segunda-feira, 29 de novembro de 2010

26/11/2010


Justiça manda Itaú Unibanco reintegrar bancária
demitida perto da aposentadoria

Seeb RioVitória no Rio de Janeiro

A operadora de caixa do Itaú Unibanco, Lúcia de Freitas Bruno dos Santos, viu-se vítima da atitude mais covarde e cruel da empresa. Apesar de estar no período de estabilidade pré-aposentadoria, após ter prestado anos de relevantes serviços ao banco, foi demitida de forma arbitrária no dia 12 de fevereiro deste ano. O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro tentou negociar para que a demissão fosse revertida, mas o banco insistiu na dispensa, alegando que Lúcia "poderia se aposentar se quisesse". Lúcia procurou a Secretaria de Assuntos Jurídicos do Sindicato, que entrou com ação de reintegração. O juiz Claudio Olimpio Lemos de Carvalho, da 48ª Vara do Trabalho, determinou que a bancária retornasse ao trabalho em 25 de outubro deste ano, estipulando multa de mil reais a cada dia de descumprimento da ordem judicial. No entanto, o Itaú Unibanco não cumpriu a decisão. O Sindicato denunciou o fato ao magistrado. Em função disto, no último dia 22, Lúcia foi reintegrada, significando uma importante vitória para toda a categoria, já que a posição do Judiciário deixou claro que o banco não respeitou a cláusula 25ª da Convenção Nacional dos Bancários, assinada com a Fenaban, que garante estabilidade ao bancário que estiver a dois anos de se aposentar (aposentadoria integral ou proporcional).
Mínimo de R$ 580 e o fim da guerra fiscal entre estados


Sáb. 27 de novembro de 2010

Por Cícero Martinha

Estamos a pouco mais de um mês do início do governo da presidenta Dilma Rousseff. Agora a esperança e os sonhos começam a ser colocados em prática, após o povo e a classe trabalhadora brasileira terem confirmado nas urnas que querem a continuidade das politicas econômicas e sociais.

Na pauta das principais reivindicações da classe trabalhadora está o mínimo de R$ 580. Ficou provado ao longo do governo Lula que a valorização do salário mínimo alem de proteger as pessoas da base da pirâmide social, os aposentados e pensionistas servem, também, de uma rede protetora da nossa economia.

Porque o que a gente ganha aqui, gasta aqui no nosso mercado interno. Investimentos em roupas, comida, material de construção civil, nas prestações de eletrodomésticos e, quando dá, até num carrinho para a família. É dinheiro que aquece a economia, que protege nosso pais das catástrofes que tem sido a norma em países europeus. E, principalmente, que gera mais empregos com carteira assinada para todos nós.

Além da luta do reajuste do salário mínimo para 2011 e a instalação do Conselho de Relações do Trabalho, a Força Sindical, sob o comando de Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, batalha ao lado dos empresários contra a guerra fiscal entre os Estados.

Temos que acabar com esse hábito perverso de um Estado disputar com o outro a redução arbitrária do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), com a desculpa de que há necessidade de fazer frente às importações ou para atrair empresas para suas regiões administrativas.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá acompanha a mobilização da Força Sindical que se juntou com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e entrou com a ação no Supremo Tribunal Federal contra as políticas de redução do ICMS, praticadas por alguns estados, para elevar a movimentação de carga em seus portos. O primeiro alvo são Paraná e Santa Catarina, onde a guerra fiscal deflagrada pela isenção fiscal nos portos aumentou significativamente as importações nos últimos anos.

Outras unidades da federação, como Pernambuco e Espírito Santo, também estão na mira, indicando que o combate aos incentivos não vai parar por aqui.

Entre os empresários mais prejudicados pela disputa estadual se encontram representantes das indústrias têxtil, química e de máquinas, que reclamam da entrada indiscriminada de produtos acabados e matérias-primas, exportando empregos sobretudo para a Ásia, mas também a países europeus com excesso de produção que tentam ganhar mais espaço no país.

É hora de união. A favor dos nossos empregos. E a guerra fiscal acaba por servir a interesses das economias estrangeiras, a transferir empregos lá para fora, a prejudicar o nosso crescimento econômico que a duras penas conseguimos consolidar com o governo Lula e que temos a chance de acelerar no governo da presidenta Dilma Rouseff.

