HSBC é processado por desvio de US$ 9 bilhões na fraude de Madoff
Danielle Chaves NOVA YORK - O representante das vítimas da fraude multibilionária promovida por Bernard Madoff, Irving Picard, abriu um processo contra o HSBC Holdings e um grupo de fundos alimentadores em busca de uma indenização de pelo menos US$ 9 bilhões, informou o Wall Street Journal. De acordo com a lei dos EUA, Picard tem até o dia 11 de dezembro - data em que se completam dois anos da prisão de Madoff e do fechamento de sua empresa - para abrir novos processos.
O processo contra o HSBC é o mais recente entre os cerca de 100 abertos por Picard nos últimos dias, em um esforço para recuperar o dinheiro de investidores que receberam lucros falsos por meio do esquema de pirâmide ou de pessoas e instituições que permitiram a fraude.
Em um documento, Picard afirmou que o HSBC e uma rede de fundos alimentadores na Europa, no Caribe e na América Central direcionaram mais de US$ 8,9 bilhões no negócio fraudulento de consultoria para a empresa de Madoff. Segundo Picard, eles ignoraram as indicações de que Madoff estava praticando uma fraude.
"Se o HSBC e os outros acusados tivessem reagido adequadamente a tais alertas e outros sinais óbvios de fraude descritos na acusação, o esquema de pirâmide de Madoff teria entrado em colapso anos, bilhões de dólares e incontáveis vítimas antes", disse Picard no documento. "Os acusados foram propositadamente e deliberadamente cegos à fraude, menos após o conhecimento de vários sinais de alerta em torno de Madoff", acrescentou.
Picard processou várias instituições financeiras nas últimas semanas, incluindo JPMorgan Chase e UBS. Os dois bancos disseram que as acusações não têm fundamento. O HSBC não comentou o assunto. As informações são da Dow Jones.
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