sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Bancários param 7.672 agências no terceiro dia da greve nacional
Agência do Itaú paralisada pelos bancários no Rio de Janeiro

Crédito: Nando Neves/Seeb Rio

A greve nacional dos bancários seguiu crescendo em seu terceiro dia nesta quinta-feira (29), ao paralisar 7.672 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em 25 estados e no Distrito Federal. O número representa um aumento de 1.424 unidades fechadas a mais do que ontem. Em relação à terça-feira, primeiro dia do movimento, são 3.481 unidades a mais.

O balanço foi feito pela Contraf-CUT, a partir dos dados enviados pelos sindicatos até as 18h30. Único estado ainda fora da mobilização, os bancários de Roraima aprovaram a deflagração de greve a partir da próxima segunda-feira (3).

"O silêncio dos bancos e do governo tem indignado os trabalhadores e fortalecido a greve, que caminha para ser uma das maiores dos últimos anos", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários. "Enquanto a Fenaban não apresentar uma proposta decente, o movimento seguirá crescendo em todo o país. Mantemos a disposição para o diálogo para construirmos uma convenção coletiva com avanços econômicos e sociais para a categoria. A retomada das negociações depende dos bancos e do governo", sustenta.

Carlos Cordeiro destaca a reivindicação dos trabalhadores pela geração de mais empregos pelos bancos. "Queremos mais contratações para melhorar o atendimento aos clientes, reduzir as filas intermináveis nas agências e garantir condições dignas de trabalho aos bancários, que estão estressados com a pressão pelo cumprimento de metas abusivas, impostas pelos banqueiros", diz o presidente da Contraf-CUT. "Nossas reivindicações são justas e as empresas têm todas as condições de atendê-las, diante dos lucros gigantescos que vêm acumulando", sustenta.

Os bancários entraram em greve por tempo indeterminado após a quinta rodada de negociações com a Fenaban, ocorrida na última sexta-feira, dia 23, em São Paulo. Os trabalhadores rejeitaram a proposta de reajuste de 8% sobre os salários. Os bancários reivindicam reajuste de 12,8% (5% de aumento real), valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, fim da rotatividade, melhoria do atendimento aos clientes, fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades.

Solidariedade

Os bancários estão realizando em várias capitais passeatas e atos conjuntos com os trabalhadores dos Correios, em greve há 16 dias. "Estamos realizando atividades de esclarecimento da população e mobilização dos trabalhadores. A intransigência dos patrões e do governo tem aumentado a união e solidariedade entre as duas categorias na luta por melhores condições de vida", sustenta Carlos Cordeiro.

Fonte: Contraf-CUT
Força da greve arranca proposta com conquistas históricas no Banpará
Crédito: Seeb Pará

Com uma adesão de 95% do funcionalismo do Banpará à greve deflagrada na última terça-feira (27), bastaram três dias de uma forte paralisação para que os trabalhadores arrancassem do banco uma proposta que atendesse aos interesses da categoria e colocasse fim à greve. Por ampla maioria, a assembleia realizada na noite desta quinta-feira (29) aprovou a proposta apresentada pelo Banpará em uma reunião de negociação de mais de sete horas com as entidades sindicais.

A força da greve no Banpará arrancou conquistas importantes como um reajuste de 10% sobre as verbas salariais, mais 5% de promoção do Plano de Cargos e Salários em 2012; Anuênio reajustado para R$ 25,00; Reajuste de 20% sobre tíquete alimentação e cesta alimentação, além de um tíquete alimentação extra de R$ 3.200,00, linear a todos os empregados em exercício nas datas de pagamento, sendo R$ 1.200,00 antes do Círio, R$ 1.000,00 em Dezembro/2011 e R$ 1.000,00 em Março/2012, dentre outras conquistas.

Mas uma conquista da Campanha Específica 2011 no Banpará pode ser considerada histórica e servirá de parâmetro para o movimento bancário nacional: a Licença Prêmio de 5 dias para cada ano, sem retroatividade, para gozo; direito este retirado dos trabalhadores de bancos públicos brasileiros desde 1994, no período neoliberal do governo de Fernando Henrique Cardoso.

"A conquista da Licença Prêmio anual, fora da assiduidade, no Banpará, é uma vitória não apenas do funcionalismo dessa instituição, mas de toda a categoria bancária em nível nacional. Tenho certeza que essa conquista mobilizará a luta de bancários e bancárias nos demais bancos, assim como o engajamento do funcionalismo do Banpará nessa greve irá inspirar a luta do restante da categoria ainda em greve em todo Brasil. Todos os funcionários e funcionárias do Banpará estão de parabéns por mais uma Campanha Específica vitoriosa", ressalta a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim.

Para a funcionária do Banpará e diretora da Fetec/CUT-CN, Vera Paoloni, "a categoria no Banpará demonstrou mais uma vez que é boa de luta, de trabalho e consegue, na pressão e com unidade, arrancar vitórias gigantescas como a retomada da licença-prêmio, um item sagrado da categoria na luta por isonomia, pela retomada de direitos. Por isso, hoje estamos em festa e com a alma lavada", conclui.

Veja a proposta do Banpará aprovada em assembleia:

1.REAJUSTE: Reajuste de 10% (dez por cento) sobre todas as verbas fixas de natureza salarial, à exceção do anuênio, gratificação de quebra de caixa e gratificação de tesoureiro. Se o reajuste nacional for superior à proposta, o Banpará seguirá o reajuste nacional.
2.ANUÊNIO: Será reajustado para o valor de R$ 25,00. Hoje é R$ 21,49% e o cresciemnto é d 16,33%.
3.GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO DE TESOUREIROS: Reajuste na comissão dos tesoureiros, observado o nível da agência, em valores de R$ 1.532,00 a R$ 2.451,00. Até antes da greve, a função de tesoureiro era de R$ 1.393,00.
4.GRATIFICAÇÃO DE QUEBRA DE CAIXA: Passará para R$ 250,00. Hoje é R$ 180,49, crescimento de 36%.
5.TÍQUETE ALIMENTAÇÃO E CESTA ALIMENTAÇÃO: Reajuste de 20%. Passará de R$ 752,76 para R$ 903,30.

6.PLR:
6.1. Aplica-se a regra da FENABAN com majoração da parcela adicional em 2%;
6.2. Antecipação de R$ 1.000,00 ate o dia 05/10/2011;
6.3. TÍQUETE ALIMENTAÇÃO EXTRA: R$ 3.200,00, linear a todos os empregados em exercício nas datas de pagamento, sendo R$1.200,00 antes do Círio, R$1.000,00 em Dezembro/2011 e R$1.000,00 em Março/2012.
7.TÍQUETE ALIMENTAÇÃO PARA APOSENTADOS POR INVALIDEZ: Pagamento por até 30. Item novo. Antes, não havia este benefício no Banpará.

8.PCS:
8.1. O Banco concederá promoção por merecimento em Janeiro de 2012 a todos os empregados enquadrados em Janeiro/2010, concedendo um nível na tabela salarial, o que significa 5% a mais;
8.2. Será adotado o critério temporal de dois anos por merecimento e de três anos por antiguidade;
8.3. Manutenção do Grupo Paritário do PCS para discussão dos critérios qualitativos para a promoção por merecimento.
9. ABONO ACADEMIA: valor individual de R$50,00 por empregado, em forma de reembolso.
10. AFBEPA: formalização da liberação de um representante para a AFBEPA.
11. LICENÇA PRÊMIO: 5 dias para cada ano, sem retroatividade, para gozo.
12. ABONO DOS DIAS PARADOS: não haverá desconto para grevistas e nem compensação de horas.

O banco ainda se comprometeu:
Revisão e reajuste de todas as comissões no prazo da Portaria publicada (novembro/2011. Hoje, 80% do funcionalismo do Banpará tem comissão;
Realização de concurso público em 2012, em resposta à reivindicação das entidades de contratação de mais funcionários;
Criação de mesa temática, conduzida pela Comissão de Segurança, para análise e propostas sobre a guarda de chaves;
Implantar o ponto eletrônico em janeiro/2012;;
Implantar o Plano Odontológico em janeiro/2012;
Celular corporativo para os Coordenadores de Postos;
Manutenção do auxilio diferenciado aos empregados com filhos portadores de necessidades especiais
Coibir o transporte de valores por empregados;
Banco de Permutas;
Providenciar espaço adequado aos motoristas lotados na SULOG.

Fonte: Seeb Pará


UNI envia carta à Fenaban e cobra retomada imediata das negociações
Crédito: Seeb São Paulo

A greve nacional dos bancários ganhou um importante apoio internacional. A UNI Sindicato Global, entidade a qual a Contraf-CUT é filiada e representa 20 milhões de trabalhadores do setor de serviços em todo o mundo, enviou na quarta-feira (28) uma carta ao presidente da Fenaban, Murilo Portugal, solicitando a "retomada imediata das negociações e o estabelecimento do diálogo social verdadeiro".

O documento foi assinado pelo secretário-geral do UNI, Philip Jennings. "Não entendemos a resistência do setor empresarial em cumprir as demandas apresentadas pelos trabalhadores, pois os bancos brasileiros, mesmo em um cenário de crise econômica, são donos de uma saúde financeira que se sobressai em relação a outras regiões, sendo responsáveis por remessas importantes de lucros para suas matrizes", afirma.

