sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Contraf-CUT retoma mesas temáticas do BB e debate jornada de 6h e PCR
Crédito: Aguinaldo Azevedo - Seeb Brasília

Funcionários do BB retomaram processo de negociação permanente

A Contraf-CUT, sindicatos e federações retomaram com o Banco do Brasil nesta quarta-feira (23), em Brasília, os debates das mesas temáticas, conforme está previsto no acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho 2011/212. O cumprimento da jornada de 6 horas, uma das principais reivindicações do funcionalismo, e o Plano de Carreira e Remuneração (PCR) foram os assuntos tratados no encontro.

Convidada pelo BB para participar da reunião, a Contec não compareceu.

Em relação ao debate sobre as 6 horas, os representantes indicados pela Contraf-CUT para a reunião apresentaram à direção do BB um relatório sobre as ações judiciais movidas em todas as bases sindicais do país, requerendo o pagamento da 7ª e 8ª horas, as de protesto de interrupção de prescrição e as de cumprimento da jornada e seus impactos sobre o passivo trabalhista do banco.

"Fizemos um relato histórico da conquista do direito à jornada especial e as constantes tentativas de descumprimento da lei. Com dados sobre as ações judiciais, expusemos os riscos que o banco sofre ao não resolver a situação e apontamos a necessidade de não se fazer um novo plano de comissões que apresente mais uma vez erros cometidos no passado", afirmou Eduardo Araújo, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do B, que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco.

Para ele, "a luta pelo cumprimento da jornada de 6 horas no BB avança para um novo estágio. O movimento sindical já explicitou a reivindicação dos trabalhadores e agora espera uma solução da empresa". Araújo lembrou que existe um compromisso exibido no sistema interno de comunicação do BB pelo próprio diretor de Relação com o Funcionalismo de resolver a questão.

Em resposta, o BB afirmou que analisará as críticas e ponderações do movimento sindical e que apresentará uma solução, se não global, ao menos parcial sobre o tema.

PCR

Quanto ao PCR, importante conquista da Campanha Nacional de 2010, os debates iniciais centraram em questões como o percentual de interstícios da carreira de antiguidade, a inclusão da pontuação dos caixas e dos congelados (B-0) e a aceleração da progressão na carreira de mérito com alteração no prazo de promoção de cada um dos quatro grupos de pontuação.

Araújo solicitou do BB dados detalhados sobre as comissões praticadas e a quantidade de funcionários em cargos da carreira PCR para subsidiar o movimento sindical nos debates futuros.

Calendário

Conforme deliberação da reunião preparatória, realizada em Brasília na semana passada, a Comissão de Empresa propôs ao banco o estabelecimento de um calendário de discussões, com vistas a dar celeridade ao processo negocial e encerrar os debates no máximo até meados de março de 2012. Foi solicitada a confirmação do banco, o mais breve possível, dos dias 5 e 6 de dezembro como datas para os próximos encontros.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb Brasília
Setor bancário é o mais lucrativo nos nove primeiros meses do ano, diz Economatica
O setor bancário é o que tem maior volume de lucros no ano, até o terceiro trimestre, segundo levantamento de Einar Rivero, da Economatica. Com 23 instituições, o setor acumulou R$ 37,2 bilhões em 2011 contra 31,8 bilhões do ano de 2010, o que representa um crescimento de 17%.

O segundo setor com o maior lucro nos três primeiros trimestres do ano foi o de mineração, com cinco empresas. A Vale, porém, representa praticamente todo o setor.

O lucro das empresas de mineração neste ano é de R$ 29,5 bilhões contra R$ 20,0 bilhões em 2010, o que representa uma alta de 46,8%.

O terceiro setor mais lucrativo em 2011 é o de Petróleo e Gás com R$ 28,3 bilhões. No mesmo período de 2010 o setor, queé representado praticamente só pela Petrobras, tinha alcançado R$ 24,9 bilhões, o que representa uma alta de 13,7% neste ano em relação ao passado.

Dos 25 setores listados pela Economatica dois apresentam prejuízo nos nove primeiros meses de 2011. Papel e Celulose foi o setor que mais perdeu, com prejuízo de R$ 640. No mesmo período do ano passado, as empresas do setor obtiveram lucro de R$ 1,3 Bilhões de lucro. O setor de Eletroeletrônicos é o segundo setor da lista com prejuízos.
Aposentado e demitido podem manter plano médico da empresa

ANS divulgou hoje regras claras que protegem o segurado e evitam brigas na Justiça, conforme antecipou pelo iG há duas semanas

Danilo Fariello, iG Brasília
11/11/2011 15:32 - Atualizada em 25/11/2011 15:18

Aposentado e demitido podem manter plano médico da empresa. ANS divulgou hoje regras claras que protegem o segurado e evitam brigas na Justiça, conforme antecipou pelo iG há duas semanasA Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou hoje Resolução Normativa que regulamentou a permanência de aposentado ou demitido sem justa causa no plano de saúde da empresa da qual se desliga, desde que passem a arcar com o pagamento integral dos custos.

Dessa forma, o profissional que se aposenta em empresa que aderir à nova possibilidade poderá ficar até o fim da vida em um plano de saúde com condições muito similares às daquele que participava quando ainda estava trabalhando, desde que pague o valor integral dos custos. Da mesma forma, o demitido sem justa causa que quiser arcar com o convênio, também terá direito a usufruir do plano ainda por algum tempo, até 24 meses, enquanto procura outro emprego formal.

Em ambos os casos, a regra vai valer apenas se a empresa contratante aderir à nova regulação, que é voluntária, e se a operadora de saúde também aceitar as novas condições. Uma vez que ambas aceitem - o que, a princípio, vai depender de cada negociação entre empresa e seguradora -, ficará a cargo do trabalhados manter ou não o plano de saúde quando sair.

Se não oferecerem, o participante poderá migrar para plano individual sem carências. Também se, para ele ficarer no plano da empresa for mais caro do que um plano individual oferecido no mercado, poderá migrar sem ter de cumprir novas carências.