(*) Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá
Regulação do sistema financeiro evitaria crise, diz Stiglitz


Em novo livro “O Mundo em queda livre”, prêmio Nobel de Economia em 2001 condena medidas dos EUA e do FMI para combater crises

Ilton Caldeira

A crise financeira mundial, deflagrada em setembro de 2008, foi a mais grave turbulência econômica dos últimos 80 anos e seus reflexos ainda são sentidos até hoje, principalmente nos países desenvolvidos. Mas isso tudo poderia ter sido evitado, segundo o economista Joseph Stiglitz, se houvesse uma maior regulação do sistema financeiro global.

Em seu mais recente livro “O Mundo em queda livre – Os Estados Unidos, o mercado livre e o naufrágio da economia global”, que está sendo lançado nesta segunda-feira no Brasil pela editora Companhia das Letras, o vencedor do prêmio Nobel de Economia em 2001, argumenta que os responsáveis pelas principais economias do mundo são, no fundo, especialistas de terceira linha graduados em escolas de primeira linha que não aprenderam nada com as lições de crises anteriores.

Stiglitz, um dos mais severos críticos do modelo econômico neoliberal, relata em seu livro que a crise asiática que ocorreu entre 1997 e 1998 foi um aquecimento para os eventos que ocorreram nos últimos dois anos. Segundo ele, os problemas com a falta de regulação em países como a Tailândia e a Indonésia, os quais ele define como a periferia da economia global, evoluíram rumo ao núcleo da economia mundial até eclodir com o sistema financeiro dos Estados Unidos, que precisou ser socorrido com a ajuda bilionária dos recursos do contribuinte americano.

Ferrenho crítico dos métodos utilizados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) que, segundo Stiglitz, tratou das crises nos países onde interveio com políticas recessivas e não de desenvolvimento, o economista aproveita para alfinetar alguns antigos desafetos em seu livro como Larry Summers, um dos principais conselheiros econômicos do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

Stiglitz afirma que Summers foi muito condescendente com as demandas das grandes instituições financeiras de Wall Street na crise da Ásia, nos anos 90, durante a sua gestão como secretário do Tesouro nos oito anos do governo do ex-presidente dos EUA Bill Clinton e está cometendo os mesmos erros agora. Summer foi um dos responsáveis pela demissão de Stiglitz do posto de economista-chefe do Banco Mundial nos anos 90.

Em suma, Stiglitz defende em seu novo livro que o perído de hegemonia americana na área econômica durou apenas 19 anos: desde a queda do muro de Berlim , em 1989, até o colapso financeiro do banco Lehman Brothers em 2008.

Segundo ele, os reponsáveis pela formulação das políticas econômicas nos Estados Unidos precisam aprender as lições com a experiência vivida na atual crise e adotar mecanismos mais eficazes de regulação. Se os avisos forem ignorados, como nos anos 90, no futuro a dinâmica das economias no mundo será marcada pelas crises sistêmicas, alerta o economista.

Resta saber se dessa vez seus antigos desafetos estão melhor preparados para aceitar suas críticas e sugestões.

iG São Paulo
PEC do diploma para jornalista em
pauta na agenda do Senado

Seg, 29 de Novembro de 2010 - 08:56h


Os senadores podem examinar três propostas de emenda à Constituição (PEC), prontas para votação em plenário. A primeira é a PEC 43/08, que prorroga de 2013 para 2018 o prazo de aplicação de recursos destinados à irrigação do Nordeste e do Centro Oeste.

Do senador Antônio Carlos Magalhães (DEM-BA), a matéria determina que as verbas sejam utilizadas segundo a execução de plano diretor de irrigação regional, de acordo com lei específica.

Conciliação de atividades para parlamentares
A segunda PEC à espera de votação é a 19/07, que propicia a parlamentares conciliar a atividade legislativa com cargos de professor em universidades públicas - a possibilidade está vetada pelo artigo 54 da Constituição.

Elaborada pelo senador Tião Viana (PT-AC), a proposta acrescenta ao texto do artigo um parágrafo definindo que proibição não se aplica para funções de magistério em instituição pública, desde que os horários das duas atividades não sejam conflitantes.

