Bancários param callcenter do Itaú mesmo com pressão do banco
Crédito: Caetano Ribas/Seeb São PauloOs bancários fecharam nesta sexta-feira (7) os prédios do ITM e do CAT do Itaú Unibanco, bem como as contingências das ruas Fábia (Lapa) e Cláudia (Tatuapé) em São Paulo. Os complexos, responsáveis por cerca de 80% das operações de callcenter do banco em todo o país, concentram quase 10 mil funcionários. A ação contou com a participação dos Sindicatos dos Bancários de São Paulo, ABC, Campinas e Mogi das Cruzes.
"A atitude dos bancários de participarem da greve foi importante, pois é um setor que atinge em cheio as atividades do banco", afirma Jair Alves, um dos coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú Unibanco. "A paralisação é ainda mais significativa se considerarmos as pressões feitas pela direção da empresa sobre os funcionários, utilizando helicópteros para furar a greve", conta.
O uso das aeronaves pelo Itaú Unibanco, além de prática antissindical, também é uma grave irregularidade, conforme denúncia feita pelo Sindicato de São Paulo. O banco não tem autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para operar pousos e decolagens do prédio do ITM, zona oeste da capital, onde funciona o Serviço de Atendimento ao Cliente da instituição financeira.
O Sindicato já encaminhou denúncia contra o banco à Anac e à Defesa Civil solicitando vistoria dos órgãos competentes. "Também estamos estudando outras medidas judiciais para interromper tal irregularidade", afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. Muitos bancários estão sendo obrigados a entrar nas aeronaves para ingressar nos principais centros administrativos do banco, fechados pela greve.
"Além de pressionar seus trabalhadores a furar a greve, o banco coloca suas vidas em risco, praticando pousos de helicóptero em locais em que isso não é permitido. É preciso acabar com essa prática antissindical e ilegal", conclui Jair.
Fonte: Contraf-CUT
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