Previstas na lei 9.656 de 1998, a falta de regulamentação dessas normas por tanto tempo acabava levando a maioria desses casos para a Justiça. Agora, se a regulamentação tiver aceitação de empresas, operadoras de saúde e participantes dos planos, devem diminuir as disputas na Justiça. Como a condição já era prevista em 1998, a ANS esclarece também que, quem foi demitido ou aposentado antes de hoje, data da publicação da resolução, também terá direito a solicitar dos empregadores e operadoras antigas o direito, se elas oferecerem.

Pela regulamentação, que entra em vigor em 25 de fevereiro, ficam mais claras as condições para permanência nos planos. Aposentados com mais de dez anos na empresa poderão ficar no plano até o fim da vida e aqueles com menos de dez anos tempo equivalente ao de atividade.

Prazo mínimo é de seis meses

Aos que foram demitidos sem justa causa o tempo de permanência será de um terço daquele que trabalhou na empresa, limitado ao prazo mínimo de seis meses e máximo de 24 meses. Quando ele conseguir outro emprego formal, perde o direito a ficar no plano.

A norma traz também a possibilidade de as empresas e operadoras criarem grupos separados para os inativos, divididos por faixa etária. Com isso, reduz o risco de a empresa ter de incorporar no seu grupo de funcionários ativos os cursos normalmente mais elevados dos inativos. Essa é uma possibilidade, porém, que estará sujeita ao crivo do mercado, porque poderá tornar o custo de manutenção do plano para os inativos caro demais.

Como o mercado brasileiro tem a particularidade de que muitos aposentados continuam na mesma empresa, a norma da ANS deve contemplar que, se isso ocorrer, o profissional quando sair da empresa poderá carregar o benefício como aposentado, mas, se trabalhar em uma nova empresa e deixá-la, passará a ter o benefício apenas como demitido.

Custos serão conhecidos na contratação

O custo de manutenção do plano de saúde para o funcionário pagar sozinho depois que se desligar da empresa deverá ser apresentado a ele no momento da sua contratação ou adesão ao plano de saúde. Dessa forma, o funcionário poderá ter uma ideia de quanto pagará para ficar no plano quando se aposentar.

Mas não são todas as empresas que oferecem planos de saúde aos funcionários que permitem que eles continuem no plano depois do fim do vínculo.

A nova norma da ANS também deixa claro que pode continuar com as mesmas condições quem tenha contribuído para o pagamento do plano (sem considerar a coparticipação). Para esses casos, a empresa que receber manifestação do participante em 30 dias, será obrigada a aceitá-lo, no mesmo plano com os ativos ou em um exclusivo para os inativos.

A regulamentação esteve em consulta pública ao longo deste ano, à disposição de críticas de participantes, empresas e operadoras de saúde.

Fonte: IG
Assalariados pagam mais Imposto de Renda do que bancos, diz Sindifisco

As distorções tributárias do País prejudicam a classe média, que contribui com mais impostos do que os bancos. Análise feita pelo Sindicato Nacional de Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco), e confirmada por especialistas, indica que os trabalhadores pagaram o equivalente a 9,9% da arrecadação federal somente com o recolhimento de Imposto de Renda ao longo de um ano. As entidades financeiras arcaram com menos da metade disso (4,1%), com o pagamento de quatro tributos.

"Os dados mostram a opção equivocada do governo brasileiro de tributar a renda em vez da riqueza e do patrimônio", avalia João Eloi Olenike, presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). A face mais nítida desta escolha, segundo o especialista, é a retenção de imposto de renda na fonte, ou seja, no salário do trabalhador.

"São poucos os países que, como o Brasil, não deixam as empresas e as pessoas formarem riqueza," afirmou. "Todos os tributaristas entendem que não está correto, era preciso tributar quem tem mais."

O Sindifisco analisou a arrecadação de impostos federais no período de setembro de 2010 a agosto deste ano. Neste período, as pessoas físicas pagaram um total de R$ 87,6 bilhões em Imposto de Renda, incluídos os valores retidos na fonte como rendimentos do trabalho.

No mesmo período, o sistema financeiro gastou apenas R$ 36,3 bilhões com o pagamento de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), contribuição para o PIS/Pasep, Cofins e Imposto de Renda. Procuradas, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e a Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF) não se pronunciaram.

Motivo

Especialistas se dividem sobre as razões para a manutenção do que chamam de distorção tributária. Segundo o advogado tributarista Robson Maia, doutor pela PUC de São Paulo e professor do Instituto Brasileiro de Estudos Tributários, o Brasil precisa cobrar tributos equivalentes aos de outros países, para não perder investimentos.

Na avaliação de Olenike, do IBPT, a estrutura tributária tem relação com o poder de influência de bancos e instituições financeiras. "Se fosse em qualquer outro país, o governo já tinha caído, mas nós não temos essa vocação no Brasil, o povo é muito dócil e permite que o governo faça o que quer."

No seu estudo sobre benefícios fiscais ao capital, o Sindifisco defende mudanças na legislação para reduzir as distorções e permitir menor pagamento de imposto por trabalhadores e maior cobrança de grandes empresas e entidades financeiras. "Não basta o Estado bater recordes de arrecadação de Imposto sobre a Renda, pois quem sustenta essa estatística é a fatigada classe média."

Fonte: O Estado de S. Paulo
Depressão e estresse crescem e afastamentos por doenças mentais disparam
O mercado de trabalho tornou-se um foco de doenças como depressão e estresse. A tendência já se reflete em forte aumento no número de brasileiros afastados pelo INSS por esse tipo de problema de saúde.

As concessões de auxílio-doença acidentário para casos de transtornos mentais e comportamentais cresceram 19,6% no primeiro semestre de 2011 em relação ao mesmo período do ano passado.

O aumento foi quatro vezes o da expansão no número total de novos afastamentos autorizados pelo INSS.

Nenhum outro grupo de doença provocou crescimento tão forte na quantidade de benefícios de auxílio-doença concedidos entre janeiro e junho deste ano.

"Há ondas de doenças de trabalho. A onda atual é a da saúde mental", diz Thiago Pavin, psicólogo do Fleury.

Existem dois tipos de auxílio-doença concedidos pelo INSS: os acidentários e os previdenciários.

O primeiro grupo, que representa uma fatia pequena (cerca de 16%) do total, inclui os casos em que o médico perito vê vínculo entre o problema de saúde e a atividade profissional do beneficiário. Quando essa ligação não é clara, o afastamento cai na categoria previdenciária.

