domingo, 12 de junho de 2011

Bancários no Rio de Janeiro apoiam luta dos bombeiros por melhores salários
O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro divulgou nesta quinta-feira (8) nota em apoio ao movimento dos bombeiros por melhores salários. Os bancários, durante reunião da diretoria executiva do Sindicado, na terça-feira (7), decidiram participar da passeata na Avenida Atlanta, que acontece domingo (12), para cobrar a libertação dos 439 bombeiros presos por ordem do governador Sérgio Cabral. Além disso, o Sindicato deverá oferecer apoio logístico ao movimento.

"É inaceitável a postura do governador. Nós, bancários, estamos solidários com a luta da corporação, que recebe os piores salários do país. O movimento é legítimo e justo. Quem salva vidas não pode ganhar apenas R$ 900. Nós, bancários, conhecemos bem como Cabral trata greve. Na época da privatização do Banerj, durante um ato público em frente à Alerj, ele mandou a polícia reprimir com violência a manifestação pacífica de nossa categoria", disse o presidente do Sindicato, Almir Aguiar. O sindicalista lembra ainda que uma pesquisa recente revelou que o Corpo de Bombeiros é a instituição mais respeitada pela população.

Confira a nota na íntegra:
Bancários apoiam a luta dos bombeiros

Os bancários do Rio de Janeiro não poderiam se calar frente à postura intransigente e truculenta do governador Cabral Filho, que tem tratado as justas reivindicações salariais dos bombeiros do estado como caso de polícia. Se recusa a negociar, manda o

Bope desocupar a tiros e bombas de gás lacrimogêneo o quartel da corporação e chama de vândalos aqueles que são, na verdade, os heróis que trabalham salvando vidas.

Vale a pena lembrar que os bombeiros participaram, entre outros, do resgate às vítimas da tragédia da Região Serrana. E que, entre os 439 presos, está um bombeiro que esteve no Haiti, ajudando a salvar a população atingida pelo terremoto.

São mais que justas as reivindicações da categoria: piso salarial de R$ 2 mil e vale-transporte. Hoje, os bombeiros do Estado do Rio recebem os piores salários do país: R$ 1.031, três vezes menor que os de Brasília, R$ 4.129,73. Os de Sergipe recebem R$ 3.012; os de Goiás, R$ 2.722; e os de São Paulo, R$ 2.170. Não há, portanto, por que não atendê-los.

Diante de toda esta situação, a diretoria do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro decidiu prestar apoio irrestrito à luta destes trabalhadores, exigir do governo do estado a libertação e anistia dos 439 presos e negociações salariais sérias. Lutar não é crime, é um direito legítimo de todo o trabalhador.

Sindicato dos Bancários do Município do Rio de Janeiro

Fonte: Contraf-CUT, com Seeb Rio

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