"Solicitamos a retomada imediata das negociações e o estabelecimento do diálogo social verdadeiro, que condiga com o momento político que vive o Brasil atualmente, marcado pelo fortalecimento da democracia, pela inclusão social, e pelo reconhecimento da importância dos sindicatos como atores sociais", conclui Jennings.

Para Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e da UNI Américas Finanças, "trata-se de um apoio valioso para a greve nacional dos bancários, mostrando a importância da organização e da solidariedade internacional dos trabalhadores. Além disso, reforça ainda mais o movimento em busca de uma solução negociada para o conflito, visando o atendimento das justas reivindiações da categoria".


Fonte: Contraf-CUT com UNI
Dentro da Assembleia Legislativa do Ceará, Tropa de Choque abusa da truculência contra professores em greve
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação repudia ação do governo estadual

Escrito por: CNTE

Educadores foram vítimas da agressão do Batalhão de Choque

Leia a íntegra da moção de repúdio da CNTE ao governo do Ceará

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, entidade representativa de mais de 2,5 milhões de profissionais da educação básica pública no Brasil, à qual o Sindicato APEOC é afiliado, vem a público repudiar com veemência as ações truculentas praticadas pela Polícia Militar, por meio do batalhão de choque sob o comando do governador Cid Gomes, ocorridas nesta manhã, nas dependências da Assembleia Legislativa do Ceará, que causou ferimentos em alguns professores e a prisão de outros, em greve há 56 dias.

A CNTE repudia ainda a atitude do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Roberto Cláudio, por ter permitido a ação violenta do batalhão de choque da PM, dentro da Casa, contra os educadores.

Senhor governador, tal fato remete às práticas utilizadas pelo Regime Militar contra o movimento sindical. Hoje, ações como essa, em um Estado Democrático e de Direito, são inaceitáveis. O governo cearense deveria respeitar a população e usar o diálogo com a sociedade civil e os movimentos sociais em suas políticas públicas.

É necessário ressaltar, senhor Cid Gomes, que a Constituição prevê o direito à liberdade de expressão, para fins pacíficos, em locais abertos ao público. Portanto, atitude do senhor, além de ignorar a legislação brasileira, ainda viola os direitos previstos nas Convenções 87 e 98 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que se referem ao direito de liberdade sindical e de livre organização.

Prender educadores que realizam manifestação em defesa da Lei 11.738/2008 (Lei do Piso Salarial Nacional do Magistério), aprovada por unanimidade no Congresso Nacional e julgada plenamente constitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e prol de uma educação pública de qualidade não é papel de governo democrático e comprometido como bem comumda sociedade.

A direção da CNTE vai denunciar o fato aos organismos internacionais, como a Internacional da Educação e a Organização Internacional do Trabalho – OIT e também permanecerá atenta a qualquer atitude de violência aos direitos dos educadores do Ceará.

Brasília (DF), 29 de setembro de 2011

Roberto Franklin de Leão
Presidente

Fonte: CUT Nacional
Correios emperram negociações reproduzindo declaração de Paulo Bernardo para manter o desconto dos dias parados
Trabalhadores organizam grande caravana a Brasília no dia 4

Escrito por: William Pedreira

O autoritarismo e a inflexibilidade da direção da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) continuam emperrando o desfecho da greve iniciada no dia 14 de setembro. A reunião desta quarta (28) entre o Comando de Negociação e Mobilização da Fentect/CUT (Federação Nacional da Categoria) e o Comando de Negociações dos Correios na Procuradoria do Trabalho mostrou que para a Empresa é uma questão de honra o desconto dos dias parados no contracheque dos trabalhadores.

Para sustentar esta posição intransigente, a direção da ECT se ancora em duas alegações: que não poderia voltar atrás de uma decisão tomada pelo Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que descartou a possibilidade de não cobrar os dias parados e que o desconto deve ser feito para não se cometer uma injustiça com os que continuaram trabalhando. Como se todos, indiscriminadamente, não fossem beneficiados com o futuro acordo.

“A direção da Empresa quer jogar a responsabilidade do acirramento das negociações nas costas dos trabalhadores. Mais uma vez, pela imprensa, usaram da mesma falácia para dizer que a recusa de uma possível proposta por parte dos sindicatos estaria inviabilizando o fim da greve. Esta é uma grande mentira porque em toda negociação que se preze é apresentada uma minuta, uma ata com a proposta para avaliação, o que não ocorreu em nosso caso. Então, como que eles podem dizer que rejeitamos uma coisa que não existe? O que estamos fazendo são conversas e negociações, onde sempre deixamos claro que qualquer proposta que inclua o desconto dos dias parados será rejeitada”, declara Saul Gomes da Cruz, do Comando de Negociações da Fentect.

O próprio procurador do Trabalho, Ricardo Brito Pereira, que esteve à frente das conversas, apontou como decisão mais sábia a recomposição dos dias em greve por compensação e não por desconto salarial.

A Fentec parte do principio da negociação e reafirma sua preocupação com a sociedade, reiterando que assim que finalizada a greve, estes dias parados serão compensados e toda a carga dos correios será colocada em dia, seja através de jornadas mais extensas, regime de hora extra compensatória, mutirões ou trabalho nos finais de semana.

Enquanto isso, os trabalhadores vão colecionando vitórias em ações impetradas na Justiça do Trabalho. Depois da Bahia, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Paraíba e Campinas-SP, ontem foi a vez de Santa Catarina obter uma liminar impedindo o desconto dos salários. Caso a Empresa descumpra a decisão terá de arcar com uma multa de R$300 mil.

Quanto às clausulas econômicas, foi apresentado aos trabalhadores um teto de R$800 milhões para cobertura da folha de pagamento. “Dentro desse valor abrimos mão do abono salarial, mas queremos ganho real. Os Correios apresentaram um aumento linear de R$ 80 a partir de janeiro de 2012, mais a recomposição do índice de inflação. Nossa data-base é agosto, então ficaríamos até lá sem esse aumento. Queremos dividir esse valor para receber R$50 agora e R$30 em janeiro ou vice-versa. Outra proposta seria mudar nossa data-base para dezembro”, relata Saul.

Hoje, os trabalhadores da ECT apresentam um dos piores salários entre as estatais, com um piso de R$ 807,00. O último aumento salarial da categoria foi em janeiro de 2010, ainda referente à campanha salarial do ano anterior.

Os trabalhadores organizam para a próxima terça-feira (4) uma grande caravana com a presença de sindicatos de todo o País, unindo forças em passeata conjunta com os bancários, também em greve. Hoje, o prédio central dos Correios em Brasília amanheceu fechado e encontra-se cercado pelos trabalhadores.

“A Fentect orienta seus Sindicatos pela manutenção da greve contra política arcaica e conservadora da ECT que não respeita o processo democrático do direito à greve e impõe o desconto dos dias como medida punitiva à classe trabalhadora”.

Fonte: CUT Nacional
Polícia Federal multa nove bancos em R$ 2,4 milhões por falhas na segurança
Crédito: Guina - Contraf-CUT

Santander foi o campeão das multas com R$ 729 mil

A Polícia Federal multou nove bancos em R$ 2,4 milhões por descumprimento da lei federal nº 7.102/83 e normas de segurança, durante a 91ª reunião da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP) do Ministério da Justiça, realizada nesta quarta-feira, dia 28, em Brasília. Santander, Banco do Brasil, Bradesco e Itaú Unibanco foram os bancos mais punidos.

Veja a relação das multas de cada banco:

- Santander: R$ 729.302,22
- Banco do Brasil R$ 640.267,91
- Bradesco R$ 385.583,02
- Itaú Unibanco: R$ 385.040,33
- Caixa: R$ 190.490,93
- BRB: R$ 31.924,06
- Banrisul: R$ 28.377,42
- HSBC: R$ 19.510,27
- BIC: R$ 10.642,06
- Citibank: R$ 10.642,06
- Total: R$ 2.431.780,28

A reunião foi presidida pelo novo coordenador-geral de Controle de Segurança Privada (CGCSP) da Polícia Federal, delegado Clyton Eustáquio Xavier.

Bancos não respeitam leis de segurança

A exemplo de reuniões anteriores, as principais infrações dos bancos foram a falta ou o descumprimento do plano de segurança aprovado pela Polícia Federal, número insuficiente de vigilantes, alarmes inoperantes e transporte de valores feito por bancários, dentre outros itens.

"Essas multas revelam que os bancos não estão zelando pelo respeito das leis de segurança, como forma de eliminar riscos e prevenir assaltos e mortes", disse Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária da Contraf-CUT, entidade que representa os bancários na CCASP. "Não são regras burocráticas, como alguns bancos andam espalhando, mas medidas concretas e eficazes que protegem a vida de trabalhadores e clientes", afirmou,

Ele alertou que 34 pessoas foram assassinadas este ano em assaltos envolvendo bancos em todo o país, das quais 21 em crimes de "saidinha de banco", conforme pesquisa nacional da Contraf-CUT e Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), que também é integrante da CCASP.