Mudanças adotadas pelo Ministério da Previdência Social em 2007 facilitaram o diagnóstico de doenças causadas pelo ambiente de trabalho (leia texto abaixo).

Isso levou a um forte aumento nas concessões de benefícios acidentários para todos os tipos de doença em 2007 e 2008.

Os afastamentos provocados por casos de transtornos mentais e comportamentais, por exemplo, saltaram de apenas 612 em 2006 para 12.818 em 2008. Mas, depois desse ajuste inicial, tinham subido apenas 5% em 2009 e recuado 10% em 2010.

Por isso, a explosão ocorrida no primeiro semestre deste ano acendeu uma luz amarela no governo.

RITMO DA ECONOMIA

Segundo Remígio Todeschini, diretor de Saúde e Segurança Ocupacional da Previdência Social, o crescimento econômico mais forte nos últimos anos e o surgimento de tecnologias mais avançadas de comunicação são algumas das causas da expansão recente.

"O ritmo de atividade econômica mais intenso acaba exigindo mais dos trabalhadores. Além disso, com o uso muito grande de ferramentas tecnológicas, o trabalho passou a exigir um envolvimento mental muito grande."

Para o pesquisador Wanderley Codo, o estudo mais profundo da relação entre saúde mental e trabalho ajuda a explicar o maior número de casos de afastamentos por doenças como depressão.

"O diagnóstico ficou muito mais preciso", diz Codo, que é coordenador do Laboratório de Psicologia do Trabalho da UnB (Universidade de Brasília).

Especialistas ressaltam que os trabalhadores têm acesso atualmente a mais informações sobre os transtornos mentais e suas causas.

"Isso também ajuda a explicar o aumento nas concessões", diz Geilson Gomes de Oliveira, presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social.

Segundo Todeschini, o governo estuda a adoção de medidas para intensificar a fiscalização das condições de trabalho. Para ele, a maior ocorrência de doenças mentais está em vários setores.

Fonte: Folha de S.Paulo
Sindicato de Pernambuco comemora 80 anos nesta sexta e sábado

Os bancários e bancárias de Pernambuco estão de parabens, começaram nesta sexta-feira, dia 25, com um coquetel de lançamento do vídeo e da revista especial sobre os 80 anos do Sindicato dos Bancários de Pernambuco. A solenidade é aberta aos bancários e está marcada para 20h, na sede da entidade (Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, Recife).

"O objetivo das comemorações é resgatar a história do Sindicato e também festejar. Convidamos as bancárias e bancários para participarem dos eventos, pois a festa é de todos que ajudaram e ajudam a construir um Sindicato cada vez mais forte", comenta Jaqueline Mello, presidenta do Sindicato.

Neste sábado, dia 26, a programação começa logo cedo, com a disputa da grande finalíssima do Campeonato de Futebol dos Bancários de Pernambuco, a Copa 80 Anos. A partida entre Bradesco e Itaú será realizada às 10h30 no Clube de Campo do Sindicato (Estrada de Aldeia, Km 14,5). Antes, às 8h30, BB-Bradesco e Apcef disputam o terceiro lugar.

À noite, será realizada uma grande festa para os bancários, no Club Líbano Brasileiro (Av. Engenheiro Antônio de Góes, 62, Pina). A festa começa às 21h, com a entrega dos troféus e premiações da Copa 80 anos.

Após a solenidade de premiação, os bancários poderão se divertir e dançar ao som da orquestra Fascinação e do DJ. Durante o evento, o Sindicato vai sortear os prêmios para os bancários que fizeram o recadastramento. Entre as premiações estão uma moto zero quilômetro, uma TV LCD, tablets, iPods e netbooks.

A entrada da festa é franca e os convites, que valem para duas pessoas, devem ser retirados na sede do Sindicato.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO

Sexta-feira, 25 de novembro

- Coquetel de lançamento do vídeo e da revista especial sobre os 80 anos do Sindicato.
- Às 20h, na sede do Sindicato (Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, Recife)

Sábado, 26 de novembro

- Final da Copa 80 Anos (8h30, no Clube de Campo - Estrada de Aldeia, Km 14,5)
- Festa dos 80 anos do Sindicato, às 21h, no Club Líbano Brasileiro (Av. Engenheiro Antônio de Góes, 62, Pina)

Fonte: Seec PE

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Negros recebem quase 40% menos por hora de trabalho, constata Dieese

Os negros - parcela da população que inclui pretos e pardos - recebem por hora, em média, 60,4% do pago às demais camadas populacionais. Essa é uma das conclusões do estudo divulgado nesta quinta-feira (17) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).

A pesquisa Negros no Mercado de Trabalho da Região Metropolitana de São Paulo mostra que um negro ganha, em média, R$ 5,81 por hora trabalhada, contra R$ 9,62 pagos a outros trabalhadores.

O principal motivo dessa desigualdade, segundo o estudo, é que a inserção dos negros no mercado de trabalho ocorre principalmente nas ocupações menos especializadas e pior remuneradas. Em 2010, 10,8% da população negra economicamente ativa trabalhavam como empregados domésticos. Entre a população que se declara branca e amarela, essa proporção é 5,7%.

Na construção civil, estavam empregados 8,8% dos negros inseridos no mercado de trabalho e 5% dos não negros. Segundo o estudo, esses setores são exatamente aqueles em que predominam postos de trabalho com menos exigências de qualificação profissional, menor remuneração e relações de trabalho mais precárias. "Por isso, menos valorizados socialmente".

O serviço público absorve uma proporção maior de ocupados não negros (8,4%) do que de negros (6,2%). O fato de ser uma carreira que requer a aprovação em concurso público mostra, de acordo com a pesquisa, a falta de acesso dos negros ao ensino de qualidade.

A diferença também é grande no grupo que incluiu desde profissionais autônomos de nível universitário até donos de negócios familiares. O percentual de negros ocupados nessas atividades é 3,9%, contra 9% entre os não negros. "Dispor de riqueza acumulada que permita montar um negócio ou ter nível superior de escolaridade provavelmente são os fatores que explicam a exclusão de grande parte dos negros."

