domingo, 25 de setembro de 2011

CUT critica inflexibilidade dos Correios e cobra abertura de negociações
Crédito: CUT

Os trabalhadores dos Correios, em greve há mais de uma semana, aprovaram em assembleias realizadas na quinta-feira (22), a contraproposta do Comando Nacional de Negociações e Mobilização a ser apresentada à diretoria da empresa ainda nesta sexta-feira (23).

Nela, estão incluídos: reposição da inflação de 7,16%, calculados pelo IPCA; reposição das perdas salariais de 24,76%, de 1994 a 2010; piso salarial de R$ 1.635,00; aumento linear de R$ 200,00; auxílio creche para todos os trabalhadores (as); não contratação de mão de obra terceirizada; contratação imediata dos concursados; não desconto dos dias parados em decorrência da greve.

Mesmo com esse claro sinal de disponibilidade para negociar, a direção dos Correios mantém a postura intransigente reafirmando que só retomará o diálogo com a suspensão do movimento.

Em entrevista, o presidente da CUT, Artur Henrique, critica a postura inflexível e autoritária por parte dos Correios que, além de não negociar, quer já de imediato descontar os dias parados. Ele defende a abertura imediata de um canal de negociação para resolução da greve.

Mobilização para avançar

Os trabalhadores preparam para esta sexta (23) um grande ato a ser realizado por todos os 35 sindicatos filiados à Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares), a partir das 16h.

Assembleias também serão realizada por todo o Brasil. A orientação da Federação é para que todos os sindicatos aprovem a continuidade da greve, por tempo indeterminado.
Nota de apoio da Executiva Nacional da CUT

Os trabalhadores e trabalhadoras dos Correios, através da FENTECT - Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos, entregaram sua pauta nacional de reivindicações à direção dos Correios no mês de julho.

Os trabalhadores dos Correios estão em luta por melhores salários e condições de trabalho, pelos Correios público e de qualidade. Mas, após dois meses de tentativas de negociação, não houve nenhum avanço e as reivindicações não foram atendidas. Assim, os trabalhadores deliberaram pela greve.

A greve dos trabalhadores e das trabalhadoras dos Correios é legítima e tem todo o apoio da CUT.

Não aceitamos que a direção da ECT, intransigente, se recuse a receber os trabalhadores em greve, além de ameaçar descontar os dias da paralisação antes mesmo de qualquer negociação.

Esta postura autoritária e antissindical da direção da ECT e do Ministério das Comunicações merece o repúdio de todos.

Solicitamos que as Entidades Cutistas enviem mensagens para o presidente da ECT, Wagner Pinheiro (presidência@correios.com.br), a ministra do Planejamento, Miriam Belchior (ministra@planejamento.gov.br) e o Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo (gabinete@mc.gov.br)

Fonte: CUT

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