quarta-feira, 28 de março de 2012

Trabalhadores pressionam deputados por PLR sem I.R. em Brasília
Crédito: Seeb São Paulo
Foi um dia de manifestação dos trabalhadores em Brasília. Logo na manhã desta terça-feira (27), faixas com a mensagem "Reforma tributária com justiça social começa com PLR sem imposto" apareciam estendidas pelas principais vias da capital federal. Era a campanha que cobra dos parlamentares e do governo federal a isenção de imposto de renda na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) recebida pelos trabalhadores.

Parlamentares também receberam dos representantes de bancários, metalúrgicos, petroleiros, químicos e urbanitários material explicativo sobre o tema, cobrando a votação das emendas à Medida Provisória 556, que tratam da isenção - o que deve acontecer até o início do mês de abril.

Essa foi a segunda vez, somente em março, que representações sindicais foram a Brasília com a campanha PLR sem IR em pauta. No dia 14 de março, obtiveram do relator da Medida Provisória 556, deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS), compromisso de que serão mantidas as emendas que estabelecem a isenção do imposto.

Na ocasião, o parlamentar informou que a votação do tema na casa deverá ocorrer a partir desta semana. A Contraf-CUT foi representada pelo secretário de Organização do Ramo Financeiro, Miguel Pereira.

"Os próximos dias serão decisivos", afirma a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira. "Após muitos meses de luta, esperamos ter também, até o final da semana que vem, resposta concreta do governo em relação à isenção do IR na PLR."

A dirigente sindical se refere à reunião realizada em 21 de março, quando dirigentes sindicais ouviram esse compromisso dos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.

A mobilização desta semana coroa uma luta que vem desde o ano passado. Em dezembro, o governo recebeu um estudo sobre o impacto dessa isenção, com a assinatura de 220 mil trabalhadores.

"Se a PLR ficar isenta do IR, o governo deixa de arrecadar R$ 5 bilhões. Atualmente, os acionistas quando recebem dividendos ficam isentos de imposto, o que significa renúncia de R$ 16 bilhões para o governo. Queremos justiça tributária: quem ganha mais tem de pagar mais, e não menos, como está acontecendo. E no caso dos trabalhadores, o que vem para o bolso volta em forma de consumo de bens e serviços, mantendo o crescimento e consequentemente a arrecadação", completa Juvandia.


Pressione


Para pressionar os parlamentares, bancários, metalúrgicos, químicos, petroleiros e urbanitários devem enviar mensagens aos congressistas cobrando a aprovação.

O recado que o Sindicato sugere é: "Parlamentar, aprovar emendas à MP 556 que isentam de imposto de renda a PLR dos trabalhadores é promover justiça social e tributária".


Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

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