Fonte: Agência Brasil
CUT celebra Consciência Negra com oficina em Salvador neste sábado
Crédito: CUT

Em comemoração ao mês da Consciência Negra, a CUT promoveu neste em sábado (19) uma Oficina na cidade de Salvador, Bahia (Marazul Hotel - Av. Sete de Setembro, 3937 - Barra).

A atividade reuniu os secretários estaduais de Combate ao Racismo, sendo um espaço de socialização de experiências da militância cutista na luta pelo combate ao racismo e organização dos e das trabalhadoras nos sindicatos e na CUT, debatendo os desafios futuros.

Já no período da tarde, após a realização da Oficina, os dirigentes presentes se encaminharam até as Ruínas do Mercado de Escravos sob o Mercado Modelo, onde foi a Complementação Simbólica do lançamento da Cartilha: Igualdade Faz a Diferença, lançada pela secretária de Combate ao Racismo da CUT, Maria Júlia Nogueira, na Ilha de Gorée em Dacar, Senegal.

"Considerando que 2011 foi instituído pela Organização das Nações Unidas como Ano Internacional dos Afro-descendentes, o Brasil se preocupou em realizar um série de atividades oficiais e a CUT não podia perder a oportunidade de marcar sua participação no mês da consciência negra. Portanto no dia 19, pela manhã, nós estaremos realizando um Seminário em Salvador debatendo a questão racial no Brasil e o preconceito e na parte da tarde será feita a Complementação Simbólica do lançamento da Cartilha: Igualdade Faz a Diferença", explica Maria Júlia.

Programação:

10 horas - Abertura
Coordenação da mesa - Maria Júlia Reis Nogueira, Secretária Nacional de Combate ao Racismo
Presidente Nacional da CUT - Artur Henrique da Silva Santos
Secretária Nacional de Combate ao Racismo - Maria Júlia Reis Nogueira
Secretário Nacional de Formação - José Celestino Lourenço (Tino)
Presidente da CUT BA - Martiniano José Santos Costa
Secretário de Combate ao Racismo da CUT BA - Pedro Batista Barbosa Filho (Peu)
11 horas - Palestra:
Os Avanços e Desafios Representados pelo Ano Internacional dos Afro-Descendentes
As Contribuições para Superar o Racismo e as Desigualdades no Ano Internacional dos Afro-Descendentes
Palestrantes Convidados : Prof. Ramatis Jacino , escritor e pesquisador da história dos negros
Deputado Federal Luiz Alberto , do PT da Bahia
12 horas - Palestra
Os desafios futuros da luta contra a discriminação racial no mundo do trabalho e apresentação do questionário sobre raça a ser aplicado nos sindicatos- Maria Júlia Reis Nogueira
13 horas- Convocação para Marcha da Igualdade; informes e encerramento.
Sábado à tarde
Local: Ruínas do Mercado de Escravos sob o Mercado Modelo . Será a Complementação Simbólica do lançamento da Cartilha: IGUALDADE FAZ A DIFERENÇA feito pela Secr. Maria Júlia na Ilha de Gorée em Dacar, Senegal.

Fonte: CUT
Bancos brasileiros têm US$ 16,4 bilhões em títulos de países na zona do euro

Os bancos brasileiros têm US$ 16,4 bilhões em títulos públicos e privados dos países da zona do euro, diz relatório do BIS (BC dos BCs). São papéis que, além de risco cambial (tem valor nominal em euro), oscilam ao sabor do aumento da probabilidade de calote nas economias europeias.

Só com Portugal, Espanha e Itália, os bancos brasileiros tinham "a receber", respectivamente, US$ 1,542 bilhão, US$ 1,690 bilhão e US$ 525 milhões em junho deste ano, último dado do BIS.

Os três países fazem parte do grupo conhecido como Piigs (sigla para Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha), que tiveram explosão na percepção de risco e nas taxas pedidas pelo mercado para rolar suas dívidas.

Só na Itália, os juros do governo oscilaram de 4,82% para 7,48% apenas neste ano. Na Espanha, as taxas saltaram de 5,453% para 6,336%. O aumento de juros dos "títulos" costuma reduzir o valor nominal desses papéis, que só são vendidos no mercado com forte "deságio".

Com a Grécia, que terá calote de 50% de sua dívida, os bancos brasileiros têm só US$ 7 milhões. Somando todos os Piigs, os bancos do Brasil têm US$ 3,772 bilhões "a receber".

Esse montante, porém, é um fração de só 0,14% dos ativos totais dos bancos brasileiros - de R$ 4,024 trilhões (US$ 2,58 trilhões ao câmbio de junho), segundo o BC - e de 1,03% dos títulos públicos e privados nacionais em suas tesourarias - R$ 563 bilhões (US$ 360 bilhões).

Parte importante desses valores "a receber" com os países da zona do euro diz respeito a transações entre a filial brasileira e a matriz do espanhol Santander.

No balanço do trimestre, o Santander brasileiro informava que tinha emprestado R$ 2,519 bilhões (US$ 1,614 bilhão, no câmbio da época) à matriz, ao mesmo tempo em que devia R$ 1,256 bilhão (US$ 805 milhões) aos espanhóis.

DEPENDÊNCIA EUROPEIA

Segundo o BIS, a maior exposição dos bancos brasileiros na zona do euro é com Luxemburgo, paraíso fiscal e sede de empresas multinacionais, de US$ 2,460 bilhões.

Na Europa como um todo, a exposição dos bancos brasileiros chega a US$ 25,469 bilhões -superando a dos EUA, de US$ 24,523 bilhões.

A conta soma a exposição nos países do euro (US$ 16,4 bi) com as posições de Suíça (US$ 1,836 bilhão), Suécia (US$ 334 milhões) e Reino Unido (US$ 8,693 bilhões).

Para o economista Luiz Troster, especialista em bancos, a exposição das instituições brasileiras é irrelevante e só ocorre devido a interesses particulares ou de negócios de clientes na região.

"Não faz nenhum sentido para um banco brasileiro aplicar em títulos que no melhor cenário vai render 7%, enquanto pode comprar no Brasil títulos que rendem 11,5%", afirmou.

Fonte: Folha.com
Itália se compromete com corte de 300 mil empregos públicos e ampliação da idade para aposentador 
Da Agência Lusa

Brasília – A Itália se comprometeu a cortar 300 mil postos de trabalho no setor público até 2014 e irá acelerar o aumento já estipulado da idade mínima para pleitear aposentadoria, em uma carta enviada à Comissão Europeia, segundo noticiou a agência Dow Jones.

