sábado, 21 de julho de 2012



Para o Comando, só com
unidade nacional os bancários
vão avançar
Crédito: Leandro Taques - Contraf-CUT
 Mesa de abertura da 14ª Conferência Nacional dos Bancários
Rede de Comunicação dos Bancários

Fortalecer a unidade nacional para construir uma grande mobilização e buscar novas conquistas. Foi esse sentimento comum que marcou a abertura solene, nesta sexta-feira (20) à noite, da 14ª Conferência Nacional dos Bancários, que está sendo realizada em Curitiba.
O evento continua neste sábado 21 com uma análise de conjuntura na parte da manhã e depois com trabalhos em grupo, à tarde, para aprofundar o debate sobre emprego, remuneração, saúde, condições de trabalho e segurança bancária e sistema financeiro nacional.
 "Apesar de pontos de vista às vezes divergentes, temos muito mais coisas em comum e um grau de unidade muito grande que conquistamos nesses anos de luta, fundamental para que sejamos a única categoria com a mesma Convenção Coletiva de Trabalho, que em 2012 completa 20 anos", afirmou Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários. "E só vamos avançar na CCT com o fortalecimento dessa unidade."
'A Contraf-CUT foi fundada aqui, em Curitiba'
 O presidente da Fetec-CUT PR, Elias Jordão, abriu a solenidade saudando os delegados e observadores e ressaltando a importância da realização da 14ª Conferência Nacional em Curitiba. "Além dos 80 anos do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, neste ano a Fetec-CUT-PR também completa 20 anos. Devemos lembrar também que a Contraf-CUT foi fundada aqui na capital paranaense, então temos história no movimento bancário", afirmou.
O presidente do Sindicato de Curitiba também conclamou a todos intensificarem os esforços para convencer o governo a convocar uma Conferência Nacional do Sistema Financeiro, na qual a sociedade brasileira possa discutir qual o papel que os bancos devem exercer no país. E finalizou desejando boas vindas a todos em Curitiba, lembrando que o calor humano dos companheiros bancários esquentou o clima na cidade.
'Os bancos não enfrentam crise'
A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, criticou a ganância dos bancos. Ela reforçou que a terceirização, a rotatividade, o assédio moral, o acúmulo de serviço e o aumento da jornada não se justificam em um setor que lucrou R$ 52 bilhões no ano passado e que, só no primeiro trimestre deste ano, acumulou R$ 12 bilhões (considerando apenas os balanços dos cinco maiores bancos do país).
"Na segunda-feira (16) dei entrevista a dois jornalistas que me perguntaram a mesma coisa: como ficaria a campanha nesse contexto de crise internacional. Eu respondi devolvendo a pergunta e questionando: que crise o sistema financeiro nacional está passando? Eles não souberam me responder. Os bancos não estão passando por crise nenhuma, gente!", disse.
Outra bandeira dessa campanha, segundo Juvandia, deve ser o fim do fator previdenciário. "Também temos de ir pras ruas e colocar como eixo de nossa luta o fim do fator previdenciário. E ser contra essa história de idade mínima (para a aposentadoria). O brasileiro começa a trabalhar muito cedo!", justificou.
Os 20 anos da CCT
Aparecido Roveroni, representante da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul, destacou a importância da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que está completando 20 anos, e enfatizou também que é preciso coragem para discutir e negociar a contratação diferenciada dos correspondentes bancários e terceirizados. "Divergências existem, porém é preciso superar pela via da unidade de ação".
'A unidade se dá na ação concreta'
O presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe e representante da CTB, Emanuel Souza, também defendeu que "a unidade nacional da categoria é essencial e a sua construção foi realizada coletivamente por todos os estados brasileiros ao longo das décadas. Essa construção se dá na ação concreta de cada dia. Precisamos refletir sobre nossa luta, como fortalecer a greve, fortalecer a organização no local de trabalho e lá combater o assédio moral que tem levado a categoria ao adoecimento mental".
'Bancos têm dinheiro de sobra para atender reivindicações'

O presidente da Federação dos Bancários do RJ e ES, Nilton Damião (o Niltinho) também manifestou a convicção de que "os bancos vão usar a crise internacional e a decisão do governo de reduzir os juros como justificativas para não atender nossas reivindicações, mas o aumento das tarifas e os lucros do setor financeiro derrubam a falácia dos banqueiros, que têm dinheiro de sobra para atender as reivindicações de nossa campanha salarial".

Também falaram antes da abertura da 14ª Conferência representantes da CSP-Conlutas, da CUT Pode Mais e dos Bancários em Primeiro Lugar (BPL).

Fonte: Contraf-CUT

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