terça-feira, 1 de novembro de 2011

Ostentação e egoísmo: 39% da riqueza nas mãos de 0,4% da população
A acumulação de riquezas nas mãos de cada vez menos pessoas tem se acentuado. Estados Unidos e Europa, que passam por uma crise econômica persistente, em flagrante e revoltoso contraste, possuem dois terços dos milionários do planeta.

O mundo testemunha uma dramática piora dos indicadores sociais nos países ricos. Os mais pobres perdem oportunidades e suas economias, mas alguns poucos continuam enriquecendo, aproveitando a "chance de lucrar", torcendo, inescrupulosamente, por recessão global e ganhando sobre o desespero da esmagadora maioria da população.

Movimentos como o Occupy Wall Street denunciam a jogatina do sistema financeiro, a ganância absurda dos bancos e sua ética da acumulação de riquezas desenfreada e egoísta, sem enfrentar a regulação por parte dos mecanismos de controle de capital dos estados, a despeito da crise porque passam milhões de pessoas que perdem suas casas, seus empregos e suas vidas.

No Rio de Janeiro um grupo de aproximadamente 150 pessoas, do Ocupa Rio, tomou a praça da Cinelândia no Rio de Janeiro no sábado dia 15 de outubro e fizeram nova ocupação no sábado, dia 22, para conscientizar a sociedade contra esta desigualdade que maltrata a humanidade.

Pois bem, o total de riqueza acumulada pelas pessoas do ranking que ilustra esta postagem é quase do tamanho de toda a riqueza da Colômbia, um país com 46 milhões de habitantes!

Vivemos em um mundo desregulado, ainda norteado pela ostentação e egoísmo da riqueza absurda para pouquíssimos, em 2010 a FAO estimou em mais de 1 bilhão de pessoas passando fome e os países ricos e a ONU viram as costas para esta dura realidade.

Milionários controlam 39% da riqueza global

Fortuna dos milionários, que são menos de 1% da população, cresceu duas vezes a riqueza do mundo; em 2010, mais ricos detinham 35% do total.

Os milionários e bilionários passaram a controlar 38,5% da riqueza mundial, de acordo com o Relatório da Riqueza Global, publicado pelo banco Credit Suisse. A fortuna das 29,7 milhões de pessoas que têm mais de US$ 1 milhão (R$ 1,77 milhão) - menos de 1% da população mundial - alcançou US$ 89 trilhões (R$ 157,5 trilhões) ou US$ 20 trilhões a mais do que no ano passado. Em 2010, os milionários eram donos de 35,6% da riqueza mundial.

A fortuna dos milionários cresceu 29% - percentual duas vezes maior do que a riqueza do mundo como um todo, que agora soma US$ 231 trilhões (R$ 409 trilhões). Existem hoje 84.700 pessoas que têm mais de US$ 50 milhões, sendo que 35.400 moram nos EUA. Há 29 mil pessoas com mais de US$ 100 milhões e apenas 2.700 com mais de US$ 500 milhões.

A Europa ultrapassou a América do Norte e é lar de 37,2% dos milionários do mundo em comparação aos 37% do continente americano. O Japão concentra 3,1 milhão de milionários (11% do total), seguido por China e Austrália, cada um com 1 milhão. Em termos de países, Suíça, Austrália e Noruega são as três nações mais ricas do mundo; na Ásia, tem-se também Cingapura.

Nos próximos cinco anos, a riqueza mundial deverá aumentar em 50% a US$ 345 trilhões. Os mercados emergentes devem ter mais milionários nos próximos anos. A China já conta com um milhão de milionários. A riqueza na Índia e no Brasil devem mais do que dobrar.

Seg, 31 de Outubro de 2011 - 23:03h

(Fonte: iG)

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