Diploma para jornalista
A terceira PEC é a mais polêmica. De autoria do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), a PEC 33/09 estabelece a obrigatoriedade de diploma universitário para o exercício da atividade de jornalista profissional. Por oito votos a um, o Supremo Tribunal Federal eliminou a exigência de diploma em 17 de junho de 2009 (relembre).

Aprovada na CCJ na forma de substitutivo (por ter sofrido alterações substanciais), a PEC define o ofício jornalístico como exclusivo ao "portador de diploma de curso superior em jornalismo, expedido por instituição oficial de ensino" - isto é, reconhecida pelo Ministério da Educação.

A matéria também estabelece que lei específica deve definir os termos da atividade e da forma de atuação dos colaboradores.

A PEC abre duas exceções, tornando facultativa nos seguintes casos a apresentação do diploma: para quem comprovar o exercício pleno da profissão; e para os jornalistas provisionados com registro profissional regular emitido por órgão competente.

Cargo no Ministério da Defesa
O Senado também pode votar esta semana a MP 499/10, que cria o cargo de natureza especial de chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas por meio da extinção de 61 funções comissionadas técnicas no Ministério da Defesa.

Com a mudança, a remuneração do novo cargo será de R$ 11.431,88. A MP, aprovada na última quarta-feira (24), passada pela Câmara, também cria outros dois cargos do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores (DAS-6).

Fonte: DIAP
26/11/2010


Consulta aos bancários sobre superávit
da Previ vai de 9 a 15 de dezembro

A consulta aos associados do Plano 1 da Previ sobre o destino do superávit será feita entre os dias 9 a 15 de dezembro. Funcionários da ativa votam pelo SISBB e aposentados e pensionistas, pelo telefone 0800-729-0808.

Os trabalhadores avaliarão o acordo definido em negociação realizada nesta quarta-feira, 24, entre a Contraf-CUT, os dirigentes eleitos da Previ e demais entidades representativas do funcionalismo do Banco do Brasil, inclusive associações de aposentados e Anabb, e a direção do BB sobre a destinação do superávit do Plano 1 do fundo de pensão dos trabalhadores do banco público.

> Clique aqui para conhecer a proposta

"É importante que todos participem da consulta para garantir que os benefícios sejam estendidos a todos os participantes do fundo", afirma Marcel Barros, secretário-geral da Contraf-CUT e funcionário do Banco do Brasil.


Fonte: Contraf-CUT
HSBC demite e reduz quadro de
funcionários em Campina Grande
 
Na contramão da política de expansão adotada pelas outras instituições financeiras na cidade, que tem ampliado o quadro de funcionários e aberto novas agências, o HSBC mantém apenas uma agência na cidade e, pior, reduzindo ainda mais o quadro de funcionários. Em Campina Grande (PB) mais uma trabalhadora foi demitida.

A bancária tinha menos de dois anos no banco e era querida pelos companheiros da agência. A justificativa pela demissão foi a redução de quadro.

Os funcionários foram surpreendidos com a demissão e estavam perplexos. Muitos se emocionaram e quase não reuniam condições emocionais para trabalhar.

A pouco mais de uma década no Brasil, o HSBC ainda não se definiu no mercado, e a cada ano o discurso fica mais distante da prática. Os funcionários estão muito insatisfeitos com a gestão do RH pela falta de valorização, assédio moral, falta de transparência nos programas próprios de remuneração, metas abusivas, baixos salários dentre outros.

"Precisamos de soluções urgentes para os problemas que atingem os funcionários e vamos cobrar isso do banco", afirma o secretário-geral do Sindicato dos Bancários de Campina Grande, Esdras Luciano.


