PanAmericano teria rombo maior que R$ 2,5 bi, diz jornal
A nova gestão do banco PanAmericano apurou que o rombo na instituição controlada pelo grupo Silvio Santos pode ser maior que os R$ 2,5 bilhões estimados inicialmente pelo Banco Central (BC), segundo informação publicada nesta quinta-feira pelo O Estado de S. Paulo.
Segundo o jornal, o banco precisará de um nova injeção de recursos e uma das alternativas sendo avaliadas seria um novo empréstimo do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
Procurado pelo jornal, o banco não comentou o assunto e o diretor executivo do FGC, Antonio Carlos Bueno, informou não ter conhecimento das informações.
O rombo descoberto em novembro passado obrigou o empresário Silvio Santos a dar seu patrimônio como garantia ao empréstimo do FGC.
Segundo o jornal, o empresário, junto com o PanAmericano, FGC e Caixa estariam negociando, acompanhados pelo BC, uma solução para o problema, que seria divulgada na segunda-feira, quando o banco deve apresentar resultados trimestrais.
Representantes do PanAmericano e do BC não puderam ser imediatamente contatados pela Reuters para comentar o assunto.
Entenda
O banco PanAmericano anunciou em novembro que o Grupo Silvio Santos, seu controlador, iria aportar R$ 2,5 bilhões na instituição para restabelecer o equilíbrio patrimonial e a liquidez, após "inconsistências contábeis" apontadas pelo BC. Um processo administrativo de investigação apura a origem e os responsáveis pelo problema de falta de fundos.
A injeção de recursos no banco foi feita por meio do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que é uma entidade sem fins lucrativos que protege os correntistas, poupadores e investidores. São as instituições financeiras que contribuem com uma porcentagem dos depósitos para a manutenção do FGC - sem recursos públicos.
A holding do Grupo Silvio Santos colocou à disposição empresas como o SBT e a rede de lojas do Baú da Felicidade, entre outras, como garantia pelo empréstimo, que tem prazo de dez anos. Especializado em leasing e financiamento de carros, o PanAmericano teve 49% do capital votante vendido para a Caixa Econômica Federal em dezembro de 2009, por R$ 739,2 milhões. Com autorização do BC, as atividades das lojas e o atendimento ao público continuam sem problemas, segundo a instituição.
Fonte: Portal Terra
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