de extensão do auxílio-alimentação e cesta-alimentação a todos os aposentados e pensionistas, de pagamento de abonos e PLR aos aposentados por invalidez e de extensão do Saúde Caixa aos aposentados oriundos de PADV.


Carlos Fernandes
Rede de Comunicação dos Bancários
17º Congresso do BNB quer revisão do PCR e combate à terceirização
Os 126 funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), reunidos nos dias 9 e 10 de julho na Ilha de Itamaracá (PE), durante o 17º Congresso Nacional dos funcionários, aprovaram a pauta de reivindicações específicas para a Campanha Nacional 2011. Entre elas destacam-se o fortalecimento do BNB como banco de desenvolvimento regional, ampliação da luta pela isonomia, combate à terceirização, revisão do PCR, licença-prêmio para todos e melhorias para a Capef e Camed.

Durante a análise de conjuntura, feita na abertura do Congresso, o supervisor técnico do Dieese/CE, Reginaldo Aguiar, ressaltou a importância do crescimento econômico brasileiro num ambiente democrático. Ele destacou que no primeiro semestre, as negociações coletivas foram positivas e no primeiro trimestre do ano, o setor financeiro apresentou crescimento de 6,4%, o maior entre os setores da economia brasileira.

O secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Miguel Pereira, expôs sobre o papel e formatação da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB, que passa a ter caráter eminentemente sindical, conforme modelo adotado pela Contraf-CUT para as comissões de funcionários do BB, CEF e Basa.

Eixos de discussão

Os bancários dividiram-se em grupos e discutiram temas relacionados à defesa dos bancos públicos, saúde e previdência, além de remuneração e jornada, conforme orientação da Contraf-CUT para todos os congressos de Bancos Federais.

A partir dos grupos surgiram deliberações importantes com referência ao fortalecimento do BNB, ampliação da luta pela isonomia, convocação dos concursados, valorização dos cargos do PCR, instalação urgente do ponto eletrônico, combate ao assédio moral, revisão dos benefícios da Capef e do Plano de Custeio da Camed, com maior participação do Banco.

De acordo com o secretário de Organização da Contraf-CUT, Miguel Pereira, que coordenou os trabalhos do Congresso, o encontro foi muito positivo e participativo. "Nós tivemos debates ricos nos trabalhos de grupo e no plenário, com participação de todos. A partir daí, foram tiradas deliberações importantes abordando desde o local de trabalho até preocupações com a defesa do BNB como banco público. O Congresso, do ponto de vista da pauta, também cumpriu o seu objetivo e incorporou à pauta aprovada no ano passado novas e importantes reivindicações a partir da participação de todos os delegados que compareceram e contribuíram", avaliou.

Veja algumas deliberações do Congresso

Bancos Públicos

- Campanha nacional em defesa do BNB como banco público de desenvolvimento regional;
- Posição a favor da Portaria 26, que trata da eleição de representante dos trabalhadores no Conselho de Administração do Banco, mas participar do processo somente se o governo concordar com mudanças na lei, do ponto de vista sindical;
- Ampliar a luta pela isonomia entre novos e antigos funcionários;
- Luta pela isonomia do BNB com os demais bancos públicos, observando o caráter de desenvolvimento do Banco;
- Combate à terceirização;
- Cobrar a abertura de novas agências e convocação dos concursados.

Remuneração e Jornada

- Revisão do PCR, com valorização dos cargos e instituição de um calendário de negociação com o Banco;
- Implantação da licença-prêmio para todos;
- Instalação urgente do ponto eletrônico;
- Cobrar mais transparências nos processos de concorrência interna e transferências;
- Solução para todos os passivos trabalhistas, mediante acordo que ratifica as expectativas dos beneficiários de ações judiciais.

Saúde e Previdência

- Aporte de recursos à Capef de forma a viabilizar a revisão dos benefícios do Plano BD;
- Aumento da rede de credenciados da Camed, revisão do Plano de Custeio com maior participação financeira do Banco e implantação de programas de atividades laborais em todas as unidades do BNB;
- Combate ao assédio moral, com assinatura formal do aditivo da Convenção Coletiva Nacional sobre o assunto;
- Reabertura de todas as linhas de crédito do Banco para o acesso do funcionalismo.