Fonte: Seeb Campina Grande

sábado, 27 de novembro de 2010

Bancos pagam até 30 de novembro a 13ª cesta-alimentação de R$ 311

Segundo a convenção coletiva firmado na campanha nacional deste ano, os bancos têm até 30 de novembro para pagar a 13ª cesta-alimentação aos bancários. A maior parte já creditou o valor na conta de seus funcionários, mas alguns bancos deixaram para pagar o direito em novembro. Este ano, com os 7,5% de reajuste conquistados, o valor da cesta-alimentação foi para R$ 311,08.Os bancários do Santander, HSBC, Bradesco e da Caixa Federal receberam entre outubro e início de novembro. Itaú Unibanco e Citibank pagam na sexta-feira 26 e o Safra deposita na segunda-feira 29. O BB se comprometeu a creditar na próxima terça-feira 30, último dia do prazo.Conquista É importante lembrar que a 13ª cesta não é fruto da "generosidade" dos bancos. Assim como a PLR, os vales refeição e alimentação, a 13ª cesta-alimentação é consequência da pressão dos trabalhadores, organizados em sindicatos, sobre os bancos, durante as negociações das campanhas nacionais da categoria. Foi uma das maiores conquistas da luta de 2007, passando a fazer parte da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, que tem validade nacional. Ou seja, é creditada aos bancários de todo o Brasil há três anos.Ajuda Mas alguns não sabem disso, como um jovem funcionário do BB, contratado há apenas dois meses: "Era um dinheiro que eu não esperava e nem sabia que tinha direito. Foi uma grata surpresa e eu também não sabia que tinha sido uma vitória da campanha salarial", diz o bancário. Ele conta que vai usar os reais extras para contribuir com a ceia de final de ano na casa dos pais.Outros bancários, com mais tempo de experiência, lembram muito bem que antes de 2007 não contavam com um valor a mais para gastar com a alimentação. "Há três anos que recebo esse valor que é muito bem vindo, sobretudo pra mim que tenho filho pequeno. Com isso, dá pra fazer uma ceia melhor de Natal", conta um empregado da Caixa com mais de 26 anos de profissão. "Sou do tempo que não tinha vale-transporte, não tinha vale-refeição, não tinha nada. Admiro a atuação do Sindicato nesse sentido, graças a isso complementamos o salário.""É uma grande ajuda! Ainda bem que agora temos mais esse complemento no salário", comemora a funcionária de uma agência do Real, do Santander. "É uma graninha extra que todo mundo espera e hoje a gente já conta com ela no final do ano. Pelo menos parte desse dinheiro vai pro peru e pras outras comprinhas de Natal", acrescenta a bancária que tem cinco anos de banco e que também lembra do tempo em que a 13ª cesta não existia. "Ainda bem que garantimos", diz.Impacto A 13ª cesta-alimentação injeta quase R$ 150 milhões na economia brasileira, beneficiando não só os bancários de todo país, mas também trabalhadores de outros setores, como de supermercados e de restaurantes. O cálculo leva em conta os 476.370 bancários brasileiros, segundo dados de agosto deste ano do Ministério do Trabalho e Emprego. Na capital e demais municípios da base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, que tem mais de 135 mil bancários segundo dados de agosto, são R$ 42,2 milhões injetados na economia. O aumento do consumo de alimentos provocado pelo pagamento da 13ª cesta resulta em mais receita para os estabelecimentos comerciais e, por conseqüência, mais contratações e geração de emprego e renda, num ciclo virtuoso de aquecimento do mercado.
Fonte: Andréa Ponte Souza - Seeb São Paulo
Segurança nos bancos

Contraf-CUT e CNTV lançam projeto de lei para combater "saidinha de banco"