Bancários priorizam segurança

Ademir destacou também que a segurança é uma das prioridades da Campanha Nacional dos Bancários. "Estamos em greve nacional pelo oitavo ano consecutivo e, além de conquistas econômicas, queremos avanços sociais, como a proibição do transporte de valores feito por bancários, mais equipamentos de prevenção e medidas de combate à 'saidinha de banco' para garantir mais segurança para trabalhadores e clientes", frisou. Já o representante da Febraban, que também integra a CCASP, nada comentou,

"Cada vez fica mais evidente o enorme descaso dos bancos com a segurança nas agências e postos de atendimento, deixando expostos bancários, vigilantes, clientes e usuários. Desta forma, é fundamental o trabalho de fiscalização da Polícia Federal e a atuação da CCASP para trazer mais segurança nos estabelecimentos", salienta Valdir Oliveira, diretor da Fetec-CUT/SP, que participou da reunião.

"Os bancos, que lucraram mais de R$ 27,4 bilhões somente no primeiro semestre deste ano, deveriam priorizar a segurança nos seus estabelecimentos, fazendo mais investimentos para enfrentar essa violência que apavora e mata", apontou Marilza Speroto, diretora da Contraf-CUT, que também participou da reunião.

Mais fiscalização

Estiveram em pauta 1.033 processos punitivos, abertos pelas delegacias de segurança privada (Delesp) nos estados. As multas só foram ainda maiores porque vários acabaram sendo arquivados, muitos até prescritos, e outros foram retirados de pauta e serão apreciados na próxima reunião.

Também foram punidas empresas de vigilância, transportes de valores e centros de formação de vigilantes, com aplicação de advertências, multas e cancelamento de alvarás de funcionamento.

O novo coordenador-geral da CCASP reiterou que pretende aumentar a equipe de trabalho, a fim de agilizar a análise dos 7.500 processos em tramitação que envolvem bancos e empresas de segurança.

"A atividade de segurança privada precisa ser valorizada e qualificada e, para tanto, somos parceiros junto com a Contraf-CUT para sensibilizar as autoridades competentes, a fim de que sejam tomadas as medidas cabíveis para reforçar o trabalho de fiscalização da Polícia Federal", ressaltou José Boaventura Santos, presidente da CNTV.

A Contraf-CUT e a CNTV orientam os sindicatos de bancários e vigilantes a observar o cumprimento da leis de segurança nos bancos. "As entidades podem verificar se a lei federal nº 7.102/83 é respeitada nas agências e postos de atendimento bancário e, caso negativo, devem encaminhar denúncias por escrito para a Delesp mais próxima, solicitando fiscalização", explicou Boaventura.

Abaixo veja o endereço da Polícia Federal em Natal-RN.

"Queremos fortalecer o trabalho da Polícia Federal, a fim de que os bancos respeitem essa lei de segurança, que é de 1983 e já está na hora de ser atualizada com avanços", reforçou Ademir. "Também solicitamos mais atuação das prefeituras e dos Procons para que fiscalizem as leis municipais e estaduais que trazem segurança, como a das portas giratórias e a dos biombos", concluiu.

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Fonte: Contraf-CUT

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Greve cresce no segundo dia e bancários param 6.248 agências em todo o país
A greve nacional dos bancários se fortaleceu nesta quarta-feira (28), seu segundo dia, e aumentou para 6.248 o número de agências e centros administrativos de bancos públicos e privados fechados em 25 estados e no Distrito Federal. São 2.057 unidades fechadas a mais do que no primeiro dia de greve, quando foram paralisadas 4.191 unidades, de acordo com o balanço feito pela Contraf-CUT, a partir dos dados enviados pelos sindicatos até as 18h. Único estado ainda fora da mobilização, os bancários de Roraima aprovaram a deflagração de greve em assembleia realiza na noite desta terça e deverão se juntar ao movimento a partir do dia 3.

"O movimento está aumentando rápido de acordo com os relatos de sindicatos de todo o país. A força da greve é proporcional à insatisfação dos bancários, que cresce a cada dia sem manifestação por parte dos bancos", diz Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários. "A julgar pelos anos anteriores, o movimento deve continuar se fortalecendo e vamos trabalhar para isso. Estamos abertos para a retomada das negociações e cabe aos bancos apresentarem uma nova proposta", conclui.

Os bancários entraram em greve por tempo indeterminado após a quinta rodada de negociações com a Fenaban, ocorrida na última sexta-feira, dia 23, em São Paulo, quando foi recusada pelos trabalhadores a proposta de reajuste de 8% sobre os salários. Os bancários reivindicam reajuste de 12,8% (5% de aumento real), valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, fim da rotatividade, melhoria do atendimento aos clientes, fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades.

"Nossas reivindicações são justas e as empresas têm todas as condições de atendê-las, como mostram os altíssimo valores da remuneração dos diretores e conselheiros de administração dos bancos", destaca Cordeiro. Segundo pesquisa do Dieese baseada nos balanços dos bancos, o conjunto dos altos executivos do Itaú recebeu R$ 683 milhões em 2010, enquanto os do Bradesco receberam R$ 298 milhões e os do Santander ficaram com R$ 207 milhões no ano.

"O Brasil é um dos países com maior diferença entre os salários. Aqui, um executivo de banco chega a ganhar 400 vezes a renda do piso de um bancário. É preciso modificar essa situação, que contribui para que mantenhamos uma vergonhosa posição entre as dez nações mais desiguais do mundo", sustenta o presidente da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT
Trabalhadores dos Correios visitam Contraf-CUT e recebem solidariedade
Crédito: Contraf-CUT

Presidente da Contraf-CUT recebeu companheiros dos Correios

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Estado de São Paulo, Elias Cesário de Brito Junior, conhecido como Diviza, visitou a direção da Contraf-CUT nesta quarta-feira (28), em São Paulo, para mostrar o seu apoio à greve nacional dos bancários. O presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, recebeu o companheiro e expressou a solidariedade dos bancários à greve dos trabalhadores dos Correios, que já dura 15 dias e está sofrendo intensa resistência da empresa.

"Condenamos essa atitude de intransigência dos Correios, que se negam a atender as justas reivindicações de seus trabalhadores", afirmou Cordeiro. "Esses ataques dos patrões e do governo aos trabalhadores estão aproximando as categorias e fortalecendo a unidade da classe trabalhadora", disse, lembrando a manifestação conjunta feita pela Contraf-CUT, trabalhadores dos Correios e petroleiros no último dia 21, no Rio de Janeiro.

Fonte: Contraf-CUT
Artigo do presidente da Contraf-CUT no jornal O Globo: O papel dos bancos
O jornal O Globo, do Rio de Janeiro, publicou no último sábado, dia 24, o artigo "O papel dos bancos" do presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro. O texto trata do processo de bancarização, que foi objeto de reportagem de página interna do veículo há três semanas, onde foi divulgado um estudo sobre o papel dos correspondentes bancários.

"Com esse novo artigo, buscamos reforçar a posição dos bancários e aprofundar este importante debate que interessa o conjunto da sociedade. Nós queremos a inclusão bancária de todos os cidadãos brasileiros, mas com atendimento de qualidade, sem precarização, com

assistência financeira, com segurança e com sigilo bancário protegido de todos os clientes", afirma o dirigente sindical.

Esse é o terceiro artigo produzido pela Contraf-CUT sobre os correspondentes e veiculado na grande imprensa. Antes, foram publicados os textos "Pela verdadeira universalização dos serviços bancários", também de Carlos Cordeiro, no jornal Brasil Econômico, em 26 de julho, e "O BC e os correspondentes bancários", de Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Finaceiro, no jornal Valor Econômico, em 26 de maio.

Leia a íntegra do artigo publicado em O Globo:

O PAPEL DOS BANCOS

Carlos Cordeiro - Pres. da Contraf-CUT

O grande desafio brasileiro é transformar o crescimento em desenvolvimento econômico, promovendo a inclusão social de toda a população brasileira.

A inclusão bancária envolve acesso ao crédito e o direito de ter conta em banco, sem discriminação de qualquer espécie. Mas o sistema financeiro nacional, a despeito de ser o setor mais rentável da economia (somente os sete maiores bancos apresentaram R$ 26,5 bilhões de lucro líquido no primeiro semestre de 2011), não está cumprindo esse papel.

O Brasil tem hoje 20.021 agências bancárias, o mesmo número de duas décadas atrás. Os dados do Banco Central mostram que, dos 5.587 municípios do país, 1.969 (35,3% do total) não possuíam nenhuma agência e nenhum posto de atendimento bancário (PABs) em 31 de julho último.

Mais da metade (54,7%) das agências e PABs estão concentrados no Sudeste, sendo um terço (33,38%) somente no Estado de São Paulo. Inversamente, no Nordeste não há sequer uma agência ou posto de atendimento em 51,95% dos municípios, chegando a 79,91% no Piauí. O resultado é que 40% dos brasileiros - e 52,6% dos nordestinos - não têm conta em banco.

Os correspondentes bancários foram criados para levar atendimento para regiões onde os bancos não chegavam, como na Amazônia. O que se vê hoje é que eles estão localizados, sobretudo, nas grandes cidades para atender as pessoas de baixa renda e os pobres. Não é à toa que, dos 161 mil correspondentes existentes hoje no país, 45% estão concentrados no Sudeste, sendo 25,6% somente em São Paulo. Apenas 20,9% estão no Nordeste (e 1,23% no Piauí).

