terça-feira, 18 de outubro de 2011

Termina greve dos bancários do Banco do Brasil e da Caixa em todo país
Crédito: Seeb Porto Alegre
 Assembléia dos empregados da Caixa encerra greve em Porto Alegre

Em assembléias realizadas nesta segunda-feira (17), 21º dia de greve nacional, a maioria dos sindicatos de bancários do país aprovou a nova proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), bem como as específicas do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.

E nas assembléias realizadas nesta terça-feira (18), os bancários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, que ainda permaneciam em greve, decidiram aprovar as propostas da Fenaban e as específicas dos dois bancos federais, encerrar a paralisação e voltar ao trabalho.

Foi o caso dos funcionários do BB em Porto Alegre, onde a assembléia de segunda-feira (17) fora suspensa pelo Sindicato e remarcada para as 10h desta terça-feira. A proposta do BB foi aprovada e os trabalhadores retornaram suas atividades a partir das 13h nas unidades do banco.

Os empregados da Caixa, que haviam rejeitado a proposta da Fenaban e a específica da empresa na segunda-feira, também participaram de novas assembleias nesta terça-feira e decidiram aprovar as propostas e voltar ao trabalho.

Em Florianópolis, os bancários da Caixa se reuniram às 9h, aprovaram as propostas, encerraram a greve e depois reassumiram as suas funções no banco. Já em Porto Alegre e Belém, as assembleias ocorreram à tarde e a volta ao trabalho acontece a partir desta quarta-feira (19).

Houve também assembleias nas primeiras horas da manhã em vários sindicatos no interior de alguns estados, onde os trabalhadores também aceitaram as propostas, decidiram pelo fim da greve e pelo retorno ao trabalho. A greve foi a maior realizada pela categoria nos últimos 20 anos.

Crédito: Ivaldo Bezerra - Seec Pernambuco

Assembléia dos Bancários de Pernambuco
aprovaram a proposta de acordo apresentada pelos bancos e encerraram a greve 

Avaliação

"A aprovação das propostas coroa mais uma campanha vitoriosa dos bancários, em que enfrentamos um cenário econômico e político adverso. Com unidade nacional, força da mobilização e poder de negociação foi possível arrancar conquistas importantes, como aumento real pelo oitavo ano consecutivo, valorização do piso, maior participação nos lucros e avanços nas condições de trabalho e segurança, sem interferência de atores externos", avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

"Foi também uma importante vitória política para a classe trabalhadora, pois o resultado da campanha dos bancários vai servir de parâmetro para outras categorias. Derrotamos a visão equivocada de que salário gera inflação. Garantimos a continuidade do modelo de valorização do trabalho, como forma de fortalecer o desenvolvimento econômico com distribuição de renda", ressalta Cordeiro.

As propostas específicas do BB e da Caixa também apresentam melhorias para os bancários, envolvendo questões de carreira e condições de trabalho, dentre outras. "Entre os principais avanços, destacam-se a PLR social e a contratação de 5 mil empregados na Caixa e a valorização do plano de cargos e salários no BB", salienta o presidente da Contraf-CUT.

Avanços econômicos e sociais

Com a aceitação da proposta, os bancários conquistam reajuste salarial de 9% (aumento real de 1,5%), valorização do piso da categoria em 12%, que passa para R$ 1.400 (aumento real de 4,3%) e melhorias na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), com aumento da parcela fixa da regra básica para R$ 1.400 (reajuste de 27,2%) e do teto da parcela adicional para R$ 2.800 (reajuste de 16,7%).

A proposta dos bancos inclui também avanços sociais. "Uma nova cláusula proíbe a divulgação de rankings individuais dos funcionários, como forma de frear a cobrança das metas abusivas, combatendo o assédio moral", destaca Cordeiro. "Outra cláusula obriga os bancos a coibir o transporte de numerário por bancários, que deve ser realizado conforme a lei federal nº 7.102/83, através de vigilantes", salienta.

Os dias de greve não serão descontados, mas serão compensados em até duas horas por dia, de segunda a sexta-feira, até o dia 15 de dezembro e, assim como nos anos anteriores, eventual saldo após esse período será anistiado.

As propostas específicas do BB e da Caixa também apresentam melhorias para os bancários, envolvendo questões de carreira e condições de trabalho, dentre outras. "Entre os principais avanços, destacam-se a PLR social e a contratação de 5 mil empregados na Caixa e a valorização do plano de cargos e salários no BB", salienta o presidente da Contraf-CUT.

A greve começou no dia 27 de setembro e chegou a paralisar 9.254 agências e vários centros administrativos de bancos públicos e privados em todos os 26 estados e no Distrito Federal.

Fonte Contraf CUT

Nenhum comentário:

Postar um comentário