06/06/2012
Escrito por: Contraf/CUT
O presidente do Santander Brasil, Marcial Portela, adiou a reunião
com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT)
e o Sindicato dos Bancários de São Paulo que estava agendada para ocorrer na
tarde desta quarta-feira (6), na capital paulista. O encontro foi remarcado
para ser realizado na próxima quarta-feira (13).
O diálogo fora solicitado pelas duas entidades sindicais que
enviaram cartas ao banco, após as especulações divulgadas pela imprensa sobre
uma possível venda da subsidiária brasileira do banco espanhol.
"Queremos obter informações sobre a real situação do banco,
sobretudo diante da crise financeira da Espanha, bem como as medidas que estão
sendo tomadas e o impacto sobre a atuação da instituição no Brasil",
afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. "Estamos muito
preocupados com o emprego e os direitos dos 54 mil funcionários e dos milhares
de aposentados do banco", destaca.
Para ele, a crise financeira internacional não pode ser um
pretexto para aumentar ainda mais a concentração do sistema financeiro
nacional. Atualmente, os seis maiores bancos que operam no país detêm 81% dos
ativos e 83% das operações de crédito.
“Essa concentração é nociva não somente aos bancários, que já
perderam milhares de postos de trabalho, mas também para os clientes dos
bancos, enquanto consumidores”, explica Cordeiro. “Somente a fusão entre Itaú e
Unibanco provocou o fechamento de 7.728 empregos nos últimos 12 meses”,
exemplifica .
A Contraf-CUT também já pediu audiências ao Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e ao Banco Central para discutir o
problema da concentração bancária no Brasil.
"Avaliamos que o Cade não pode permitir um processo de
fusão/aquisição que gere novos danos para a sociedade brasileira, principalmente
no momento em que existe enorme necessidade de que o setor financeiro contribua
definitivamente para o desenvolvimento econômico com distribuição de renda e
justiça social", salienta o presidente da Contraf-CUT.
"Queremos aprofundar o debate sobre a concentração no sistema
financeiro nacional e discutir medidas para proteger os empregos e os direitos
dos trabalhadores e dos consumidores", defende Cordeiro.
Fonte: CUT Nacional
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