As resoluções nº 3.954 e 3.959, de fevereiro e março de 2011, baixadas pelo Conselho Monetário Nacional, no lugar da regulamentação do sistema financeiro pelo Congresso Nacional, permitem na prática que os correspondentes exerçam quase as mesmas funções que as agências e, por isso, vão agravar o problema.

Em vez de levar crédito e assistência financeira a regiões distantes e carentes, sua razão de existir, os correspondentes estão na verdade sendo utilizados para segregar e excluir. Eles estão geograficamente situados nas imediações das agências e é para onde os bancos estão empurrando a clientela de baixa renda.

Essas novas resoluções permitem ainda que os próprios bancos criem correspondentes, que podem ser terceirizados e quarteirizados para reduzir custos. Os clientes, além de segregados, ficam desprotegidos de orientação financeira e correm riscos adicionais tanto em relação ao sigilo bancário quanto à segurança física. Se a violência já é grande, com três mortes em média por mês em assaltos envolvendo bancos, o risco é ainda maior nos correspondentes, desobrigados de cumprir a Lei nº 7.102/83, que exige plano de segurança para as unidades com movimentação de numerário.

Não defendemos o fim dos correspondentes, mas a sua transformação em postos de atendimento e agências pioneiras para levar serviços bancários para as regiões desassistidas, com assistência financeira a toda a população, sem discriminação de condição econômica e social, com segurança e sigilo bancário preservado. Os bancos são o segmento que mais lucra na economia. Essa deveria ser a sua contrapartida social para ajudar o Brasil a se desenvolver.

Fonte: Contraf-CUT com O Globo

quarta-feira, 28 de setembro de 2011


 Bancários fecham 4.191 agências em todo o país no primeiro dia da greve 
Nesta terça-feira (27), primeiro dia da greve nacional, os bancários fecharam 4.191 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em 25 estados e no Distrito Federal. O balanço foi feito pela Contraf-CUT a partir dos dados enviados pelos sindicatos até as 18h. Os bancários de Roraima estão realizando assembleia na noite desta terça e deverão se juntar ao movimento nesta quarta.
"A greve começou mais forte que a do ano passado, uma das maiores que fizemos nos últimos 20 anos, quando fechamos 3.864 unidades no primeiro dia de paralisação", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários. "Isso mostra a grande insatisfação dos funcionários com a postura dos bancos, que em cinco rodadas de negociação não apresentaram uma proposta decente que atenda as reivindicações da categoria", sustenta.
Os bancários entraram em greve por tempo indeterminado após a quinta rodada de negociações com a Fenaban, ocorrida na última sexta-feira, dia 23, em São Paulo, quando foi recusada a segunda proposta de reajuste de 8% sobre os salários. "A proposta também não contempla alorização do piso, PLR maior, fim da rotatividade, mais contratações, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, mais segurança, igualdade de oportunidades, melhoria do atendimento aos clientes e inclusão bancária sem precarização", diz Cordeiro.

"A proposta representa apenas 0,56% de aumento acima da inflação do período, o que está longe da reivindicação da categoria, de 12,8% (5% de aumento real). Enquanto isso, os seis maiores bancos que operam no Brasil lucraram R$ 25,9 bilhões no primeiro semestre, segundo levantamento do Dieese e da Contraf-CUT", afirma Cordeiro. "Isso quer dizer um aumento de R$ 4,3 bilhões em relação ao lucro do mesmo período do ano passado, com um crescimento médio de 20,11%. É preciso repartir esses ganhos com os bancários, maiores responsáveis pela enorme lucratividade das empresas", completa.

"A experiência de anos anteriores mostra que a tendência é o índice de paralisação aumentar nos próximos dias. Estamos abertos para a retomada das negociações, pois continuamos apostando no diálogo. Mas também estamos preparados para intensificar a mobilização e fazer a maior greve das últimas décadas para garantir avanços econômicos e sociais", acrescenta Carlos Cordeiro.

Em Natal e na região metropolitana, a greve está forte nos bancos públicos e em alguns bancos privados, precisamos mobiliar os companheiros e companheiras do BB e BNB que estão trabalhando no interior, já que nas agências da Caixa a adesão é forte. Vamos manter contato com quem trabalha nas agências do interior e procurar convencer a aderir a greve, para que o nosso estado venha a servir de exemplo para o país nesta Campanha Nacional dos Bancários.

Vamos a luta para construir a vitória da categoria.

Fonte: Contraf-CUT e Unidade Bancária do RN-CUT.
Bancos enrolam nas negociações e agora tentam impedir direito de greve
Crédito: Seeb São Paulo

Mais uma vez os banqueiros estão desrespeitando o direito constitucional que os trabalhadores têm de ir à greve na luta por melhores condições de trabalho e salários mais justos.

Ao site do Sindicato dos Bancários de São Paulo chegam diariamente relatos de bancários que estão sendo obrigados a trabalhar em outros locais, montados para funcionar apenas durante a greve. É o contingenciamento por meio do qual as direções dos bancos tentam forçar seus empregados a trabalhar, desrespeitando o legítimo direito de manifestação dos trabalhadores.

"São práticas antissindicais e que desrespeitam o direito de greve, que é garantido pela Constituição de nosso país", afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, que orienta os bancários a denunciar caso estejam sendo pressionados a não aderir à greve.

"Se os bancos não querem que a greve prossiga, basta que eles façam proposta decente aos trabalhadores, melhorando o índice para o aumento real nos salários, valorizando o piso, vales refeição e alimentação, pagando PLR maior e melhorando as condições de trabalho", conclui Juvandia.

Fonte: Jair Rosa - Seeb São Paulo
Justiça do Trabalho garante direito de greve dos bancários no Rio
Atendendo a uma ação civil pública ajuizada pelo Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, a desembargadora Mônica Torres Brandão, da 6ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, decidiu a favor do direito de greve da categoria, condenando qualquer medida discriminatória ou de retaliação contra os trabalhadores que aderirem e participarem do movimento grevista.

Na decisão, a desembargadora argumenta que "a garantia constitucional do direito de greve está em consonância com o princípio da dignidade humana e com o valor social do trabalho, além de estar assegurado no artigo 9º da Constituição Federal".

A decisão inclui como forma de retaliação o desconto dos dias parados e só permite a compensação através de negociação entre sindicatos e a entidade patronal.

"Esta vitória no campo jurídico é tão importante quanto a deflagração de greve da categoria na assembleia", avalia Cleyde Magno, diretora do Departamento Jurídico do Sindicato.

Fonte: Seeb Rio
BRB apresenta proposta na quinta rodada de negociação
Na quinta rodada de negociação do BRB com o Sindicato, realizada nesta segunda-feira (26), o banco apresentou contraproposta de reajuste salarial de 13% nos pisos de VP, extensivos aos CP/VPs, anuênios e quinquênios, além de reajuste geral de 8,5% sobre as demais verbas.
Nos conjuntos de ticket e cesta alimentação os valores passam de R$ 795,96 para R$ 900, equiparando a cesta à proposta nacional da Fenaban.
Em relação à reivindicação do Sindicato de o banco revisar os juros do cheque especial dos funcionários a proposta foi positiva, passando de 4,6% para 3,8%, mantendo a quantidade de saques e transferências isentas, extensivas aos aposentados.

O BRB também acatou a cláusula de redução da jornada em 1 hora para as mães, desde o sexto mês de nascimento até um ano, visando alongar e facilitar a amamentação. Segundo a diretora do Sindicato Cida Sousa, a conquista é muito importante. “Existem estudos que comprovam que a presença da mãe mais tempo com filho é benéfico para os dois”.

Durante a negociação, o BRB assumiu o compromisso de atingir o piso do Dieese até 2014. O banco ainda garantiu que vai contratar 600 novos funcionários a partir de outubro de 2011.

PCCR

O banco firmou compromisso com o Sindicato de equacionar a questão da 7ª e 8ª horas até o PCCR, que será implantado em janeiro de 2012 com impacto financeiro retroativo a setembro de 2011. Na mesma data serão antecipadas as questões específicas relativas aos auxiliares e assistentes administrativos.

Em relação aos assistentes de negócios, o BRB propôs a criação de uma nova função gerencial com valorização salarial de jornada de 8 horas como forma de resolver a questão.

O secretário-geral do Sindicato, André Nepomuceno, avaliou como positiva a negociação. “A proposta é positiva e avançamos significativamente. Agora, submeteremos o resultado da reunião à apreciação dos funcionários do BRB em assembleia que será realizada logo mais”.

“É importante a presença de todos os funcionários do banco, sem exceção, na assembleia de hoje, para deliberar sobre a proposta específica do BRB”, diz o diretor do Sindicato Cristiano Severo.

Mais detalhamentos em relação à proposta serão apresentados na assembleia, que ocorre daqui a pouco, às 18h30, na Praça do Cebolão, no Setor Bancário Sul.

Pricilla Beine
Do Seeb Brasília
Lucros crescem 20,11% no 1º semestre e bancos têm de pagar PLR maior


Os seis maiores bancos que operam no Brasil  Banco do Brasil, Caixa, Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, e HSBC,  lucraram R$ 25,9 bilhões no primeiro semestre de 2011, segundo levantamento da Subseção Dieese da Contraf-CUT. Esse ganho estrondoso significa um aumento de R$ 4,3 bilhões em relação ao mesmo período do ano passado, um crescimento médio de 20,11%.