Fonte: Seeb - Ceará
Após fundação, Fetrafi-NE participa dos congressos do BB, Caixa e BNB
Crédito: Contraf-CUT

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Nordeste (Fetrafi-NE), fundada oficialmente na quarta-feira, dia 6, em Recife, participa neste fim de semana dos Congressos Nacionais dos Funcionários do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste do Brasil (BNB). "A Fetrafi-NE já nasce orgânica à Contraf-CUT e irá contribuir na missão de organizar todos os trabalhadores do ramo financeiro do Nordeste do Brasil", afirma o presidente da Federação, Carlos Eduardo Bezerra Marques.

De acordo com ele, as entidades sindicais do Nordeste estão em um intenso processo de construção das reivindicações da categoria, que serão levadas à 13ª Conferência Nacional dos Bancários e depois apresentadas à Fenaban e aos bancos públicos. "Mais uma vez apostamos no processo negocial para solucionar nossas questões junto aos banqueiros, mas estaremos preparados para nos defender se estes quiserem fazer economia com a nossa vida e com os nossos direitos", ressalta o presidente da Fetrafi-NE.

Confira a primeira entrevista do presidente da Fetrafi-NE para a Contraf-CUT:

Por que a decisão de criar a Fetrafi Nordeste?

A criação da Fetrafi-NE representa o fortalecimento da organização dos trabalhadores bancários junto ao sistema financeiro. A Fetrafi-NE já nasce orgânica à Contraf-CUT e irá contribuir na missão de organizar todos os trabalhadores do ramo financeiro no Brasil.

Os bancários brasileiros são vanguarda na organização da classe trabalhadora e tiveram papel importante na concepção e criação da CUT. Uma das prerrogativas que norteou a Central é a de que os trabalhadores devem se organizar por ramo de atividade, por setor econômico, de modo a enfrentar a organização do setor econômico do país de forma mais objetiva, já que as entidades patronais também se organizam nacionalmente.

Há 15 anos, após a Convenção Coletiva do Trabalho (CCT), os sindicatos de bancários do Nordeste passaram a se organizar politicamente, tendo em vista as lutas da CUT.

A partir do Departamento Nacional dos Bancários (DNB), criamos a Confederação Nacional dos Bancários (CNB-CUT) e depois a Contraf-CUT, atentos às necessidades de organização da estrutura sindical. E, a partir deste processo histórico da luta dos trabalhadores, está em curso a ampliação desta concepção de organização para as federações de modo que taticamente possamos articular a autonomia e independência dos sindicatos com unidade na luta.

Diante de prerrogativas estabelecidas na portaria 186 do Ministério do Trabalho e Emprego, estamos atualizando nosso registro sindical e ampliando a luta para todos os trabalhadores do ramo financeiro. A Fetrafi- NE veio para ampliar a luta dos bancários em todo o ramo financeiro.

Quais as perspectivas para o trabalho da nova entidade?

Organizar taticamente o debate com os sindicatos, ajudando na coordenação das entidades sindicais, qualificando nossos dirigentes de acordo com as necessidades discutidas com os trabalhadores como, por exemplo, emprego, sistema financeiro, saúde, igualdade de oportunidade, segurança, remuneração.

Devemos organizar ainda um congresso para estabelecer um plano de lutas para o Nordeste e integrar cada vez mais os sindicatos à Contraf-CUT.

Hoje abrangemos os Sindicatos dos Bancários do Ceará, Cariri, Campina Grande, Pernambuco, Piauí e Paraíba. A perspectiva é de ampliar nossa base. Devemos ter em breve a filiação dos Sindicatos dos Bancários do Extremo Sul da Bahia, Alagoas e o apoio das oposições bancárias cutistas do Rio Grande do Norte e do Maranhão. São mais de 30 mil bancários no Nordeste construindo a unidade.

