sexta-feira, 27 de abril de 2012

Santander obtém 27% do lucro no Brasil e atinge R$ 1,7 bi no 1º trimestre

O Santander Brasil contribuiu com 27% do lucro mundial do grupo espanhol e registrou R$ 1,766 bilhão no primeiro trimestre de 2012, segundo as regras contábeis brasileiras. O montante representa uma queda de 3,3% sobre o mesmo período de 2011, diante da alta de 44,3% nas provisões para devedores duvidosos em comparação aos primeiros três meses do ano passado, e uma elevação de 7,5% em relação ao lucro do quarto trimestre de 2011.

Conforme o padrão contábil internacional (IRFS), o lucro líquido foi de R$ 1,723 bilhão no primeiro trimestre, uma queda de 16,8% ante os R$ 2,071 bilhões obtidos em igual período de 2011.

"Esse baita resultado bilionário, fruto do trabalho dos funcionários do banco, mostra mais uma vez a importância do Brasil para o desempenho mundial do Santander", destaca Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa da Contraf-CUT. "Com todo esse lucro, o banco tem plenas condições de atender as demandas dos trabalhadores e aposentados, como a contratação de mais empregados, o fim da política de rotatividade e o pagamento do serviço passado no Plano II do Banesprev", aponta.

Ademir destaca que está na hora de valorizar os funcionários. "Quem aprovou a destinação de R$ 300 milhões este ano para remunerar apenas 64 altos executivos não pode deixar à margem o conjunto dos 55 mil trabalhadores do banco", alerta.

"Além disso, o banco também possui recursos suficientes para corrigir as aposentadorias do pessoal pré-75 e efetuar o pagamento das gratificações semestrais estatutárias aos banespianos", ressalta o diretor da Contraf-CUT e da Afubesp.

Lucro mundial cai 24%

Em todo mundo, o Santander obteve um lucro de 1,604 bilhão de euros entre janeiro e março, resultado 24% menor que o registrado no mesmo período de 2011. O banco teve essa queda após destinar 3,127 bilhões de euros para provisões para insolvências e para o saneamento de sua carteira imobiliária.

Na Espanha, onde o Santander tem cerca de um quarto de seus ativos, a prolongada desaceleração econômica está prejudicando os resultados e o país contribuiu com apenas 12% do lucro do banco no primeiro trimestre.

A América Latina continuou sendo a principal fonte de ganhos, subindo para 52% do lucro mundial, sendo que só o Brasil foi responsável por 27%. O México participou com 13% e o Chile com 6%. O lucro total do continente caiu 4%, para 1,22 bilhão de euros.
Já os EUA contribuíram com 10% do lucro global, atingindo 240 milhões de euros, uma queda de 17%.

A Europa continental participou com 25% do lucro de todo mundo, o que inclui Espanha, Portugal, Alemanha e Polônia, uma diminuição de 34%, atingindo 584 milhões de euros. O Reino Unido contribuiu com 13% do lucro, ficando em 306 milhões de euros, uma queda de 39%.

No fechamento de março, a inadimplência registrada pelo grupo foi de 3,98%, após aumentar 0,37% na comparação com o mesmo mês de 2011.
O crédito ficou em 746,382 bilhões de euros e os depósitos alcançaram 651,132 bilhões, com crescimentos respectivos de 5% e 6%, que conseguiram melhorar a posição de liquidez do grupo, explicou a entidade no comunicado.

Fonte: Contraf-CUT com Terra e G1

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