Bancos não querem pagar PLR maior

"Apesar do aumento dos lucros, os bancos não querem elevar a distribuição da PLR aos bancários, desrespeitando quem produziu esses ganhos bilionários", protesta o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro. A última proposta da Fenaban, rejeitada pelas assembleias dos bancários em todo país, prevê apenas reajuste de 8% sobre o modelo de PLR do ano passado, que estabelece uma regra básica e uma parcela adicional. "Isso significa um aumento real de somente 0,56%, distante do crescimento médio de 20,11% dos lucros dos bancos", compara.

A reivindicação de PLR dos bancários é o pagamento de três salários mais R$ 4.500 para cada funcionário. "O Brasil ocupa as últimas posições em distribuição de renda no planeta. Com esses lucros gigantescos, os bancos precisam fazer a sua parte, fazendo uma proposta decente para a categoria, com remuneração digna, o que passa sobretudo por elevação do aumento real, pagamento de uma PLR maior e valorização do piso", destaca Carlos Cordeiro.

Mas bônus dos executivos não param de crescer

Já os altos executivos dos bancos ganharam aumentos expressivos de remuneração anual. A maior alta foi no Bradesco. O conselho de administração, que havia faturado R$ 18,5 milhões em 2009, recebeu R$ 32 milhões no ano passado - um acréscimo de 72,9%.

O presidente do Bradesco, Luiz Trabuco, recebeu do banco em 2010 em salários e bônus a impressionante quantia de R$ 10,4 milhões, conforme a Folha de S.Paulo. Já o bancário do Bradesco que recebe o piso da categoria acumulou cerca R$ 26,4 mil no período, incluídos a PLR, vale refeição e cesta- alimentação. O maior executivo do banco recebeu, assim, 394 vezes mais que os funcionários com os menores salários do banco.

O Itaú Unibanco não divulgou à CVM o valor dos rendimentos do presidente, Roberto Setúbal, em 2010. No entanto, segundo o DCI, o banco destinou para o pagamento da diretoria estatutária o montante de R$ 87,6 milhões em 2010. Dessa forma, cada um dos 15 diretores recebeu média de R$ 5,84 milhões no ano, ou seja, 221 vezes a mais do que o piso do bancário, incluindo PLR e tickets.

No Santander, a assembleia de acionistas de 2010 aprovou uma remuneração anual de R$ 246,56 milhões para 48 diretores e 9 membros do conselho de administração, média de R$ 5,136 milhões por executivo - 194 vezes mais que o estimado para um bancário que recebe o piso da categoria, incluídos PLR e tickets.

O Banco do Brasil divulgou o salário do presidente Aldemir Bendine: R$ 800 mil em 2010, um valor 26,6 vezes maior que o ganho aproximado de um funcionário do BB que recebe o piso, incluídos PLR e tickets.

"É uma distância absurda, que escancara a falta de justiça social dentro dos bancos e da própria sociedade. O Brasil vem crescendo economicamente, já é a sétima maior economia do mundo, mas ainda se encontra entre os dez países mais desiguais. Isso precisa mudar", ressalta Carlos Cordeiro. "O Brasil precisa distribuir renda, e isso só acontece por força da mobilização dos trabalhadores por remuneração digna", enfatiza.

PLR aos aposentados e para todos os afastados

"Também reivindicamos o pagamento da PLR aos aposentados e para todos os afastados por acidente ou doença do trabalho", acrescenta Carlos Cordeiro.

"Os bancos precisam valorizar os seus aposentados, que muito trabalharam para a grandeza das instituições financeiras", justifica. "Já os bancários, que adoeceram e se encontram afastados há de um ano por motivos relacionados ao no trabalho, não podem continuar sendo discriminados na hora do pagamento da PLR", salienta. "Eles devem receber como se ativa estivessem, como sinal de respeito e dignidade", conclui.

PLR proporcional para quem foi dispensado ou pediu demissão

 "Além de cobrar dos bancos PLR maior para todos os funcionários na ativa, queremos também o pagamento de PLR proporcional aos meses trabalhadores para todos os que foram dispensados ou pediram demissão ao longo do ano", salienta o presidente da Contraf-CUT.
Trata-se de uma reivindicação justa, que já está sendo reconhecida pela Justiça do Trabalho. Em ação movida pelo Sindicato dos Bancários do ABC, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo condenou o Bradesco a pagar a um ex-funcionário que pediu demissão a PLR proporcional ao período de trabalho no último ano, cujo contrato foi rescindido no dia 30 de setembro de 2010.

Fonte: Contraf-CUT

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Os Bancários decidiram entrar em greve a partir desta terça-feira
Foto: AE Ampliar

A decisão foi tomada em assembléias realizadas na noite desta segunda-feira (22) pelos Sindicatos dos Bancários de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Curitiba, Campo Grande, Mato Grosso, Paraíba, Alagoas, Ceará, Piauí, Espírito Santo, Campinas, Piracicaba, Juiz de Fora, Dourados e Vitória da Conquista, entre outros, conforme levantamento feito até as 20h30 da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que coordena o Comando Nacional dos Bancários.

Em Natal a assembléia também aprovou a greve, seguindo a orientação do Comando Nacional dos Bancários, recusando a proposta apresentada pela Fenaban. Hoje tem nova assembléia no auditório do Sinte, as 17h.

Conforme orientação do Comando Nacional, a categoria recusou a proposta de 8% de reajuste, feita pela Fenaban, durante a quinta rodada de negociações, na última sexta-feira, dia 23, em São Paulo. “Isso significa apenas 0,56% de aumento real, continuando distante da reivindicação de 12,8% de reajuste (5% de ganho real mais a inflação do período)”, afirma o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, Carlos Cordeiro

"Esperamos que a força da greve faça com que os bancos apresentem uma proposta que garanta emprego decente aos bancários. Com lucros acima de R$ 27,4 bilhões obtidos somente no primeiro semestre deste ano, os bancos possuem todas as condições de atender as reivindicações da categoria, de modo a valorizar o trabalhador, distribuir renda, reduzir desigualdades e contribuir para o desenvolvimento do país”, disse Cordeiro.

"As alterações feitas pela Fenaban acabaram frustrando nossas expectativas", disse o presidente da Contraf", Carlos Cordeiro. Segundo ele, os pisos pagos pelos bancos no Brasil chegam a ser menores do que na Argentina. "Por que o Brasil tem que ter um piso inferior ao da América Latina se a maior parte do lucro dos bancos vem daqui?", questionou.

De acordo com Cordeiro, a Fenaban alega que os custos de um reajuste de 12,8% (inflação mais aumento real de 5%, pedido pela Contraf-CUT) seriam muito elevados. "Não tem justificativa. O lucro dos seis maiores bancos cresceu 24% em média nos últimos dois anos e os gastos com custos subiram em média 7%".

Na pauta da Campanha Nacional de 2011, os bancários também reivindicam a valorização do piso salarial, aumento do vale-alimentação, auxílio-educação com pagamento para graduação e pós-graduação, ampliação das contratações, mais segurança nas agências, combate às terceirizações e à rotatividade e aumento na Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

"Contamos com o apoio e a compreensão dos clientes e usuários, que sofrem com as altas taxas de juros, as tarifas exorbitantes, as filas intermináveis pela falta de funcionários, a insegurança e a precarização do atendimento bancário", conclui Carlos Cordeiro.
Fenaban volta a esconder piso salarial dos bancários em nota à imprensa
Mais uma vez, a Fenaban escondeu o piso dos bancários em nota à imprensa divulgada na sexta-feira (23), após a quinta rodada de negociações com o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT. No texto, que trata da proposta de 8% de reajuste sobre todas as verbas, os bancos informam o valor do piso salarial para a função de caixa, que passaria para R$ 1.845,77 com a aceitação da proposta. O valor inclui a gratificação de caixa e outras verbas recebidas pelo bancário que desempenha essa função.

Desta forma, os banqueiros demonstraram novamente que eles mesmos têm vergonha da proposta de piso que fizeram, cujo salário de ingresso após 90 dias subiria para R$ 1.350,00, o que representa uma diferença a menor de R$ 494,77 em comparação ao piso do caixa.

"Em nenhum momento, o salário do caixa foi usado como referência nas negociações para discutir o piso dos bancários. Segundo projeções do Dieese, cerca de 140 mil funcionários recebem o piso da categoria, o que significa aproximadamente 30% dos bancários. Os bancos continuam tentando enganar a sociedade", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

"Os bancos têm todas as condições para apresentar uma proposta decente de reajuste que contemple a valorização do piso, como fizeram no ano passado, quando o salário inicial subiu 16,33%", destaca.

O dirigente sindical lembra que os bancos estão entre os setores mais lucrativos da economia brasileira. As maiores empresas do setor alcançaram lucros acima de R$ 27,4 bilhões somente no primeiro semestre deste ano. "Os bancos podem atender a reivindicação dos bancários e pagar o salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ R$ 2.297,51 em junho)", reitera.

"A valorização do piso é fundamental para diminuir as desigualdades sociais que envergonham o Brasil. Um alto executivo dos bancos chega a ganhar até 400 vezes mais que o piso do bancário", alerta. "Está na hora de parar de esconder o verdadeiro piso da categoria e construir uma nova proposta com valorização do piso como forma de distribuição de renda e compromisso com o Brasil e os brasileiros", conclui Carlos Cordeiro.