A nova entidade surge às vésperas da 13ª Conferência Nacional dos Bancários. Quais as perspectivas da Fetrafi-NE para a Campanha Nacional 2011?

Nossos sindicatos, por meio de debates democráticos nas conferências e encontros de base regionais e nacionais, estão neste mês de julho construindo a minuta nacional de reivindicações, que serão apresentadas à Fenaban e aos bancos públicos.

Nós, bancários, conseguimos articular mais de 100 sindicatos, 10 federações, entre elas a Fetrafi-NE, somando mais de 400 mil bancários em todo país, com o mesmo calendário, pauta, estratégia e mídia para enfrentar o setor mais poderoso da economia brasileira, o sistema financeiro.

Além dos encontros, nós realizamos cerca de 4 mil consultas em todo o Nordeste sobre as prioridades para a Campanha Nacional 2011. As perspectivas são de garantir aumento real de salário, PLR, aumento do piso salarial da categoria, combate ao assédio moral e às metas abusivas, mais saúde e segurança, e proteção ao emprego.

Mais uma vez, apostamos no processo negocial para solucionar nossas questões junto aos banqueiros, mas estaremos preparados para nos defender se estes quiserem fazer economia com nossa vida e com nossos direitos.

Fonte: Contraf-CUT
ICV do Dieese aponta em junho a primeira deflação em mais de três anos
O Índice do Custo de Vida (ICV), calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no município de São Paulo, registrou em junho a primeira deflação em mais de três anos: -0,34%.

A última queda havia sido apurada em fevereiro de 2008 (-0,03%).

Agora, o ICV acumula inflação de 3,13% no ano (próximo dos 3,22% de igual período de 2010) e 6,82% em 12 meses, aumentando à medida que a renda aumenta.

O ICV teve leves altas em maio deste ano (0,04%) e em junho do ano passado (0,02%).

Segundo o instituto, o grupo Transporte caiu 2,07% em junho e Alimentação recuou 0,83%. Somados, contribuíram com redução de 0,57 ponto percentual na taxa do mês.

Entre os grupos em alta, Habitação (0,71%), Despesas Pessoais (0,48%) e Saúde (0,26%) tiveram impacto de 0,22 ponto no ICV.

No ano, apenas dois dos dez grupos pesquisados ficaram acima do índice geral (3,13%): Transporte (6,13%) e Educação e Leitura (5,45%). O grupo Alimentação subiu 2,08%.

O Dieese chama a atenção para a queda da taxa anualizada dos dois últimos meses: de 7,33% em abril para 7,21% em maio e 6,82% em junho.

Dois grupos ficaram acima do índice geral: Transporte (com altas de 29,28% no álcool e 10,92% na gasolina) e Alimentação, ambos com 9,52%.

O ICV sobe mais para famílias de maior renda, atingindo 6,93%. Na faixa de menor renda, o índice anual sobe 6,56% e na intermediária, 6,70%.

(Fonte: Rede Brasil Atual)
Contraf-CUT cobra fim das demissões em negociação com o Itaú Unibanco
Bancários querem garantia dos empregos, sem rotatividade e com condições dignas de trabalho

Escrito por: Contraf-CUT

Após as mobilizações do Dia Nacional de Luta realizado nesta quarta-feira, 6, a Contraf-CUT, federações e sindicatos retomaram nesta quinta (8) o processo de negociação com o Itaú Unibanco. Os trabalhadores cobraram do banco o fim das demissões que vêm ocorrendo na empresa.

"Cobramos do banco esclarecimentos sobre as declarações dadas pelo Roberto Setúbal para a revista Exame em que ele afirma que 'é hora de cortar'", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e funcionário da empresa. A reportagem publicada na edição do dia 15 de junho da Exame Finanças comprova que o Itaú Unibanco iniciou um duro programa de corte de custos e reorganização interna "para atingir o grau de eficiência que seus acionistas esperam".

"Não vamos aceitar essa situação. Queremos que o banco reveja essa pratica nefasta de demitir e garanta os empregos dos trabalhadores, sem rotatividade e com condições dignas de trabalho", completa Cordeiro.