De acordo com a agência noticiosa, a carta onde estão incluídos estes e outros compromissos foi enviada pelo ministro das Finanças, Giulio Tremonti (prestes a sair do governo, após a demissão do primeiro-ministro Silvio Berlusconi), em resposta a várias inquietudes dos responsáveis europeus.

A carta explica que o governo tomou medidas nos últimos três anos que permitirão essa redução de 300 mil postos de trabalho na função pública e inclui ainda compromissos para agilizar o mercado de trabalho, deixando claro que que os sistemas de monitoração das despesas do Estado italiano já estão sendo aplicados nos principais ministérios.

Em relação às pensões, a carta explica que a idade legal de aposentadoria, na Itália, já é 65 anos para os homens, com essa mesma regra a ser extendida, a partir do próximo ano, para as mulheres no setor público, com o compromisso de aumentar rapidamente a idade mínima para as mulheres que trabalham no setor privado.

No entanto, a mesma carta aponta que a Itália introduziu um mecanismo que atrasa o recebimento efetivo desses benefícios entre 12 e 18 meses, prazo que pode ser alargado no futuro, se for necessário. Como resultado dessas medidas, a idade da aposentadoria, na Itália, está a caminho de ser maior que na Alemanha já em 2013 e será um ano superior em 2017.

A Itália aprovou, também, novas regras para limitar em 8% o máximo que a administração local pode pagar de juros das suas dívidas.

Fonte: Agencia Brasil
Matriz do Santander estuda vender 3% da filial brasileira e levantar R$ 1,58 bilhão

Toni Sciarreta
Folha de S.Paulo

Maior banco da zona do euro, o espanhol Santander poderá vender fatia de 3% de sua participação na filial brasileira, a de maior crescimento do grupo no mundo.

O Santander Brasil deu entrada, anteontem, na SEC (CVM dos EUA) com um pedido que prepara terreno para que empresas do grupo possam vender ADRs (recibos de ações brasileiras nos EUA) da unidade brasileira.

O pedido tem validade imediata e a venda pode ser feita em etapas desde que envolva um máximo de 310,8 milhões de papéis -R$ 4,2 bilhões ou 8% do capital.

Nesses 8%, já estão 5% que o banco havia se comprometido a vender ao Fundo Soberano do Qatar, que adquiriu títulos conversíveis em ações da unidade brasileira. Os 3% hoje valeriam R$ 1,58 bilhão.

O Santander espanhol tem hoje 81% da filial brasileira, enquanto o mercado tem pouco mais de 17%.

Se a venda for concretizada, os espanhóis ficarão com 73% e o banco atingirá, com dois anos de antecedência, a meta de ter 25% de seu capital pulverizado na Bolsa até outubro de 2014.

Em comunicado, o banco diz que o pedido enviado à SEC não significa que o banco esteja preparando oferta pública, mas que é obrigado a fazer esse tipo de solicitação por se tratar de negócio com empresas do grupo.

"Nenhum registro perante a CVM de oferta pública de valores mobiliários no Brasil foi solicitado", disse.

O Brasil responde por 20% dos ganhos do Santander no mundo. Depois da Espanha, a filial brasileira é hoje a que mais contribui com o lucro.

Os rumores da venda, alimentados pelo relatório de um analista de banco concorrente, reduziram em 4,6% o valor dos papéis na Bovespa.

Em 2009, o Santander Brasil levantou R$ 13,2 bilhões com oferta de ações. À época, foi a maior operação já feita no país e a maior parte dos recursos foi para financiar a expansão do banco.
Bancários voltam a paralisar Banpará diante do impasse na redação do acordo 
 Crédito: Seeb Pará

A direção do Banpará está irredutível e demonstra intransigência para a redação final do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) de 2011/2012. O banco quer simplesmente retirar itens fundamentais, que fizeram com que os bancários e bancárias saíssem da greve no terceiro dia:

- reajuste de todas as comissões em novembro de 2011 (o que não havia previsão de entrar na cláusula do ACT, mas foi firmado como compromisso);
- reajuste na comissão dos tesoureiros, observado o nível de classificação da agência, em valores de R$1.532,00 a R$2.451,00, retroativo a setembro de 2011;
- reajuste de 12%, no piso, para todos os funcionários e com reflexo em todos os níveis da tabela do PCS; e
- eleição direta para todos os representantes de funcionários em todos os comitês, grupos, conselhos e similares no Banpará.

Em repúdio a essa postura do banco de querer retirar direitos dos trabalhadores no acordo, e também como forma de pressionar a empresa a cumprir o que foi garantido em mesa de negociação, o Sindicato dos Bancários do Pará e demais entidades começaram nesta sexta-feira (18) o calendário de paralisações nas agências aprovado ontem em assembleia realizada em Belém.

"O banco nos obriga a fazer isso, ao tratar com desrespeito os seus trabalhadores, o que não vamos permitir. O Banpará garantiu várias cláusulas importantes durante a Campanha Nacional e agora resolve voltar atrás. Por isso, vamos continuar com essas paralisações até a próxima quinta-feira em várias agências no Estado", afirma a diretora de Saúde do Sindicato e funcionária do Banpará, Érica Fabíola.

Na manhã desta sexta-feira, o atendimento ao público na agência Belém Centro, na Av. Presidente Vargas iniciou às 11h, ou seja, 1h depois do previsto. O mesmo deve acontecer, na próxima semana, nas agências Senador Lemos, Palácio, em Ananindeua e em Capanema, nordeste do Pará.

"Não deixaremos as conquistas que foram conquistadas numa forte greve irem por água abaixo. O Banpará tem que respeitar e valorizar seus trabalhadores, pois são eles que estão ali no dia-a-dia buscando novos clientes e aumentando os lucros da empresa; por isso merecem melhores condições de trabalho e de salários", destaca a diretora do Sindicato e funcionária do banco, Odinéa Gonçalves.