Fonte: Contraf-CUT

domingo, 25 de setembro de 2011

Negociação não avança e bancários reforçam greve nacional a partir de terça
Crédito: Jailton Garcia

Comando Nacional rejeitou nova proposta de 8% na mesa de negociações

A Fenaban frustrou as expectativas do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, na quinta rodada de negociação ocorrida nesta sexta-feira, dia 23, em São Paulo. Os bancos apresentaram nova proposta de índice de reajuste de 8% sobre todas as verbas, uma elevação de apenas 0,2% em relação à proposta de 7,8%, rejeitada pelos trabalhadores em assembleias realizadas pelos sindicatos na quinta-feira, dia 22, em todo o país.

Dessa forma, os bancários mantêm a decisão de deflagrar greve nacional por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira, dia 27. Novas assembleias estão agendadas para segunda-feira, dia 26, para organizar a paralisação em todo país.

"O índice de 8% significa um aumento real de apenas 0,56%, muito abaixo da reivindicação de 12,8% (5% de ganho real mais a inflação). A proposta também não contempla a valorização do piso da categoria e não aumenta a Participação nos Lucros e Resultados (PLR)", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. "É uma proposta muito baixa, especialmente se comparada aos elevados lucros alcançados pelos bancos no primeiro semestre, que chegaram a mais de R$ 27,4 bilhões", salienta Cordeiro.

Além disso, a nova proposta também não traz avanços em relação às reivindicações de emprego e melhoria das condições de trabalho. "Queremos mais contratações, fim da rotatividade, combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, mais segurança, igualdade de oportunidades e melhoria do atendimento aos clientes, dentre outros pontos", destaca o dirigente sindical.

"Desde o início apostamos no processo de negociação, mas, com essa nova proposta, vamos intensificar a mobilização da categoria em todo o país para realizar uma greve ainda mais forte que a do ano passado, a fim de arrancar dos bancos uma proposta decente", defende.

Fonte: Contraf-CUT
CUT critica inflexibilidade dos Correios e cobra abertura de negociações
Crédito: CUT

Os trabalhadores dos Correios, em greve há mais de uma semana, aprovaram em assembleias realizadas na quinta-feira (22), a contraproposta do Comando Nacional de Negociações e Mobilização a ser apresentada à diretoria da empresa ainda nesta sexta-feira (23).

Nela, estão incluídos: reposição da inflação de 7,16%, calculados pelo IPCA; reposição das perdas salariais de 24,76%, de 1994 a 2010; piso salarial de R$ 1.635,00; aumento linear de R$ 200,00; auxílio creche para todos os trabalhadores (as); não contratação de mão de obra terceirizada; contratação imediata dos concursados; não desconto dos dias parados em decorrência da greve.

Mesmo com esse claro sinal de disponibilidade para negociar, a direção dos Correios mantém a postura intransigente reafirmando que só retomará o diálogo com a suspensão do movimento.

Em entrevista, o presidente da CUT, Artur Henrique, critica a postura inflexível e autoritária por parte dos Correios que, além de não negociar, quer já de imediato descontar os dias parados. Ele defende a abertura imediata de um canal de negociação para resolução da greve.

Mobilização para avançar

Os trabalhadores preparam para esta sexta (23) um grande ato a ser realizado por todos os 35 sindicatos filiados à Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares), a partir das 16h.

Assembleias também serão realizada por todo o Brasil. A orientação da Federação é para que todos os sindicatos aprovem a continuidade da greve, por tempo indeterminado.
Nota de apoio da Executiva Nacional da CUT

Os trabalhadores e trabalhadoras dos Correios, através da FENTECT - Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos, entregaram sua pauta nacional de reivindicações à direção dos Correios no mês de julho.

Os trabalhadores dos Correios estão em luta por melhores salários e condições de trabalho, pelos Correios público e de qualidade. Mas, após dois meses de tentativas de negociação, não houve nenhum avanço e as reivindicações não foram atendidas. Assim, os trabalhadores deliberaram pela greve.

A greve dos trabalhadores e das trabalhadoras dos Correios é legítima e tem todo o apoio da CUT.

Não aceitamos que a direção da ECT, intransigente, se recuse a receber os trabalhadores em greve, além de ameaçar descontar os dias da paralisação antes mesmo de qualquer negociação.

Esta postura autoritária e antissindical da direção da ECT e do Ministério das Comunicações merece o repúdio de todos.

Solicitamos que as Entidades Cutistas enviem mensagens para o presidente da ECT, Wagner Pinheiro (presidência@correios.com.br), a ministra do Planejamento, Miriam Belchior (ministra@planejamento.gov.br) e o Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo (gabinete@mc.gov.br)

Fonte: CUT

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Bancários aprovam greve nacional para a próxima terça-feira (27)
Os bancários decidiram nesta quinta-feira (22) entrar em greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira (27). A decisão foi tomada em assembleias realizadas em nesta quinta-feira, segundo informou em nota a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf).

A categoria reivindica um reajuste de 12,8% (inflação do período mais aumento real de 5%), mas a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) oferece 7,8%. "A proposta significa apenas 0,37% de aumento real, apesar dos lucros acima de R$ 27,4 bilhões obtidos somente no primeiro semestre deste ano", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf.

As assembléias foram realizadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Fortaleza, Alagoas, Porto Velho, Rio Branco, Campinas (SP), Juiz de Fora (MG), Dourados (MS) e Campina Grande (PB)...

Hoje (23), haverá uma nova rodada de negociações entre as partes. Na segunda-feira (26), os bancários pretendem realizar novas assembléias para avaliar a negociação e preparar a greve, segundo a Contraf.

Além do reajuste, a categoria exige maior participação nos lucros, valorização do piso, fim da rotatividade, mais contratações, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, mais segurança, igualdade de oportunidades e inclusão bancária sem precarização, dentre outras reivindicações.

Em Natal, a assembléia também aprovou a greve para o dia 27, seguindo a orientação do comando nacional. Agora é trabalhar na mobilização e convencer os que ainda estão em dúvida, para a nossa campanha nacional nos trazer avanços e novas conquistas.

Vamos a luta.

Veja abaixo o resultado das assembléias realizadas nesta quinta-feira
São Paulo Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Rio de Janeiro Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Brasília Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Belo Horizonte Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Pernambuco Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Curitiba Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Alagoas Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Porto Alegre Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Ceará Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Espírito Santo Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Paraíba Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Bahia Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Piracicaba Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Mato Grosso Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Campo Grande Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Alagoas Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Piauí Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Rondônia Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Acre Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Roraima Rejeitou a proposta e faz nova assembleia dia 27
ABC (SP) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Campinas (SP) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Juiz de Fora (MG) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Campina Grande (PB) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Vitória da Conquista (BA) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Londrina (PR) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Dourados (MS) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Cornélio Procópio Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Guarulhos (SP) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Bragança Paulista (SP) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Sul Fluminense (RJ) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Itabuna (BA) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Baixada Fluminense (RJ) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Uberaba (MG) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Ipatinga (MG) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Extremo Sul (BA) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Guarapuava (PR) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Nova Friburgo (RJ) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
São Miguel do Oeste (SC) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Jundiaí (SP) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Três Rios (RJ) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Teresópolis (RJ) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Campo Mourão (PR) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Alegrete (RS) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Campos dos Goytacazes (RJ) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Joaçaba (SC) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Toledo (PR) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Barretos (SP) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Feira de Santana (BA) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Petrópolis (RJ) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Itaperuna (RJ) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Limeira (SP) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Magi das Cruzes (SP) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Bauru (SP) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Araraquara (SP) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Catanduva (SP) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Taubaté (SP) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Presidente Prudente (SP) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Vale do Ribeira (SP) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Assis (SP) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Irecê (BA) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Apucarana (PR) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Arapoti (PR) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Paranavaí (PR) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Umuarama (PR) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27

Fonte: Contraf-CUT
Comando Nacional discute previdência, saúde e revisão do PCR com BNB

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, se reuniu na quarta-feira, dia 21, com a direção do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), em Fortaleza, para a instalação da mesa temática sobre previdência e a discussão dos relatórios das comissões paritárias que trataram da CAMED e da revisão do PCR. Essa mesa irá focar os debates iniciais sobre a CAPEF, buscando soluções para o plano BD e a otimização do Plano CVI.

A abertura dos trabalhos está marcada para o próximo dia 3 de outubro, quando os representantes dos trabalhadores e do banco se reunirão pela primeira vez para começar as discussões. O prazo para apresentação do relatório preliminar é de 30 dias.

As comissões paritárias CAMED e revisão do PCR cumpriram com os seus objetivos, entregando dentro dos prazos estipulados os seus respectivos relatórios.

A reunião foi a primeira na esfera decisória, envolvendo a representação política dos trabalhadores e a direção da empresa e apresentou alguns avanços.

No âmbito da CAMED, o banco se comprometeu a encaminhar nesta quinta-feira para o Comando Nacional um estudo contendo respostas para todas as sugestões e reivindicações apresentadas no relatório da comissão paritária.