A empresa apresentou os números do Centro de Realocação, que visa a redistribuição dos funcionários para vagas surgidas dentro do banco, evitando demissões. Em 2011, já foram realocados 812 trabalhadores e outros 453 ainda estão em análise para finalização do processo. O número não inclui os resultados do Programa de Oportunidades de Carreira (POC), outro programa interno que também tem a característica de disponibilizar vagas.

O banco disponibilizou ainda dados a respeito das contratações. Segundo a empresa, no mês de maio foram admitidos 1.326 bancários, número que inclui 360 realocações. Em junho, foram 1.399, sendo 759 realocações. O quadro de funcionários diretos do banco cresceu de 74.282 bancários em 2009, para 82.079 em 2010 e atingiu 85.591 em 2011.

"É importante a retomada da mesa de negociação com o banco e que a empresa apresente dados concretos para o movimento sindical. Mas precisamos que o Itaú Unibanco dê efetivamente soluções para os problemas que estamos levando para a mesa", afirma Jair Alves, um dos coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú Unibanco, que assessora a Contraf-CUT as negociações com o banco.

"Não temos como considerar as demissões que o banco vem implementando como um 'turn over normal do mercado', como o banco alega. Somente em 2011, o movimento sindical estima que tenham ocorrido perto de 4 mil demissões no banco em todo o país. Isso precisa parar", completa Carlos Cordeiro.

Cordeiro relata que o clima encontrado na empresa hoje é de total insegurança. "Os funcionários vão trabalhar sem saber se serão mandados embora. Por outro lado, têm a certeza de que encontrarão uma cobrança absurda pelo cumprimento de metas. Os bancários precisam da tranquilidade de saber que estaremos empregados e de políticas que combatam as práticas de assédio moral e acabem com a cobrança abusiva de metas. Precisamos de condições de trabalho adequadas para que os bancários não adoeçam, como tem ocorrido", afirma.

Os trabalhadores cobraram do banco uma posição firme para acabar com os desvios de função que têm ocorrido com gerentes operacionais e chefes de serviços que trabalham diariamente nos caixas. "Isso demonstra de forma clara a falta de funcionários nas agências", diz Wanderley Crivellari, um dos coordenadores da COE Itaú Unibanco. "Cobramos uma orientação definitiva da empresa de que esses profissionais têm que executar suas próprias funções e não ficar tapando buraco", completa.

Outros pontos

Os bancários questionaram a empresa também sobre as modificações na fita de caixa, que deixou de ter segunda via em carbono - uma nova impressão da fita pode ser feita por meio de funções implantadas nos caixas. No entanto, os procedimentos ainda não estão claros e a situação vem gerando transtorno para os caixas. Os bancários cobraram definições e treinamento sobre essa situação.

Também foi discutido o funcionamento imediato dos Comitês de Acompanhamento do plano de saúde. Uma agenda indicativa para o início do funcionamento foi discutida.

Encontro Nacional

A Contraf-CUT realiza nesta sexta-feira, 8, às 10h, o Encontro Nacional dos Funcionários do Itaú Unibanco. O evento, que acontece no auditório Azul da sede do Sindicato dos Bancários de São Paulo, terá como foco a organização das reivindicações específicas dos trabalhadores do banco, com destaque para a luta contra as demissões.

 
Fonte: CUT Nacional
Excesso de trabalho para as causas no TST

Na sexta-feira passada, 8 de julho, a repórter Maeli Prado trouxe aos leitores do Brasil Econômico um retrato de dois problemas que se subdividem em vários outros. O primeiro deles refere-se às amarras jurídicas que obrigam o Estado a recorrer das sentenças em que é condenado, mesmo sabendo que está errado.

O segundo é o benefício que os juros do mercado financeiro trazem a quem descumpre a lei, como é o caso das empresas com débitos trabalhistas que vão empurrando quanto podem com chicanas o pagamento de ações que sabem que perderão e usam o dinheiro da causa para realizar aplicações de outra natureza.

