Parlamentares também receberam dos representantes de bancários, metalúrgicos, petroleiros, químicos e urbanitários material explicativo sobre o tema, cobrando a votação das emendas à Medida Provisória 556, que tratam da isenção - o que deve acontecer até o início do mês de abril.
Essa foi a segunda vez, somente em março, que representações sindicais foram a Brasília com a campanha PLR sem IR em pauta. No dia 14 de março, obtiveram do relator da Medida Provisória 556, deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS), compromisso de que serão mantidas as emendas que estabelecem a isenção do imposto.
Na ocasião, o parlamentar informou que a votação do tema na casa deverá ocorrer a partir desta semana. A Contraf-CUT foi representada pelo secretário de Organização do Ramo Financeiro, Miguel Pereira.
"Os próximos dias serão decisivos", afirma a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira. "Após muitos meses de luta, esperamos ter também, até o final da semana que vem, resposta concreta do governo em relação à isenção do IR na PLR."
A dirigente sindical se refere à reunião realizada em 21 de março, quando dirigentes sindicais ouviram esse compromisso dos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.
A mobilização desta semana coroa uma luta que vem desde o ano passado. Em dezembro, o governo recebeu um estudo sobre o impacto dessa isenção, com a assinatura de 220 mil trabalhadores.
"Se a PLR ficar isenta do IR, o governo deixa de arrecadar R$ 5 bilhões. Atualmente, os acionistas quando recebem dividendos ficam isentos de imposto, o que significa renúncia de R$ 16 bilhões para o governo. Queremos justiça tributária: quem ganha mais tem de pagar mais, e não menos, como está acontecendo. E no caso dos trabalhadores, o que vem para o bolso volta em forma de consumo de bens e serviços, mantendo o crescimento e consequentemente a arrecadação", completa Juvandia.
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