Escrito por: Contraf-CUT com CNTV-PS

A Contraf-CUT e a Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV-PS) efetuaram na última sexta-feira, dia 19, o lançamento nacional do projeto de lei municipal para combater o crime de "saidinha de banco". A atividade ocorreu, no Dayrell Hotel, em Belo Horizonte, durante a solenidade de posse da nova direção da CNTV. A iniciativa será agora lançada nos estados e municípios pelos sindicatos e federações de bancários e vigilantes e levada para discussão nas câmaras municipais em todo país.
"Não é proibindo o uso de celulares no interior dos bancos que se impedem terceiros de visualizar os saques de dinheiro dos clientes, mas reforçando a estrutura e os procedimentos de segurança dos estabelecimentos", afirmou o secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr.
"Escolhemos Belo Horizonte para lançar esse projeto para trazer mais segurança para trabalhadores e clientes porque, segundo dados da polícia militar, ocorrem em média 70 ocorrências por mês de crimes de saidinha de banco na cidade", destacou o presidente da CNTV, José Boaventura Santos. "Conforme notícias da imprensa, tivemos 21 mortes envolvendo assaltos a bancos em 2010, sendo oito em saidinhas de banco, das quais duas aconteceram na capital mineira", ressaltou o sindicalista.
Durante o lançamento, cópias do projeto foram entregues aos presidentes do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte, Clotário Cardoso, da Federação dos Trabalhadores em Instituições Financeiras de Minas Gerais (Fetraf-MG), Magali Fagundes, e do Sindicato dos Vigilantes de Minas Gerais, Romualdo Ribeiro.
Também estiveram presentes o vice-presidente da Contraf-CUT, Neemias Rodrigues, o secretário de organização da CUT, Jacy Afonso, a deputada federal Jô Moraes (PCdoB-MG), o deputado estadual Carlos Gomes (PT-MG), o deputado distrital eleito Chico Vigilante (PT-DF) e a vereadora de Belo Horizonte, Maria Lúcia Scarpelli (PCdoB), além de dirigentes de sindicatos de bancários e vigilantes de todo país. Os parlamentares também receberam cópias do proejto.
O projeto
O projeto está baseado na ampliação dos equipamentos e medidas de segurança nos estabelecimentos dos bancos, estabelecendo:1- Equipamentos de prevenção:
- portas giratórias com detectores de metais antes do autoatendimento, com recuo após a fachada externa para facilitar acesso contendo armário de portas individualizadas e chaveadas para guarda de objetos de clientes;
- câmeras de filmagem em tempo real com monitoramento externo nas áreas de circulação de clientes nos bancos, incluindo calçadas externas e estacionamento, onde houver;
- vidros blindados nas fachadas externas, no nível térreo e nas divisórias internas das agências e postos de atendimento no mesmo piso
2- Equipamentos de privacidade nas operações:
- divisórias opacas e individualizadas, com altura de dois metros entre os caixas, inclusive nos caixas eletrônicos, para garantir a privacidade dos clientes durante as suas operações bancária;
- biombos ou estrutura similar, com altura de dois metros entre a fila de espera e a bateria de caixas das agências, bem como na área dos terminais de autoatendimento, cujos espaços devem ser observados pelos vigilantes e controlados pelas câmeras de filmagem, visando impedir a visualização das operações bancárias por terceiros
3- Equipamentos para melhorar as condições de trabalho dos vigilantes:
- uso de colete a prova de balas, arma de fogo e arma não letal autorizada;
- assento apropriado e escudo de proteção,
- proibição ao vigilante de exercer qualquer outra tarefa que não seja a de segurança.Colocar a vida das pessoas em primeiro lugar
"Queremos proteger a vida de bancários, vigilantes, clientes e usuários, bem como melhorar as instalações de segurança das instituições financeiras, diante da onda de assaltos a bancos, que tem causado mortes, feridos e pessoas traumatizadas", frisou Ademir.
Os bancos possuem recursos sobrando para melhorar as instalações de segurança. Somente até setembro deste ano, os cinco maiores bancos (BB, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Caixa) acumularam lucros de R$ 32,08 bilhões. "Aplicar em recursos para prevenir assaltos não pode ser tratado como custo pelos bancos, mas como investimento na proteção da vida das pessoas", salientou o diretor da Contraf-CUT."Os bancos precisam fazer a sua parte, melhorando as precárias condições de segurança privada nos estabelecimentos, assim como os governos devem investir mais na segurança pública, a fim de proteger efetivamente os trabalhadores e a sociedade", concluiu Boaventura.
Seminário e protesto marcam dia de combate à violência contra a mulher

Crédito: Gerado Lazzari. São Paulo.

