Aposentados exigem reajuste de 12% em manifestação na Praça Sete, em Belo Horizonte
CUT/MG participa do ato e defende o fim do fator previdenciárioEscrito por: CUT/MG
Com o grito de “12%, já”, centenas de aposentados e pensionistas fizeram da comemoração do seu dia nacional um ato de protesto na Praça Sete, Região Central de Belo Horizonte, nesta terça-feira (24). Eles exigem que o governo federal reajuste as aposentadorias acima de um salário mínimo em pelo menos 12%. Em dezembro, a aumento anunciado para o benefício foi de 6,08%, abaixo da inflação e muito inferior ao reajuste do salário mínimo, que alcançou 14,26%.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), Marco Antônio de Jesus, disse, durante o ato, que a CUT apoia e participa da luta dos aposentados e pensionistas por reajuste igual para quem ganha salário mínimo e os que recebem acima do piso.
“A CUT lutou pela valorização do salário mínimo, que se tornou realidade e política de governo. Se o mínimo fosse apenas o equivalente a US$ 100, os brasileiros receberiam hoje em torno de R$ 180. Mas o valor chegou a R$ 622, resultado da luta dos trabalhadores e das centrais. Estamos na luta para que o reajuste seja igual para o mínimo e para o restante das aposentorias e pensões.”
Marco Antônio enfatizou que a bandeira da classe trabalhadora e, em especial, dos aposentados e da CUT é o fim do fator previdenciário. “Esse instrumento nocivo, que reduz o valor das aposentadorias precisa acabar. O fator previdenciário prejudica dos trabalhadores na hora de se aposentar.”
Segundo o presidente do Sindicato dos Aposentados, Pensionistas e Idosos do Regime de Previdência Social de Minas Gerais (Sinap-MG), Adilson Rodrigues, o reajuste das aposentadorias acima do mínimo demonstra o descaso do governo federal. “O governo dá bilhões aos banqueiros, reserva bilhões para as emendas dos deputados, mas apenas nos oferece uma migalha, uma mixaria. Nossa reivindicação é que o reajuste fosse a inflação mais 70% da variação do PIB e nos deram apenas 6,08%. Isso não repõe nem a inflação do período. Não há compromisso político com os aposentados e pensionistas”, protestou Rodrigues.
O presidente do Sinap-MG disse que a categoria está se mobilizando em todo o país para pressionar e cobrar do governo por um aumento próximo ao concedido ao salário mínimo. “A presidente Dilma nos prometeu 11,36%, mas queremos 12%. Devemos ter uma negociação em fevereiro e acreditamos que, com a pressão dos aposentados e pensionistas, da nossa federação, da confederação e com o apoio das centrais sindicais vamos conseguir uma reposição maior.”
Para Robson de Souza Bittencourt, presidente da Federação dos Aposentados e Pensionistas de Minas Gerais (FAP-MG), “o governo não tem olhos sociais para os aposentados que ganham acima do salário mínimo”. “Vamos fazer mobilizações em todo o país para que todos saibam a nossa realidade. Merecemos respeito. O reajuste de apenas 6,08% é uma vergonha. Na negociação de fevereiro vamos cobrar os 11,36% que nos prometeram.”
O ato e a comemoração do Dia Nacional dos Aposentados contaram ainda com apresentação de dança cigana, shows e uma barraca para medir a pressão arterial e outros serviços.
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