"Muitas empresas tentam ganhar tempo e arrastam o processo na expectativa de uma eventual reversão judicial", afirma Eli Alves da Silva, presidente da Comissão de Direito Trabalhista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em São Paulo.

Mas a estratégia também pode decorrer do baixo custo de atualização dos débitos trabalhistas. "Esses custos são considerados baixos, de apenas 1% ao mês, mais a Taxa Referencial (TR), o que chega a dar menos que a poupança", continua Silva. "Enquanto a ação vai se arrastando, o capital de giro da empresa está disponível para investir no mercado financeiro, cujo retorno é maior."

O governo federal figura como líder em reclamações trabalhistas em levantamento realizado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) porque boa parte das empresas terceirizadas que contrata não paga horas extras nem recolhe as contribuições para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Algumas descontam do salário dos funcionários as parcelas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mas não as repassam ao órgão arrecadador.

O trabalhador recorre à Justiça, que lhe dá ganho de causa e condena o governo a fazer o pagamento, pois o considera responsável solidário pelo problema, uma vez que contratou empresas que atuam de forma irregular.

Em vez de ser mais criterioso na escolha das companhias terceirizadas, o governo, por obrigação legal, recorre da decisão até a última instância. O serviço que contratou continua ruim, o trabalhador continua lesado, e o contribuinte continua pagando a conta.

Quantas ações poderiam deixar de entulhar o TST caso o governo reconhecesse seu erro e contratasse empresas idôneas? Se não fossem incentivadas a arrastar processos trabalhistas por causa do baixo custo dessas chicanas, muitas empresas constatariam que, além de honesto, é mais econômico cumprir a lei, mesmo não concordando com ela.

Há outros fóruns em que se podem questionar as regras estabelecidas (como a escolha de nossos representantes políticos). Mas a regra mais comezinha para ter direito a questionar as já existentes é o cumprimento da Constituição.


Brasil Econômico
Costábile Nicoletta é diretor adjunto do Brasil Econômico

terça-feira, 5 de julho de 2011

Previ assegura transparência sobre salário de participação no Plano 1

Uma das mais importantes conquistas dos participantes da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) é a possibilidade de o integrante do Plano 1 manter seu salário de participação, mesmo em caso de redução salarial.

Para tornar essa conquista mais acessível e transparente, a Previ disponibilizou em seu site (www.previ.com.br) uma ferramenta que permite acompanhar a evolução e manter o salário de participação, que é utilizado como base de cálculo para a complementação da aposentadoria.

"Preservar o salário de participação dos associados é importante para manter os valores dos benefícios para os quais o trabalhador contribuiu junto à Previ durante toda sua vida laboral. A medida é importante, pois ajuda aquele funcionário que tenha perdido sua função comissionada ou sofrido algum tipo de redução salarial", diz William Mendes, secretário de formação da Contraf-CUT e diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Como salário de participação é a soma das verbas de natureza salarial (não leva em conta venda de férias, abono ou licença prêmio), ele nem sempre é igual à remuneração recebida pelo trabalhador.

Dessa forma, no site da Previ é possível fazer uma simulação sobre como fica o salário de participação para que o bancário possa definir com segurança se deseja ou não a sua manutenção.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo
Santander e Itaú lideram ranking de reclamações de clientes no Banco Central

Santander e Itaú, bancos que passaram por fusões, lideraram nos últimos meses o ranking de reclamações no Banco Central.

Em maio, o Santander teve 247 reclamações consideradas procedentes, equivalente a 1,15 reclamações por grupo de 100 mil clientes.

Desse total, 103 queixas foram relativas a débitos não autorizados na conta, enquanto 43 diziam respeito à segurança por conta de operações não reconhecidas.

Em abril, foi a vez do Itaú liderar o ranking do Banco Central com 148 queixas -0,67 por 100 mil clientes.

No caso do Itaú, a maioria das reclamações - total de 30 queixas - também era sobre débitos não autorizados.

O banco teve ainda outras 30 reclamações por conta da cobrança irregular de tarifas bancárias por serviços.

