Mobilização pela correção da tabela do IR e por salário mínimo mais alto
01/02/2011
Na VW de São Bernardo e em outros locais de trabalho, trabalhadores mandam seu recado ao governo federal
Escrito por: Isaías Dalle
Entre a chegada dos trabalhadores que iniciam expediente às 5 da manhã e os que encerram o turno às seis, a CUT e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC realizaram nesta terça, no pátio da VW de São Bernardo, um ato em defesa da correção da tabela do imposto de renda e pela valorização do salário mínimo.
“Governo novo, lutas novas”, disse o presidente da CUT, Artur Henrique. “Uma coisa foi a disputa eleitoral, outra é a disputa por mais avanços e conquistas dos trabalhadores”.
O tema da correção da tabela do imposto de renda ganhou relevo. As centrais defendem que a tabela seja corrigida em 6,47%, inclusive para efeito da participação nos lucros e resultados (PLR), que também é tributada pelo IR.
“Tivemos campanhas salariais brilhantes em 2010, a imensa maioria delas com aumentos acima da inflação. Se a tabela do imposto de renda não for corrigida, boa parte desses ganhos pode ser jogada na boca do leão da receita”, disse o secretário de Administração e Finanças da Central, Vagner Freitas, diante da assembleia reunida no pátio da VW.
Outras assembléias com o mesmo objetivo foram realizadas na manhã de hoje (01/02) por outras categorias, em diferentes partes do país. Em São Paulo, por exemplo, os bancários reuniram-se em diversos locais de trabalho para defender as duas reivindicações. O mote usado pela categoria foi “Morda o Leão Antes que Ele te Morda”.
“Estamos aqui para mostrar que nossa base está dando sustentação aos dirigentes que vão negociar com o governo federal”, destacou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre. Nesta quarta-feira, dia 2, a CUT e as centrais se reúnem com representantes do governo Dilma para debater tanto a correção da tabela quanto o aumento real para o salário mínimo (o governo defende R$ 545, enquanto as centrais cobram R$ 580).
“Queremos que o salário mínimo seja tratado em 2011 com excepcionalidade, da mesma forma com que os setores empresariais o foram durante a crise, recebendo isenção tributária e grandes linhas de financiamento subsidiadas com dinheiro público”, disse Artur.
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