Veja algumas das respostas do banco:

- Encaminhar para análise e deliberação do Conselho Deliberativo da CAMED proposta de adequação entre a sinistralidade e a contribuição dos associados;
- Rever a política comercial da CAMED, transferindo todas as receitas de seguro da Corretora para os planos de autogestão;
- Suspender os reajustes automáticos de janeiro e efetivá-los apenas após estudo atuarial com a participação do Banco e das Entidades;
- Congelamento do valor da proteção financeira hoje fixada em R$ 1.500, variando apenas a contribuição para garantir essa proteção;
- Recriação do Fundo de Assistência Médica (FAM) após estudo para identificar fontes de recursos e formas de repasse à CAMED;
- Realizar estudo para implementação de piso para contribuição da CAMED, ficando a complementação que for necessária sob a responsabilidade do Banco.

PCR

A proposta de Comissão Paritária do PCR irá analisar as divergências sobre a questão do salário de ingresso que os representantes da empresa insistem em manter em R$ 1.600,00, enquanto os representantes dos trabalhadores reivindicam que seja de R$ 1.637,00 (mesmo valor estipulado pela Caixa após 3 meses do estágio probatório) e o percentual de promoção que os representantes dos trabalhadores querem manter em 4% e o Banco propõe reduzir para 3%.

Os consensos ficaram por conta da redução do tempo de promoção de 2 para 1 ano por merecimento e de 3 para 2 anos por tempo de serviço, promoção automática de 3% para todos os funcionários, retroativa a 1º de fevereiro de 2011 e a elevação dos atuais 18 para 27 níveis de promoção em cada uma das carreiras que compõem o atual plano.

O Comando Nacional trouxe à mesa a reivindicação dos Assistentes Bancários no sentido de sua migração para a carreira de Analista Bancário. O banco ficou de analisar a proposta do ponto de vista legal.

Via crucis

Apesar dos avanços na Comissão Paritária do PCR, o Comando Nacional alerta os funcionários de que vai ser preciso muita pressão para que a revisão do PCR seja de fato efetivada. E que a aprovação final terá que percorrer a via crucis que começa pela diretoria do BNB e vai até o DEST, passando pelo Conselho de Administração e Ministério da Fazenda.

O Comando Nacional conseguiu do banco o compromisso de até o final de outubro concluir o processo de avaliação e aprovação interna, de forma a ser encaminhado para o DEST no início de novembro de 2011.

Em outubro, o Comando Nacional estará divulgando com detalhes e debatendo a proposta de revisão do PCR com a base do funcionalismo, através de cada sindicato. Essa fase do processo tem como objetivo dotar todos os funcionários de informações necessárias para tomada de posição em assembleia, que irá deliberar sobre acordo de revisão, quando este estiver devidamente autorizado pelos órgãos controladores do banco.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb-CE

 

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Proposta insuficiente dos bancos pode levar bancários à greve no dia 27
Crédito: Jailton Garcia
Comando Nacional rejeitou a proposta na mesa de negociações

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, considerou insuficiente a proposta apresentada pela Fenaban na quarta rodada de negociação nesta terça-feira (20), em São Paulo, e decidiu orientar os sindicatos de todo o país a realizarem assembleias nesta quinta-feira (22) para rejeitar a proposta e deflagrar greve nacional a partir da próxima terça-feira (27). Uma nova negociação foi agendada com a Fenaban para sexta-feira (23), a fim de continuar as discussões. Na segunda-feira (26), novas assembleias deverão ser realizadas para definir os rumos do movimento.

"Os bancos fizeram uma proposta insuficiente para seus funcionários, pois não contempla nossa pauta de reivindicações, o que deve levar a categoria para a greve", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando. "Apostamos desde o princípio no processo de negociação e mantemos nossa disposição para o diálogo, mas estamos preparados para realizar uma greve ainda mais forte que a do ano passado", completa. Em 2010, os bancários realizaram a maior greve da categoria nos últimos 20 anos, com duração de 15 dias e adesão recorde tanto em bancos públicos quanto privados.

Reajuste salarial
A proposta dos patrões inclui reajuste de 7,8% sobre os salários e as demais verbas (vale-refeição, cesta-alimentação, auxílio creche/baba, dentre outras), o que equivale a apenas 0,37% de aumento acima da inflação medida pelo INPC do período. Os bancários reivindicam reajuste de 12,8% no salário (inflação do período mais aumento real de 5%) e R$ 545 para cada uma dessas verbas.

Para Cordeiro, a reivindicação dos bancários é justa em face dos altíssimos ganhos das empresas. Segundo dados do Dieese, o setor financeiro apresentou o terceiro maior crescimento na economia nacional na comparação entre o segundo trimestre de 2011 com o mesmo período de 2010. Para ter uma ideia, a intermediação financeira cresceu 4,5% no período, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) do país atingiu 3,1%.

Outros dados apontam no mesmo sentido. A receita de prestação de serviços (proveniente principalmente das tarifas cobradas dos clientes) acumulada pelos seis maiores bancos no primeiro semestre cresceu 13,73% em relação ao mesmo período de 2010. Foram R$ 36,4 bilhões de em 2011, contra R$ 32 bilhões em 2010.

"O Brasil está numa situação econômica muito boa e o setor financeiro está ainda melhor. Mas se por um lado passamos a ser a sétima maior economia do mundo, mantemos vergonhosa posição entre os dez países mais desiguais do planeta. O caminho para mudar essa situação é distribuir renda, e isso passa por aumentos reais de salários para os trabalhadores", diz Cordeiro.

Piso
Não está prevista valorização do piso da categoria, que também seria corrigido em 7,8% e passaria dos atuais R$ 1.250 para R$ 1.347,50 - muito abaixo da reivindicação da categoria, que é o salário mínimo do Dieese, calculado em R$ 2.297,51 em junho.

O presidente da Contraf-CUT destaca a importância da valorização do piso salarial dos bancários. Dados do Dieese demonstram que o piso da categoria no Brasil, equivalente a US$ 757, é mais baixo do que o dos bancários no Uruguai (US$ 1.039) e quase metade do recebido pelos trabalhadores argentinos, que tem piso de US$ 1.432. O piso dos brasileiros é equivalente a US$ 6,3 por hora de trabalho, enquanto os argentinos recebem com US$ 9,8/hora, seguidos pelos uruguaios, que ganham US$ 8/hora.

PLR
Para a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), os bancos propõem a manutenção do modelo do ano passado, com reajuste de 7,8% sobre a regra básica e a parcela adicional. "O crescimento do lucro dos bancos foi muito maior do que o percentual oferecido. As maiores empresas do setor lucraram mais de R$ 27,4 bilhões somente no primeiro semestre do ano, e os maiores responsáveis por isso foram os bancários", aponta Cordeiro. Além de pagamento maior, os trabalhadores cobram o fim do desconto dos programas próprios de remuneração variável na PLR.

Enquanto oferecem ganhos rebaixados para a grande maioria de seus funcionários, a remuneração dos diretores e conselheiros de administração dos bancos não para de crescer. Segundo pesquisa do Dieese baseada nos balanços dos bancos, os altos executivos do Itaú receberam em média R$ 683 mil mensais no ano passado, o que configurou um aumento de 22% em relação ao rendimento de 2009. A maior variação foi a dos executivos do Bradesco, que receberam 44% a mais do que no ano anterior, num total de R$ 298 mil mensais. Os executivos do Santander tiveram aumento de 32%, chegando a R$ 207 mil mensais em média em 2010.

"O Brasil é um dos países com maior diferença entre os salários. Aqui, um executivo de banco chega a ganhar 400 vezes a renda do piso de um bancário. É preciso modificar essa situação, que contribui para que mantenhamos uma vergonhosa posição entre as dez nações mais desiguais do mundo", sustenta o presidente da Contraf-CUT.

Emprego
Um ponto importante ausente da proposta dos bancos são medidas relativas à proteção e geração de empregos. "Cobramos o fim da rotatividade e das demissões imotivadas e a ampliação das contratações para melhorar as condições de trabalho e o atendimento aos clientes", afirma Carlos Cordeiro.

Dados da Pesquisa de Emprego Bancário, realizada pela Contraf-CUT em parceria com o Dieese, revelam que, apesar do saldo positivo de 11.978 empregos no primeiro semestre de 2011, os bancos aumentaram o número de demissões e intensificaram a prática de usar a rotatividade para reduzir custos e aumentar ainda mais os lucros. Foram 18.559 desligamentos no período, vitimando principalmente os bancários com maiores salários.

Dois grandes bancos não geraram empregos no período. Pelo contrário. O Itaú e o Santander, apesar de seus lucros, cortaram 1.045 e 494 postos de trabalho, respectivamente.

Essa enorme rotatividade não ocorre em outros países. É o caso do HSBC que aqui demite centenas de bancários, ao contrário da Argentina

Plano de Cargos e Salários
A proposta da Fenaban não contempla a criação de Plano de Cargos e Salários em todos os bancos, o que significa a manutenção de distorções salariais e falta de valorização e ascensão profissional para todos os bancários.

Saúde do Trabalhador
A proposta apresentada não contempla o fim das metas abusivas e várias reivindicações relativas à saúde. Os bancos somente aceitaram a não divulgação de rankings individuais, uma reivindicação dos trabalhadores. A mesa temática seria retomada com a discussão da possibilidade de avaliação do PCMSO e a divulgação da Sipat. As reuniões seriam trimestrais.

Segurança Bancária
Os bancos aceitam incluir na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT)cláusulas sobre o transporte de numerário por bancários e o monitoramento eletrônico das agências. "Defendemos a proibição do transporte de valores pelos bancários, conforme estabelece a lei federal nº 7.102/83, e a instalação de câmeras com monitoramento em tempo real fora dos estabelecimentos controlados", salienta Carlos Cordeiro.

