Dia Nacional de Luta cobra fim das demissões e da rotatividade no Itaú
Enquanto
lucrou R$ 3,4 bilhões no primeiro trimestre, banco seguiu demitindo e cortou
1.964 empregos
Escrito por: Contraf-CUT com sindicatos
Os bancários realizaram nesta quarta-feira (23) um Dia Nacional de Luta contra as demissões no Itaú. O protesto foi promovido pela Contraf-CUT, federações e sindicatos. Os trabalhadores pararam agências e fizeram manifestações, panfletagens e atos públicos contra as dispensas, a rotatividade, o assédio moral, as metas abusivas, as condições precárias de saúde, segurança e trabalho, e a terceirização.
Houve distribuição de jornal específico da Contraf-CUT para bancários e clientes, denunciando as demissões, a política de rotatividade e as precárias condições de saúde, segurança e trabalho.
Ocorreram manifestações em várias capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Recife, Fortaleza, Cuiabá, Campo Grande, Teresina, Maceió, Porto Velho e Rio Branco, além de cidades como Campinas (SP), Londrina (PR), Arapoti (PR), Cornélio Procópio (PR), Jundiaí (SP), Santo André(SP), São Caetano (SP), São Bernardo (SP), Juiz de Fora (MG), Teófilo Otoni (MG), Dourados (MS), Passo Fundo (RS), Santa Maria (RS) e Camaquã (RS), entre outras.
"A manifestação recebeu grande apoio em todo o país, mostrando a insatisfação dos bancários com a política de rotatividade do Itaú. É inaceitável que o banco que mais lucra seja também o que mais demite", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e funcionário do Itaú.
No primeiro trimestre, o banco bateu outro recorde ao obter lucro líquido
de R$ 3,4 bilhões. No entanto, seguiu demitindo e ainda fechou 1.964 postos de
trabalho, uma redução de 7,4% em relação ao mesmo período ano passado, o que
acumula um corte de 7.728 vagas nos últimos 12 meses.
"Vamos continuar mobilizados para pressionar a direção do
banco, a fim de garantir proteção ao emprego dos bancários, bem como mais
contratações e melhores condições de saúde, segurança e trabalho para
todos", completa Cordeiro.
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