A maior reclamação dos clientes no Banco Central é sobre a ocorrência de débitos não autorizados na conta.

Em maio, foram registrados no Banco Central 251 casos de débitos não autorizados, 80% mais do que os 140 apurados em abril.

Em maio, também aumentou a ocorrência de reclamações por conta da cobrança de tarifas irregulares. Foram 166 ocorrências em maio, após 89 casos em abril.

ANTES DO PRAZO

Além de débitos irregulares, os clientes reclamam dos bancos na hora de tentar quitar débitos com antecedência. Muitos reclamam que não conseguem sequer obter informação antes de partir para uma negociação com o gerente sobre o assunto.

Para efetuar uma reclamação, o cliente pode ir ao site do BC (www.bcb.gov.br) e procurar a seção "Cidadão".

Fonte: Folha de São Paulo
Diferença entre pacotes de tarifas bancárias chega a 62%, aponta Procon-SP
A diferença de valor entre os pacotes padronizados de tarifas bancárias pode chegar a 61,9%, segundo pesquisa realizada pela Fundação Procon-SP e divulgada nesta segunda-feira 4. O menor valor encontrado foi de R$ 10,50 (banco Itaú) e o maior, de R$ 17,00 (Safra).

A pesquisa comparou as tabelas de serviços prioritários e de pacote padronizado vigentes em 03/05/10 com as praticadas em 16/05/11 em sete instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Safra e Santander.

O levantamento constatou que a Caixa Econômica Federal e o Itaú mantiveram o mesmo valor nesse período. Já o Banco do Brasil elevou o valor do pacote, enquanto as demais instituições reduziram.

COMPARE OS VALORES

Banco do Brasil - de R$ 13,00 para R$ 13,50;
Bradesco - de R$ 14,50 para R$ 12,50;
Caixa - R$ 15,00;
HSBC - de R$ 17,00 para R$ 13,50;
Itaú - R$ 10,50;
Safra - de R$ 20,00 para R$ 17,00;
Santander - de R$ 18,00 para R$ 14,00.


04/07/2011

Fonte: Folha.com

segunda-feira, 4 de julho de 2011

06 de julho Dia Nacional de Mobilização da CUT e de todos aqueles que lutam por educação, alimento e trabalho decente

04/07/2011
O objetivo era e continua sendo claro: priorizar a unificação em torno de uma pauta comum.

Escrito por: CUT/RN

Ao lado de parceiros combativos – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, Marcha Mundial de Mulheres e Central de Movimentos Populares – cutistas de todas as categorias do país, urbanos e rurais, realizarão grande mobilização com paralisação atividades, atrasarão a entrada em seus locais de trabalho, promoverão panfletagens e passeatas para defender um novo modelo de desenvolvimento em que todos conquistem ganhos reais com o crescimento brasileiro.

O objetivo era e continua sendo claro: priorizar a unificação em torno de uma pauta comum entre as entidades dos movimentos sociais em três grandes eixos nacionais: trabalho e sindicalismo (ganhos reais e cláusulas sociais nas campanhas salariais do 2º semestre; redução da jornada para 40 horas semanais sem redução de salário; liberdade e autonomia sindical; fim do Imposto Sindical; combate às práticas antissindicais; fim do Fator Previdenciário; e combate à precarização e à terceirização); alimentação (reforma agrária, PEC do Trabalho Escravo; luta contra os agrotóxicos; e contra o modelo agrário atual) e educação (aprovação do Plano Nacional de Educação em 2011; valorização dos profissionais; e educação no campo); moradia digna.

RN – para fazer a mobilização no Estado, a CUT/RN procurou o MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra), MLB (Movimento de Libertação dos Bairros), MST (Movimento dos Sem terra) que apoiaram a ideia e se incorporaram ao processo de mobilização e organização dessa ação unitária da Central e dos movimentos sociais. A luta se dará em todas as frentes – no Legislativo, Executivo e Judiciário – no Governo Federal, nos Governos Estaduais e Municipais.