A criação de delegacias especializadas com estruturas para atender as mulheres que sofrem violência, criação de juizados especiais, além de investimentos em ações sócioeducativas para reeducar os agressores são os principais desafios para enfrentar o problema da violência contra a mulher.Esses pontos foram defendidos por especialistas durante o seminário realizado pela Rede Uni Mulheres Brasil, no Sindicato, para marcar o Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher. Participaram a promotora de Justiça Eliane Vendramini, o psicólogo Leandro Feitosa Andrade, a presidente da Confederação dos Trabalhadores do Comércio da CUT (Contracs), Lucilene Binsfeld, e a dirigente sindical Neiva Maria Ribeiro.A promotora relatou a triste realidade que as mulheres vêm sofrendo no seu cotidiano. Mas, ela acredita que com a Lei Maria da Penha a situação tende a melhorar. "Nesses quatro anos a lei tem funcionado, sim. Principalmente quando se trata de oferecer à mulher uma medida protetiva de urgência. Mas, infelizmente, ainda está longe de ser o ideal porque estamos longe do Poder Judiciário. E quando o fato é julgado, é baseado em leis que são antigas, e não no convívio e no sofrimento da vítima", diz Eliane Vendramini.A promotora destacou ainda que faltam recursos para que os programas de proteção à mulher sejam aprimorados. "Quando elas chegam não podemos deixar de oferecer o atendimento. Mas o Poder Público esquece que a vítima precisa de remédio, de alimentação e de lazer e para nós não está chegando nenhuma verba. Não temos recursos para esses atendimentos", comenta.MachismoO psicólogo do Coletivo Feminista de Sexualidade e Saúde Leandro Feitosa Andrade também diz que a violência à mulher tem aumentado a cada dia e, que a tendência é que cresça ainda mais. "A agressão é resultado de uma série de fatores que hoje têm rondado a sociedade. Hoje a mulher tem tido grandes destaques na vida e principalmente profissional. E o homem que vem de uma sociedade machista, não aceita essas mudanças. A maneira que ele encontra para fazer sua opinião prevalecer é batendo na mulher", conta. Ele ainda ressalta que esse problema está presente em todas as classes sociais e apenas a prisão não é o suficiente para buscar estratégias. "É um trabalho em grupo que dura de quatro a seis semanas. E o homem somente aceita está reeducação a partir do terceiro encontro. É necessário um trabalho reflexivo, preventivo e não somente punitivo para reeducação do agressor", ressalta.ProtestoApós o seminário, as participantes fizeram uma caminhada com distribuição de folder na região central da cidade. "Nós da Rede UNI Mulheres estamos mobilizadas não só neste dia, mas sempre, para combater a violência contra as mulheres", afirma Deise Recoaro, secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT."Acreditamos que a intensa divulgação da Lei Maria da Penha e do telefone 180 para denúncias, aliada ao debate permanente para a conscientização e mobilização da sociedade, são ações importantes para a erradicação de todas as formas de violência contra a mulher, seja em casa, no trabalho ou qualquer outro espaço", diz a diretoria do Sindicato Neiva Ribeiro.DataO 25 de novembro foi definido como o Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher no I Encontro Feminista Latino-Americano e do Caribe, realizado em 1981, em Bogotá, Colômbia.A data foi escolhida para lembrar as irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), assassinadas pela ditadura de Leônidas Trujillo na República Dominicana. Nas comemorações de 1991, foi iniciada a Campanha Mundial pelos Direitos Humanos das Mulheres, sob a coordenação do Centro de Liderança Global da Mulher, que propôs os 16 Dias de Ativismo contra a Violência contra as Mulheres, que começam em 25 de novembro e prosseguem até 10 de dezembro, aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada em 1948.

Fonte: Elenice Santos - Seeb SP

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Bradesco paga R$ 700 mi e leva folha de
pagamento do Estado de Pernambuco

