segunda-feira, 25 de julho de 2011

Crítica da Contraf-CUT ao novo aumento da Selic repercute na mídia nacional

A crítica da Contraf-CUT à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) em aumentar pela quinta vez consecutiva em 2011 a taxa Selic, em 0,25%, passando para 12,50% ao ano, repercutiu na mídia em todo país. Para a entidade, faltou coragem ao Comitê de Política Monetária (Copom) para enfrentar a chantagem do mercado financeiro e não ceder à pressão por nova alta dos juros da economia. na reunião encerrada na quarta-feira, dia 20.

"Aumentar os juros não se trata de uma decisão técnica ou uma escolha para não desapontar o mercado, mas trata-se de uma medida que afeta o emprego, o salário, as políticas públicas e sociais da população brasileira, duramente atingida a cada aumento da taxa", afirmou o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

Ele rebateu a desculpa da subida da inflação."Se a justificativa do processo de elevação da taxa é o controle da inflação, a decisão vai na contramão dos principais indicadores econômicos", observou. "O Copom ignorou todos esses indicadores e se baseou unicamente na pesquisa Focus, divulgada ontem pelo Banco Central, que projeta elevação da inflação e conspira contra o crescimento sustentável do País", disse.

Para o dirigente da Contraf-CUT, além das metas de inflação, o BC deveria fixar também metas sociais, como o aumento do emprego e da renda dos trabalhadores e a redução das desigualdades sociais do país. "Para isso, é fundamental ampliar o Conselho Monetário Nacional, de forma a contemplar a participação da sociedade civil organizada na discussão dos rumos da economia", destaca.

"É preciso acabar com esse nefasto programa de transferência de renda da sociedade brasileira. Quebrar essa lógica é uma obrigação do governo eleito pelas forças populares e democráticas. Essa política do Copom concentra riqueza, freia o desenvolvimento e

empobrece a nação", diz Carlos Cordeiro.

O histórico de elevações das taxas neste ano revela aumentos em janeiro (de 10,75% para 11,25%), em março (para 11,75%), em abril (para 12%), em junho (para 12,25%) e agora em julho (para 12,50%).

Fonte: ContrafCUT

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