Negociação entre bancários e Fenaban continua nesta sexta-feira, 14/10
Fenaban apresentou novamente proposta de aumento real insuficiente e nada de concreto para PLR e piso. Greve tem de crescer para aumentar pressão.Carlos Cordeiro, Pres. da Contraf-CUT
Após quatro horas de reunião, o Comando Nacional rejeitou na mesa a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de aumento real de apenas 0,93%.
Sem possibilidade de acordo, as negociações foram suspensas. O Comando e os banqueiros se reúnem novamente nesta sexta-feira, 14/10, para continuar as negociações que foram retomadas hoje, em São Paulo.
"Nada justifica esse índice de reajuste salarial. Não depois dos bancos lucrarem quase R$ 25 bilhões, cerca de 20% de crescimento do seu patrimônio, apenas no primeiro semestre deste ano. Sem aumento real digno, valorização do piso, PLR maior e melhores condições de trabalho, não há possibilidade de acordo”, afirma Luiz César de Freitas, o Alemão, presidente da FETEC-CUT/SP. "Portanto, é importante fortalecer a greve em todas as bases. Esse é um momento decisivo e a categoria tem que continuar mobilizada e forte, como fez nos últimos 17 dias, para acabar com essa intransigência dos banqueiros”, orienta.
Nas negociações de hoje, não houve avanço na PLR, nem no piso, muito menos nas condições de trabalho. Os banqueiros apresentaram proposta apenas para o índice de reajuste, de 8,4%, que representa apenas 0,93% de aumento real.
Os bancários estão em greve desde o dia 27 de setembro. Esta greve está sendo considerada a maior dos últimos 20 anos: mais de 9 mil locais de trabalho estão fechados em todo o país. A categoria reivindica aumento de 12,8%, sendo a inflação do período mais 5% de aumento real, além de PLR maior, valorização dos pisos, melhores condições de trabalho, mais contratações, entre outras.
As negociações no Banco do Brasil e na Caixa aguardam conclusão da Fenaban para serem retomadas.
Fonte: FETEC/SP-CUT
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