Contraf-CUT critica Bradesco por financiar encontro de magistrados
A Contraf-CUT critica a direção do Bradesco que ajudou a pagar as despesas do
último encontro de presidentes de Tribunais de Justiça estaduais, realizado em
um hotel de luxo em Manaus, no fim de semana retrasado. A outra parte dos
gastos foi custeada pelo governo do Estado do Amazonas.
Conforme reportagem publicada na segunda-feira (9) pelo jornal Zero Hora, na programação do 91º Encontro do Colégio Permanente de Presidentes de Tribunais de Justiça não houve apenas palestras e reuniões, mas também eventos sociais e turismo, como um passeio em iate pelo Rio Negro. Segundo o presidente do TJ do Amazonas, João Simões, o encontro custou cerca de R$ 200 mil.
Na primeira noite, de acordo com o jornal, houve uma cerimônia de abertura e um jantar com apresentação de danças folclóricas e cantores famosos na região. No dia seguinte, os presidentes dos TJs se reuniram no salão nobre do hotel por cerca de oito horas para discutir temas do Judiciário e assistir a duas palestras - sobre o controle do Judiciário pelos Tribunais de Contas e a gestão de preços em licitações.
Os acompanhantes dos magistrados fizeram um "city tour" por Manaus, incluindo uma visita a uma fábrica de relógios.
O Tribunal de Justiça do Amazonas e o Bradesco já foram protagonistas de uma polêmica no meio jurídico do Estado no ano passado. Segundo a reportagem, a pedido do banco, o TJ-AM promoveu dois mutirões de conciliação judicial em que 90% dos processos tinham como autor o próprio banco ou empresas do grupo. Esses mutirões são esforços concentrados do Judiciário para buscar entendimento entre as partes. Servidores dos tribunais selecionam processos com chances de acordo e os submetem às tentativas.
Conforme a Associação dos Magistrados do Amazonas, ofício encaminhado pelo TJ a juízes das varas cíveis e de registros públicos determinava que apenas processos indicados pelo Bradesco fossem incluídos na conciliação.
O presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, cobra esclarecimentos do Bradesco, pois os trabalhadores e a sociedade merecem explicações e transparência sobre os fatos ocorridos. Além disso, o dirigente sindical propõe uma mudança de postura do Bradesco, dos demais bancos e da Febraban, pois essas situações não representam novidade.
"Em vez de financiar encontros e outros eventos profissionais e sociais com magistrados e juízes, que via de regra acabam gerando suspeitas de favorecimentos, desafiamos as instituições financeiras a promover debates e seminários convidando todos os segmentos da sociedade para discutir o sistema financeiro e outros temas de interesse do país", defende Cordeiro. "É preciso incentivar o diálogo social, construir alternativas e buscar soluções para o Brasil", conclui.
Fonte: Contraf-CUT com Zero Hora
Conforme reportagem publicada na segunda-feira (9) pelo jornal Zero Hora, na programação do 91º Encontro do Colégio Permanente de Presidentes de Tribunais de Justiça não houve apenas palestras e reuniões, mas também eventos sociais e turismo, como um passeio em iate pelo Rio Negro. Segundo o presidente do TJ do Amazonas, João Simões, o encontro custou cerca de R$ 200 mil.
Na primeira noite, de acordo com o jornal, houve uma cerimônia de abertura e um jantar com apresentação de danças folclóricas e cantores famosos na região. No dia seguinte, os presidentes dos TJs se reuniram no salão nobre do hotel por cerca de oito horas para discutir temas do Judiciário e assistir a duas palestras - sobre o controle do Judiciário pelos Tribunais de Contas e a gestão de preços em licitações.
Os acompanhantes dos magistrados fizeram um "city tour" por Manaus, incluindo uma visita a uma fábrica de relógios.
O Tribunal de Justiça do Amazonas e o Bradesco já foram protagonistas de uma polêmica no meio jurídico do Estado no ano passado. Segundo a reportagem, a pedido do banco, o TJ-AM promoveu dois mutirões de conciliação judicial em que 90% dos processos tinham como autor o próprio banco ou empresas do grupo. Esses mutirões são esforços concentrados do Judiciário para buscar entendimento entre as partes. Servidores dos tribunais selecionam processos com chances de acordo e os submetem às tentativas.
Conforme a Associação dos Magistrados do Amazonas, ofício encaminhado pelo TJ a juízes das varas cíveis e de registros públicos determinava que apenas processos indicados pelo Bradesco fossem incluídos na conciliação.
O presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, cobra esclarecimentos do Bradesco, pois os trabalhadores e a sociedade merecem explicações e transparência sobre os fatos ocorridos. Além disso, o dirigente sindical propõe uma mudança de postura do Bradesco, dos demais bancos e da Febraban, pois essas situações não representam novidade.
"Em vez de financiar encontros e outros eventos profissionais e sociais com magistrados e juízes, que via de regra acabam gerando suspeitas de favorecimentos, desafiamos as instituições financeiras a promover debates e seminários convidando todos os segmentos da sociedade para discutir o sistema financeiro e outros temas de interesse do país", defende Cordeiro. "É preciso incentivar o diálogo social, construir alternativas e buscar soluções para o Brasil", conclui.
Fonte: Contraf-CUT com Zero Hora
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