Panorama Brasil (São Paulo)
Marcelle Gutierrez
Juntos, os três maiores bancos privados no Brasil obtiveram R$ 11,594 bilhões em receitas com a prestação de serviços e tarifas bancárias durante os três primeiros meses de 2012. No Bradesco, o crescimento foi de 17,3% na comparação com o primeiro trimestre do último ano, de R$ 3,510 bilhões para R$ 4,118 bilhões. O Santander Brasil expandiu 15,5% no mesmo período, de R$ 2,142 bilhões para R$ 2,473 bilhões. Já o Itaú Unibanco ampliou em 12%, para R$ 5,003 bilhões.
Em seus resultados, o Bradesco já demonstrou dependência menor do crédito. Do total, 27% correspondem à área de financiamentos, 25% de serviços, 9% de títulos e valores mobiliários e 7% das captações. Até março de 2011, a proporção era de 30%, 25%, 10% e 7%, respectivamente.
A maior expansão, de 20,3% no acumulado de 12 meses, ocorreu nas rendas de cartão, para R$ 1,389 bilhão. Com alta de 19%, as receitas da administração de consórcios cresceram para R$ 144 milhões. Já com conta corrente, o Bradesco faturou R$ 748 milhões no período, acréscimo de 15,3%. "Alta com receita de serviços com a entrada de 2 milhões de novos correntistas e 12 milhões de novos cartões", explicou Luiz Carlos Angelotti, diretor executivo do banco, durante divulgação do balanço.
O economista da consultoria Lopes Filho, João Augusto Salles, disse que o aumento nas receitas com a prestação de serviços está relacionado a entrada de novos clientes, tarifas, sinergia operacional e novos produtos. "32% do resultado do Bradesco veio com seguros e ainda há a área de cobrança, administração de carteiras. O fee é muito elevado".
Salles concordou sobre as reduções de gastos. "A receita com serviços fica ombreando com despesas de pessoal. Enxugam gastos e maximizam ganhos".
Na divulgação do balanço do primeiro trimestre deste ano, Marcial Portela, presidente do Santander Brasil, destacou os bons rendimentos com o ramo de tesouraria e serviços. "Significa que o banco está em uma boa colocação com a queda dos juros".
Ao todo, a instituição obteve R$ 2,473 bilhões em receitas de prestação de serviços e tarifas. Em relação ao período de janeiro a março de 2011, cartões acumulou crescimento de 36,7%, de R$ 473 milhões para R$ 646 milhões. Portela creditou a alta aos serviços de credenciamento de estabelecimentos comerciais para o uso de meios eletrônicos de pagamento, em parceria com a GetNet. "A adquirente tem uma ampla oferta de serviços para pessoa jurídica, que está crescendo e ajuda nas receitas de cartões".
Em seguida, a renda com operações de crédito ampliou 23,4%, para R$ 272 milhões, e serviços de recebimento teve acréscimo de 17,2% ante o primeiro trimestre de 2011, para R$ 146 milhões.
Já o Itaú Unibanco obteve expansão da renda com prestação de serviços e tarifas de 12% no ano, para R$ 5,003 bilhões. Os destaques, segundo Rogério Calderón, diretor Corporativo e de Controladoria do Itaú, ficam com o aumento no número de clientes, gestão de fundos e cartões.
Os serviços de conta corrente expandiram 30,3% no período, para R$ 750 milhões. O faturamento com a administração de recursos evoluiu 11%, para R$ 707 milhões, e com cartões de crédito subiu 20,1%, para R$ 2,031 bilhões. "O maior uso de cartões permitiu o crescimento anualizado de 20%", disse Calderón.
Fonte: Panorama Brasil
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