Fonte: Seeb Pará

Entidades lançam fórum em defesa de direitos ameaçados pela terceirização


Crédito: Agnaldo Azevedo

Ato de lançamento do fórum. No destaque, Miguel Pereira, da Contraf-CUT

Foi lançado na manhã desta quinta-feira (17), em Brasília, o Fórum em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores Ameaçados pela Terceirização. Com participação da CUT e da Contraf, o fórum visa articular os setores da sociedade na luta contra às tentativas de viabilizar a terceirização precarizando os direitos dos trabalhadores.

O fórum reúne representantes das Universidades de Campinas (Cesit/Unicamp e IFCH/Unicamp), Federal de Minas Gerais e Federal da Bahia, do Dieese, da CUT, da CTB da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra) e da Associação Latino-americana de Juízes do Trabalho.

"O objetivo é ampliar o debate sobre esse tema fundamental. A sociedade brasileira precisa participar do debate sobre a terceirização, que pode alterar completamente as relações de trabalho, com prejuízo para os trabalhadores", afirma Miguel Pereira, secrtário de Organizaçaõ da Contraf-CUT, que esteve presente no ato de lançamento do Fórum.

As entidades lançaram um manifesto público e um abaixo-assinado para pressionar o governo federal e o Congresso sobreo tema. Os representantes do Fórum criticam, especialmente, a proposta do deputado Roberto Santiago (PV-SP), um substitutivo ao Projeto de Lei 4330, do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que acaba com o conceito de atividade-meio e atividade-fim, liberando a terceirização para todas as atividades. Segundo os representantes do Fórum, esta proposta é um enorme retrocesso para as relações de trabalho no Brasil e vai contribuir para aumentar a precarização do trabalho.


O grupo vai pedir uma audiência com o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), e com o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência da República, para cobrar uma regulamentação da terceirização que garanta os direitos dos trabalhadores. Além disso, foi aprovada também a realização de um seminário sobre a terceirização no Brasil, com data indicativa para março de 2012.

"Agora é fundamental o envolvimento e mobilização de todas as entidades em torno da regulamentação da terceirização no Congresso, particularmente a votação do substitutivo de Roberto Santiago na Comissão Especial da Câmara, no dia 23 de novembro", diz Miguel. "É importante que os dirigentes e entidades sindicais bancários participem buscando assinaturas para a petição on-line e pressionando os deputados", afirma. Miguel informa ainda que a CUT vai lançar uma campanha nos próximos dias para que o debate chegue aos locais de trabalho.


Fonte: Contraf-CUT

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

BB lucra R$ 9,1 bilhões e cria 4.558 novos empregos até setembro
O Banco do Brasil alcançou lucro de R$ 9,154 bilhões nos nove primeiros meses de 2011, segundo dados do balanço oficial da empresa, divulgado nesta quinta-feira (3). O resultado é 18,9% maior que o apurado no mesmo período de 2010. Neste mesmo período, a empresa abriu 4.568 novos postos de trabalho.

No entanto, outros números presentes no balanço do banco não são tão animadores. O banco arrecadou com tarifas cobradas de seus clientes R$ 13,215 bilhões, um crescimento de 11,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Por outro lado, mesmo com o aumento no número de funcionários, as despesas de pessoal da empresa ficaram em R$ 9,9 bilhões. Assim, o banco consegue pagar 1,32 vezes sua folha de pagamento apenas com o arrecadado em tarifas bancárias.

"O aumento do número de funcionários é uma boa notícia, mas a enorme arrecadação do banco somente com tarifas cobradas diretamente dos clientes mostra que há muito espaço para mais contratações", afirma Marcel Barros, secretário-geral da Contraf-CUT e funcionário do BB. "É preciso contratar mais para diminuir a sobrecarga dos bancários e melhorar o atendimento aos clientes. Além disso, a geração de emprego e renda é fundamental para que o Brasil possa enfrentar os efeitos da crise internacional", sustenta.

Crédito

Os clientes também são atingidos pelo spread bancário (diferença entre o custo do banco ao captar dinheiro e os juros cobrados nos empréstimos). Enquanto o spread global está em 5,8%, a taxa nas operações de crédito (que exclui operações subsidiadas pelo governo) é bem maior: 8,5%. No caso das pessoas físicas, o spread fica em 14,6%.

Os dados referentes ao crescimento da carteira de crédito do banco mostram que o crédito à pessoa física segue no foco da instituição. As modalidades CDC Consignação e CDC Salário cresceram respectivamente 16,2% e 19,9%, alcançando R$ 65 bilhões. Enquanto isso, o crédito para o Agronegócio, setor em que o banco tem tradicionalmente forte presença, cresceu a taxas menores: 14,1 para pessoa jurídica e 11,4% para pessoas físicas.

"Essas variações mostram que o banco cada vez mais aposta no crédito para o consumo e não para a produção", afirma Marcel. Essa visão é corroborada pelas estimativas de crescimento para o próximo período divulgadas pelo banco. A empresa esperar aumentar em 21% as operações de crédito para pessoa física, enquanto os empréstimos para o agronegócio devem crescer 12%. "Com isso, a empresa deixa de financiar atividades que geram empregos e desenvolvimento par ao país, se afastando de seu papel de banco público", completa.

Fonte: Contraf-CUT
Lista de bancos que terão que elevar fundo de capital próprio
AFP 04/11/2011 15:58

Reguladores identificaram 29 instituições que, por seu porte e abrangência, representam risco para economia em caso de quebra

Estas entidades terão que cumprir uma elevação de seus fundos próprios (capital social e de reserva), para evitar uma reedição da crise financeira de 2008-2009.

Os reguladores concordaram em 2010 em impor normas mais exigentes, através do cumprimento das chamadas normas de Basileia III, que exigem que todos os bancos elevem seu nível de fundos próprios dos 2% contemplados pela Basileia II para 7%.

Em 2011, os reguladores decidiram impor normas ainda mais exigentes, que terão que elevar o nível de 7% em 1 até 2,5 pontos percentuais.

Estas normas devem ser cumpridas até 2019, disse o CEF.

Esta é a lista publicada na reunião do G20 em Cannes, que será revisada anualmente:

Bank of America, Bank of China, Bank of New York Mellon, Banque Populaire CdE
Barclays, BNP Paribas, Citigroup, Commerzbank, Credit Suisse, Deutsche Bank
Dexia, Goldman Sachs, Crédit Agricole, HSBC, ING Bank, JP Morgan Chase
Lloyds Banking Group, Mitsubishi UFJ FG, Mizuho FG, Morgan Stanley, Nordea
Royal Bank of Scotland, Santander, Société Générale, State Street, Sumitomo Mitsui FG
UBS, Unicredit Group, Wells Fargo.