A folha de pagamento dos servidores públicos de Pernambuco vai mudar de banco. A partir de fevereiro, o Bradesco vai gerenciar a conta salário de aproximadamente 215 mil funcionários ativos, aposentados e pensionistas do Estado.
Num leilão bilionário, realizado na manhã desta sexta-feira, dia 12, o Bradesco mostrou todo seu poder econômico e, por R$ 700 milhões, arrematou a folha de pagamento que pertencia ao Santander. A movimentação financeira da folha, atualmente, chega a R$ 6,2 bilhões por ano.
O Sindicato dos Bancários de Pernambuco esteve presente ao leilão e acompanhou de perto cada lance. Segundo o diretor da entidade, Epaminondas Neto, Bradesco e Santander fizeram uma disputa acirrada pela folha de pagamento. Ao final, o Bradesco apostou alto e tirou as contas do banco espanhol.
"Ficamos preocupados com o resultado do leilão, porque o Santander já tinha estrutura e funcionários para administrar a folha de pagamento. Agora, vamos pressionar o banco para que não haja demissões. A falta de bancários nas agências e departamentos do Santander é gritante e defendemos que haja um remanejamento dos empregados responsáveis pela conta dos servidores, pois não há motivo algum para dispensas", afirma Epaminondas, que esteve no leilão junto com o diretor do Sindicato Geraldo Times.
"Ao mesmo tempo que vamos pressionar o Santander para que não haja demissões, vamos cobrar do Bradesco a contratação de mais funcionários, já que agora o banco terá mais de 215 mil novas contas para administrar", ressalta Geraldo. Ele lembra que o slogan da Campanha Nacional dos Bancários deste ano era "Pessoas em Primeiro Lugar" e que os dois bancos não podem colocar o lucro acima dos funcionários e clientes.
"Faltam bancários em praticamente todos os bancos, o que é um desrespeito com os funcionários, que têm de trabalhar dobrado, e com os clientes, que enfrentam filas quilométricas. O Sindicato vai intensificar a luta por mais contratações, principalmente no Bradesco", diz Geraldo.
O leilão
O valor inicial da folha de pagamento tinha como preço mínimo R$ 610 milhões para o gerenciamento das contas por um prazo de cinco anos. A última licitação realizada pelo Governo de Pernambuco, em 2004, compreendia a contratação para gerenciar a Folha de Pagamento, a Conta Única do Estado e o Pagamento de Fornecedores.
Na época, o Bandepe, privatizado para o Real que posteriormente foi comprado pelo Santander, venceu o processo e pagou, por cinco anos do contrato, o montante de R$ 240 milhões.

Fonte: Seec Pernambuco

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Lucro do Banco do Brasil cresce 32% e soma R$ 2,6 bilhões no 3º trimestre
O Banco do Brasil anunciou lucro líquido de R$ 2,625 bilhões no terceiro trimestre de 2010, alta de 32,7% ante o terceiro trimestre do ano passado e queda de 3,7% na comparação com o segundo trimestre deste ano. O banco também informou lucro descontando efeitos extraordinários de R$ 2,578 bilhões no terceiro trimestre, alta de 46,1% na comparação com o mesmo período de 2009.
O resultado acumulado nos nove primeiros meses deste ano foi de R$ 7,7 bilhões, evolução de 28,5% na comparação com igual intervalo de 2009.
A alta do lucro decorre da expansão das operações de crédito, do aumento da receita com prestação de serviços e da contabilização de ganhos atuariais do fundo de pensão dos funcionários do BB, a Previ. O retorno patrimonial do banco foi de 26,2%, mesmo nível do terceiro trimestre do ano passado.
A carteira total de crédito fechou setembro em R$ 365,1 bilhões, expansão de 4,4% na comparação com o segundo trimestre deste ano e de 21,1% em 12 meses. Os empréstimos para pessoas físicas cresceram 25% em 12 meses, puxados por linhas como o crédito consignado, veículos e o financiamento ao consumo. A carteira do segmento superou a marca de R$ 107 bilhões.
Já na pessoa jurídica, a alta foi de 20,1%, com destaque para as operações de micros, pequenas e médias empresas, principalmente capital de giro, que teve expansão de 25%.
O BB terminou o terceiro trimestre com ativos totais de R$ 796,8 bilhões, expansão de 16% ante setembro de 2009. Com esse montante, o banco público se consolida na posição de maior instituição financeira do Brasil e da América Latina. Para reforçar seu capital, o BB concluiu no início do terceiro trimestre uma oferta de ações que rendeu ao todo R$ 9,8 bilhões.
O lucro do BB ficou menor que o do Itaú Unibanco, que anunciou ganho recorde de R$ 3,034 bilhões no terceiro trimestre, e de R$ 9,4 bilhões de janeiro a setembro. Mas superou o do Bradesco, que lucrou R$ 2,5 bilhões nos meses de julho a setembro e R$ 7,1 bilhões nos nove primeiros meses do ano.