Ato na Sede IV do BB em Brasília mantém mobilização pela jornada de 6 horas
Crédito: Seeb BrasíliaO nono ato deste ano em Brasília pelo cumprimento da jornada de 6 horas sem redução dos salários no Banco do Brasil foi marcado por um fato inédito. A atividade organizada pelo Sindicato dos Bancários de Brasília nesta quinta-feira 28 ocorreu no Edifício Sede IV e foi a primeira (fora dos períodos de greves) a reunir os bancários na parte externa do complexo, ocupando o espaço público.
"A presença massiva dos bancários mostra o crescimento e o fortalecimento da nossa mobilização. É importante mostrar ao banco que estamos unidos e com estratégias no âmbito político e jurídico para fazer valer nossa conquista. Nós não vamos aceitar qualquer proposta, ainda mais se nela estiver embutida perda de direitos", frisa Rafael Zanon, secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato.
A atividade ocorreu do lado de fora do prédio também com o intuito de dialogar com a população sobre a postura do banco em relação a essa demanda dos trabalhadores. "Estamos mostrando para a população que o banco se preocupa com a imagem e divulga que tem responsabilidade social, mas que na prática a situação é diferente. A empresa não respeita a jornada, torna refém e desvaloriza o trabalhador com a política de baixos salários e valorização das comissões", afirma Kleyton Morais, diretor do Sindicato.
Jurídico
A assessoria jurídica do Sindicato informou aos bancários sobre as ações individuais e coletivas requerendo o pagamento das 7ª e 8ª horas trabalhadas indevidamente. A entidade também ajuizou ações para interrupção de prescrição, de forma que os funcionários poderão buscar na Justiça o ressarcimento das horas extras trabalhadas, mesmo que já se tenham passado mais de cinco anos. "A luta que vocês começam com atos e atividades, nós fazemos ecoar nos tribunais em batalha jurídica", comenta Paulo Roberto, assessor jurídico do Sindicato.
Durante o ato, o Sindicato também lembrou as conquistas da Campanha Nacional Unificada 2010, como a implantação do Plano Carreiras e Remuneração (PCR) e a luta contra o assédio moral e a qualquer tipo de violência do ambiente de trabalho. "O PCR nasceu e agora temos que continuar reivindicando melhorias. A proposta do movimento sindical é de que a comissão seja incorporada ao salário depois de dez anos na função", comenta Wadson Boaventura, diretor do Sindicato.
Fonte: Thaís Rohrer, Seeb Brasília
Nenhum comentário:
Postar um comentário