PROGRAMAÇÃO PARA O DIA 06 DE JULHO DE 2011 NO RIO GRANDE DO NORTE

Concentração: às 8h, esquina da Av. Capitão Mor Gouveia com a Av. Jaguarari no bairro de Lagoa Nova

Caminhada: às 10h para a Governadoria, no Centro Administrativo.


Contatos: Central Única dos Trabalhadores – CUT do RN


(84) 8896-5780 / 5801
(84) 3221-3165 / 3201-2142

Presidente da CUT/RN: José Rodrigues (84) 9924-5865


Jornalista: Adriano Medeiros (84) 9172-3858

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Chapa 1 vence eleições do Sindicato de Porto Alegre com 61,24% dos votos

Correção:
                          O  diretor  Juary Chagas do Sindicato dos Bancários-RN,  não foi a Porto Alegre-RS, participar nas eleições do Sindicato. A chapa 2, contou apenas com o seu apoio. Quem esteve em Porto Alegre foi a presidente do Sindicato, Marta Turra. Conforme está na matéria deste blog: Chapa 1 vence eleições do Sindicato de Porto Alegre com 61,24% dos votos.


Unidade Bancária do RN-CUT
Chapa 1 vence eleições do Sindicato de Porto Alegre com 61,24% dos votos
Crédito: Cristiano Estrela
Gaúchos comemoram vitória da Chapa 1

A Chapa 1 - Atitude Bancária, apoiada pela Contraf-CUT, venceu as eleições para a gestão 2011/2014 do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre com 3.568 votos, o que representa 61,24% dos válidos. A nominata é integrada pela atual direção da entidade. A apuração foi encerrada às 22h50 desta quinta-feira, dia 30, na Casa dos Bancários, no centro da capital gaúcha.

A Chapa 3, contou com a presença da presidente do sindicato do RN. Marta Turra, que esteve em Porto Alegre participando da eleição dando o seu apoio, é a chapa ligada ao Movimento Revolucionário (um racha do PSTU), ficou em segundo lugar com 1.317 votos, o que significa 22,61% dos válidos.mar

Já a Chapa 2, contou com o apoio do diretor do sindicato do RN, Juary Chagas, que também esteve presente em Porto Alegre, a chapa 2 é a vinculada ao Conlutas, que recebeu 941 votos, atingindo 16,15% dos válidos. Foram ainda registrados 37 votos nulos e 72 brancos, somando 109 inválidos. Houve um total de 5.935 votantes.

A democracia e a tranquilidade marcaram o pleito. A votação teve início na segunda-feira, dia 27, e terminou às 17h desta quinta-feira.

"Os bancários do Rio Grande do Norte, lamentam a falta de comprometimento pela unidade da categoria por parte da direção do nosso sindicato, defendendo deixar a base de fora dos forúns nacionais da categoria (Congressos do BB, CEF, BNB e da Conferência Nacional dos Bancários 2011). No entanto participar das eleições em Porto Alegre/RS, a diretoria aprova a ida de diretores a revelia da base. Olha que a votação começou no dia 27 e foi encerrada no dia 30."  

O presidente eleito é Mauro Salles Machado, 47 anos, funcionário do Santander, que exerce atualmente a função de diretor de Políticas Sociais e Cidadania do Sindicato. O mandato da nova direção iniciará no dia 16 de agosto.

"Nossa votação representa a aprovação da categoria para o trabalho que estamos realizando. Por isso, vamos dar continuidade, com muito respeito à vontade dos bancários, com transparência e democracia, mas, acima de tudo, na luta intransigente em defesa dos direitos dos bancários e na busca de conquistas. É a vitória dos trabalhadores", declarou Mauro, logo após ter assegurado 50% dos votos mais um, garantindo a vitória já no primeiro turno.

> Resultado da apuração

.: Chapa 1
Votos - 3.568
Percentual - 61,24%
.: Chapa 2
Votos - 941
Percentual - 16,15%
.: Chapa 3
Votos - 1.317
Percentual - 22,61%
.: Brancos - 72
.: Nulos - 37
.: Inválidos - 109
.: Total - 5.935 votantes

Fonte: Seeb Porto Alegre