Fonte: Ig economia
Veja quais são os países mais endividados do mundo


Políticas anticíclicas na crise de 2008 fizeram com que os Estados se endividassem, até 1.400% acima de seu PIB, como a Irlanda

Para evitar que suas economias entrassem numa crise profunda, diversos países aplicaram políticas anticíclicas em 2008, investindo em bancos e empresas. O resultado foi o aumento de seus endividamentos, ainda sem solução no curto prazo. Veja abaixo quais são os países mais endividados do mundo.

20º. Estados Unidos – 101,1%
Dívida (como % do PIB): 101,1%
Dívida bruta: US$ 14,825 trilhões
PIB de 2009 (est): US$14,66 trilhões
Dívida per capita: US$ 48.258

19º. Hungria – 120,1%
Dívida (como % do PIB): 120,1%
Dívida bruta: US$ 225,24 bilhões
PIB de 2009 (est):): US$ 187,6 bilhões
Dívida per capita: US$ 22.739

18º. Austrália – 138,9%
Dívida (como % do PIB): 138,9%
Dívida bruta: US$ 1,23 trilhão
PIB de 2010 (est): US$ 882,4 bilhões
Dívida per capita: US$ 57.641

17º. Itália – 146,6%
Dívida (como % do PIB): 146,6%
Dívida bruta: US$ 2,602 trilhões
PIB de 2010 (est): US$ 1,77 trilhão
Dívida per capita: US$ 44.760

16º. Espanha – 179,4%
Dívida (como % do PIB): 179,4%
Dívida bruta: US$ 2,46 trilhões
PIB de 2010 (est): US$ 1,37 trilhão
Dívida per capita: US$ 60.614

15º. Grécia – 182,2%
Dívida (como % do PIB): 182,2%
Dívida bruta: US$ 579,7 bilhões
PIB de 2010 (est): US$ 318,1 bilhões
Dívida per capita: $ 53.984
14º. Alemanha – 185,1%
Dívida (como % do PIB): 185,1%
Dívida bruta: US$ 5,44 trilhões
PIB de 2010 (est): US$ 2,94 trilhões
Dívida per capita: US$51.572

13º. Portugal – 223,6%
Dívida (como % do PIB): 223,6%
Dívida bruta: US$ 552,23 bilhões
PIB de 2010 (est): US$ 247 bilhões
Dívida per capita: US$ 51.572

12º. França – 250%
Dívida (como % do PIB): 250%
Dívida bruta: US$ 5,37 trilhões
PIB de 2010 (est): US$ 2,15 trilhões
Dívida per capita: US$ 83.781

11º. Hong Kong – 250,4%Dívida (como % do PIB): 250,4%
Dívida bruta: US$ 815,65 bilhões
PIB de 2010 (est): US$ 325,8 bilhões
Dívida per capita: US$ 115.612

10º. Noruega – 251%
Dívida (como % do PIB): 251%
Dívida bruta: US$ 640,7 bilhões
PIB de 2010 (est): US$ 255,3 bilhões
Dívida per capita: US$ 137.476

9º. Áustria – 261,1%
Dívida (como % do PIB): 261,1%
Dívida bruta: US$ 867,14 bilhões
PIB de 2010 (est): US$ 332 bilhões
Dívida per capita: US$ 105.616

8º. Finlândia – 271,5%
Dívida (como % do PIB): 271,5%
Dívida bruta: US$ 505,06 bilhões
PIB de 2010 (est): US$ 186 bilhões
Dívida per capita: US$ 96.197

7º. Suécia – 282,2%
Dívida (como % do PIB): 282,2%
Dívida bruta: US$ 1,001 trilhão
PIB de 2010 (est): US$ 354,7 bilhões
Dívida per capita: US$ 110.479

6º. Dinamarca – 310,4%
Dívida (como % do PIB): 310,4%
Dívida bruta: US$ 626,1 bilhões
PIB de 2010 (est): US$ 201,7 bilhões
Dívida per capita: $113.826

5º. Bélgica – 335,9%
Dívida (como % do PIB): 335,9%
Dívida bruta: US$ 1,324 trilhão
PIB de 2010 (est): US$ 394,3 bilhões
Dívida per capita: US$ 127.197

4º. Holanda – 376,3%
Dívida (como % do PIB): 376,3%
Dívida bruta: $2,55 trilhões
PIB de 2010 (est): $676,9 bilhões
Dívida per capita: $152.380

3º. Suíça – 401,9%
Dívida (como % do PIB): 401,9%
Dívida bruta: US$ 1,304 trilhão
PIB de 2010 (est): US$ 324,5 bilhões
Dívida per capita: $171.528
2º. Reino Unido – 413,3%
Dívida (como % do PIB): 413,3%
Dívida bruta:: US$ 8,981 trilhões
PIB de 2010 (est): US$ 2,173 trilhões
Dívida per capita: US$ 146.953

1º. Irlanda – 1.382%
Dívida (como % do PIB): 1.382%
Dívida bruta: US$ 2,38 trilhões
PIB de 2010 (est): US$ 172,3 bilhões
Dívida per capita: US$ 566.756

Fonte: iG São Paulo

28/09/2011 05:34
Contraf-CUT apoia chapa Mãos dadas pela Cabesp por melhora na saúde
Crédito: Afubesp
Mário Raia, Cabanal, Carmen e Marcelino: chapa Mãos dadas pela Cabesp

A Contraf-CUT, em conjunto com as entidades sindicais e a Afubesp, indica o voto nos candidatos da chapa Mãos Dadas pela Cabesp: Mario Raia (diretor administrativo), Wagner Cabanal (diretor financeiro), Carmen Meireles ou Marcelino (vote em apenas um dos dois para o Conselho Fiscal).

"É uma equipe que reúne pessoas competentes, experientes e engajadas na luta em defesa dos direitos dos banespianos e do fortalecimento da Cabesp, tem compromisso com a melhoria da assistência à saúde, quer uma gestão voltada aos associados e é a única que tem uma mulher como candidata", ressalta Ademir Wiederkehr, banespiano e secretário de imprensa da Contraf-CUT.