Os trabalhadores cobraram a instalação de biombos para garantir privacidade aos clientes e coibir o crime de "saidinha de banco". As empresas não apresentaram proposta a respeito. As demais propostas de segurança não estão contempladas.

As reuniões da mesa temática passariam a ser semestrais. "Semestrais devem ser as apresentações das estatísticas de assaltos da Fenaban, mas as reuniões devem ser trimestrais, a exemplo das demais mesas temáticas", ressalta o presidente da Contraf-CUT.

Igualdade de Oportunidades
O acompanhamento do programa de promoção da igualdade de oportunidades, proposto pela Febraban na apresentação do Mapa da Diversidade, seria incluída na pauta das reuniões trimestrais da mesa temática. Os bancários cobraram a realização imediata de um novo censo da categoria, mas os bancos negaram, propondo um prazo de cinco anos entre as pesquisas.

Terceirização
A mesa temática será retomada, também com periodicidade trimestral, dando continuidade à discussão da questão dos call-centers.

Veja as principais reivindicações da categoria:

Remuneração
- Reajuste de 12,8% (inflação do período mais aumento real de 5%).
- Piso igual ao salário mínimo do Dieese: R$ 2.297,51 (em junho).
- PLR: três salários mais R$ 4.500.
- Plano de Cargos e Salários (PCS) em todos os bancos.
- Gratificação semestral de 1,5 salário para todos os bancários.
- Contratação da remuneração total dos bancários.
- Vale-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio creche/babá iguais ao salário mínimo (R$ 545).
- Auxílio-educação para todos os bancários.
- Previdência complementar para todos os bancários.

Emprego
- Garantia de emprego;
- Proteção contra a dispensa imotivada, combatendo a rotatividade.
- Contratação de mais bancários;
- Fim das terceirizações.
- Jornada de trabalho de seis horas para todos os bancários.
- Ampliação do horário de atendimento para das 9h às 17h com dois turnos de trabalho;
- Tempo de até 15 minutos de espera nas filas nos dias normais;
- Abono assiduidade de cinco dias por ano.

Igualdade de oportunidades
- Igualdade na contratação, remuneração e ascensão profissional.
- Realização de um novo censo para avaliar os resultados dos programas implantados pelos bancos para combater a discriminação.
- Prorrogação automática da licença-maternidade de quatro para seis meses, sem necessidade de solicitação por parte da bancária.
- Condições de acessibilidade nas agências tanto para bancários como para clientes com deficiências.

Saúde do trabalhador
- Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral.
- Participação dos trabalhadores na fixação das metas, que devem levar em consideração o tamanho, a localização e o perfil econômico das dependências, e não podem ser individuais.
- Fim da divulgação de rankings individuais sobre cumprimentos de metas.
- Suspensão do trabalho em espaços físicos em reforma.
- Manutenção do salário e demais direitos no período de afastamento por problemas de saúde.

Segurança bancária
- Assistência médica e psicológica às vítimas de assaltos, sequestros e extorsões.
- Emissão da CAT para quem esteve no local de assaltos e sequestros.
- Fechamento das agências após assaltos, consumados ou não.
- Porta de segurança, câmeras com monitoramento em tempo real e vidros blindados em todas as agências e postos.
- Biombos entre a fila de espera e os caixas e divisórias individualizadas entre os caixas internos e os eletrônicos para combater "saidinha de banco".
- Proibição ao transporte de valores e à guarda das chaves das unidades pelos bancários.
- Adicional de 30% de risco de morte para agências, postos e tesouraria.

Confira o calendário das atividades:
Dia 21 - negociação específica com a Caixa
Dia 21 - negociação específica com o Banco do Nordeste
Dia 21 - negociação específica com o Banpará
Dia 22 - assembleia para deliberação sobre a proposta
Dia 23 - negociação com a Fenaban
Dia 23 - negociação específica com o Banrisul
Dia 26 - nova assembleia
Dia 27 - data indicativa de greve

Fonte: Contraf-CUT
Banco do Brasil não apresenta proposta específica e afirma que segue Fenaban
Crédito: Jailton Garcia

A negociação nesta terça-feira (20), em São Paulo, entre o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), e o Banco do Brasil terminou sem a apresentação de propostas para as reivindicações específicas debatidas e deliberadas pelos funcionários no 22º Congresso Nacional dos Funcionários do BB. O banco afirmou ainda que acompanhará os resultados da mesa principal de negociação com a Fenaban, que debate a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários.

Diante disso, o Comando Nacional orienta que os bancários do Banco do Brasil participem ativamente das assembleias da categoria que serão realizadas nesta quinta-feira, dia 22, em todo o país, e preparem uma forte greve nacional a partir do dia 27, caso o banco continue não apresentando propostas para as reivindicações do funcionalismo.

"Lamentamos que o Banco do Brasil não tenha apresentado as propostas específicas esperadas por seus funcionários", afirma Eduardo Araújo, coordenador da CEBB. "Esperamos que o banco marque uma nova negociação e traga respostas o mais rápido possível, assim como a Fenaban fez", sustenta.

O Comando Nacional iniciou o debate reafirmando a necessidade de o banco apresentar propostas que dialoguem com os eixos de reivindicações como, por exemplo, melhorias no PCR - Plano de Carreira e Remuneração, no PCC - Plano de Cargos Comissionados, nas questões de saúde, condições de trabalho, combate ao assédio moral e fim das terceirizações com a contratação de mais bancários.

Em relação à carreira dos bancários, é fundamental que o BB aumente o piso, melhore itens como interstício na carreira A, redução do tempo para adquirir os 1095 pontos das letras da carreira de mérito, bem como pontuar todos os funcionários incluindo os escriturários e caixas. É importante também que a pontuação no mérito respeite o histórico funcional. Os caixas devem ser efetivados após 90 dias na função e pertencer à dotação das agências.

Uma reivindicação muito forte é em relação à garantia de manutenção da função comissionada para bancários que se afastem por licenças saúde e acidente de trabalho. A proposta do Comando Nacional é a volta das substituições de funções, com os afastados retornando às suas funções após o tratamento.

No que diz respeito à jornada de trabalho, os bancários cobraram que as funções comissionadas tenham jornada de 6 horas e a que os 15 minutos de pausa estejam incluídos na jornada, como já ocorre em outros grandes bancos como Santander e Caixa Econômica Federal.

Em relação à saúde e condições de trabalho, além de estender a Cassi e a Previ para todos, os bancários reivindicam melhorias no plano odontológico e extensão aos aposentados. "Também é fundamental atender às reivindicações dos bancários das Centrais de Atendimento (CABBs), locais onde a natureza do trabalho é bastante dura e há várias demandas acumuladas", afirma Eduardo.

Ainda sobre carreira, os trabalhadores reivindicaram do banco que o Plano de Cargos Comissionados tenha concursos internos e valorizam de comissões como dos fiscais e da gerencia média, além de melhorias contra o descomissionamento arbitrário. O banco apresentou dados comparando o número de comissionados e a proporção de perdas de função. Entre 2009 e o primeiro semestre de 2011, o coeficiente de descomissionamento reduziu-se de 0,57 para 0,27. "Houve uma redução nos descomissionamentos da ordem de 50%, o que evidencia a importância da regra da trava conquistada pelos bancários comissionados em 2010", afirma Eduardo.

O banco terminou a negociação dizendo que segue avaliando as propostas apresentadas pelos bancários e que consultará o Departamento de Controle das Estatais (Dest) sobre as possibilidades de fazer qualquer proposta específica.

"Os bancários não aceitarão qualquer retrocesso no processo negocial, com retirada de direitos ou cláusulas no aditivo ao acordado com a Fenaban. Estamos dispostos a defender essa posição de forma intransigente e esperamos que o banco não aposte em derrotar a mobilização dos trabalhadores", conclui Eduardo.

Vejam abaixo as principais questões debatidas nas negociações com o BB:
- Banco do Brasil atuando como banco público, com mais contratações.
- PCR para todos com aumento do piso, com aceleração da carreira (2 anos no primeiro nível), interstício de 6% na carreira A.
- 6 horas de trabalho para todos, com 15 minutos incluídos na.
- Prova de seleção interna para funções comissionadas e melhoria das comissões dos fiscais, assistentes das unidades táticas e demais funções abaixo do mercado bancário.
- Pagamento de substituições em todas as vacâncias.
- Alteração das regras de descomissionamentos, sem perda de função por conduta incompatível e por afastamentos por licenças médicas.
- Fim das travas para transferências e comissionamentos.
- Igualdade de direitos para egressos de bancos incorporados (abonos, ausências, PAS).
- Previ e Cassi para todos, com adesão da Cassi à NR 254 da ANS que incorpora tabelas novas de procedimentos médicos mínimos.
- Adesão a cláusula de assédio moral da Fenaban, com alteração da posição da Ouvidoria Interna e mudanças na composição e nas atribuições dos comitês de ética.
- VCP de 12 meses para restruturações e retorno de licença saúde.
- Treinamento para todos no horário de expediente e retorno da verba de aprimoramento.
- Criação do auxilio-educação e de verbas para CPA 10 e 20.

Fonte: Contraf-CUT