Orientações:

- Não entregue seu voto para ninguém. Encaminhe você mesmo a cédula eleitoral preenchida via correio.

- Se o kit eleitoral não chegar na próxima semana, entre em contato com a Afubesp.

- De olho no calendário: o envelope com a cédula deve ser postado até dia 21 de novembro.

Fonte: Contraf-CUT com Afubesp
Salário de ministro do STF pode aumentar em 2012
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) podem ter aumento salarial a partir de 1º de janeiro de 2012. A medida está prevista no Projeto de Lei 2197/11, que está sob a análise da Câmara dos Deputados.

A proposta reajusta em 4,8% o subsídio mensal dos ministros. Hoje, eles recebem cerca de R$ 26,7 mil por mês. Com o novo texto, passarão a ganhar por volta de R$ 28 mil.

A medida está prevista no Projeto de Lei 2197/11. O presidente do STF, Cezar Peluso, explica que o reajuste servirá para recompor as perdas com a inflação de 2011. Se for aprovada, a norma terá impacto anual de R$ 977,7 mil para o STF.

Já para todo o Poder Judiciário, o impacto previsto é de R$ 150,5 milhões, tendo em vista que o valor do subsídio dos ministros do STF serve de base de cálculo para a remuneração dos ministros dos tribunais superiores e para os outros magistrados.

Não há data para que a proposta seja avaliada

A informação é da Agência Câmara
Aposentados querem reajuste de 11,7% para benefícios acima do piso  
Qui, 03 de Novembro de 2011 - 22:17h

Representados por dirigentes sindicais, aposentados devem reunir-se na próxima segunda-feira (7) com o presidente da Comissão Mista de Orçamento, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), e com o relator da comissão, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), para discutir aumento real de salários para o segmento.

Os deputados Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP) e Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) apresentaram emenda ao Orçamento de 2012, em propõem reajuste de 11,7% aos aposentados que ganham acima do salário mínimo - R$ 545.

Com instrução do governo, Chinaglia manifestou-se contrário à emenda, argumentando que deve ser trabalhada hipótese de os efeitos da crise atingirem o país.

A emenda fixa que o reajuste corresponderá a 80% do Produto Interno Bruto (PIB) mais a inflação do período, o que corresponde a 11,7%. Caso a proposta não seja aceita no relatório, Paulinho, Faria de Sá, e o senador Paulo Paim (PT-RS) devem tentar levá-la a discussão no plenário.

Existe outra proposta de aumento de aposentadoria feita pelo deputado Marçal Filho (PMDB-MS), de 13,61%, acima da inflação. O relatório preliminar do orçamento contempla estimativa de R$ 26,1 bilhões, que, segundo os sindicalistas, cobriria o aumento.

Os aposentados organizam, para a próxima terça-feira (8), um protesto em Brasília contra as posições governistas para a desaposentadoria (pedido de revisão da aposentadoria após um período para que o cálculo contemple novas contribuições), como o retorno de pecúlio e o fim das contribuições ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

(Fonte: Rede Brasil Atual)

Aéreas oferecem reajuste de 3% aos funcionários, que querem 13%

Qui, 03 de Novembro de 2011 - 23:23h

As companhias aéreas de voos regulares, por meio do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) ofereceram, nesta quinta-feira (3), aos trabalhadores do setor 3% de reajuste salarial, frente a uma reivindicação de tripulantes (aeronautas) e funcionários de serviços em terra (aeroviários) de 13%. Essa foi a segunda rodada de negociações, após uma primeira reunião no dia 26 de outubro, quando o Snea não apresentou nenhuma contraproposta.

O Snea também ofereceu um aumento de 5% para o piso salarial de aeronautas e aeroviários, sendo que o pedido dos trabalhadores é de 20%."Certamente essa proposta não será aceita, mas estamos preparando informes aos trabalhadores e deveremos marcar uma assembleia na próxima terça-feira (8)", afirma o consultor econômico do Sindicato Nacional dos Aeronautas (Sina), Cláudio Toledo, negociador do sindicato.

O Snea informou que "é um direito dos trabalhadores de não aceitar a contraproposta e que nova reunião foi marcada para o dia 9 de novembro". O Snea acrescenta que em momento algum a palavra paralisação foi pronunciada pelos sindicalistas. Ano passado, as negociações se estenderam até a véspera do Natal, com ameaças de greve.

Toledo afirma que a contraproposta de reajuste de 3% do Snea está 4,17% abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que em 12 meses está em 7,3%. De acordo com ele, um levantamento recente do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que de 470 negociações salariais realizadas durante 2011, 398, ou o equivalente a 84,7%, tiveram reajuste entre 0,5% e 5% acima da inflação.

Outros 7,9% de negociações obtiveram o aumento equivalente ao INPC de 12 meses. Os 7,4% restantes ficaram abaixo da inflação. "Os 3% oferecidos pelas empresas aéreas é a pior oferta feita até agora", diz Toledo.

(Fonte: Valor Econômico)

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Itaú tem lucro recorde de R$ 10,9 bi até setembro, mas corta 2.496 empregos
O Itaú Unibanco apresentou lucro recorde de R$ 10,940 bilhões entre os meses de janeiro e setembro deste ano, alta de 15,9% ante o mesmo período do ano passado. Segundo a consultoria Economática, é o maior lucro da história entre os bancos brasileiros para o período. Apesar do resultado estrondoso, a instituição seguiu na contramão do emprego, fechando mais postos de trabalho.

Os dados do balanço revelam que em dezembro de 2010 o banco contava com 102.316 trabalhadores no Brasil. O número caiu em setembro para 99.820, o que aponta um corte de 2.496 empregos.

"Mais uma vez, o Itaú Unibanco trata com desrespeito os seus trabalhadores, porque é injustificável bater novo recorde de lucro e cortar empregos, o que comprova a imensa sobrecarga de trabalho nas unidades do banco, fruto da pressão das metas abusivas e do assédio moral", destaca Jair Alves, diretor da Contraf-CUT e um dos coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú Unibanco.

"O banco está devendo a geração de empregos no Brasil, como aliás está fazendo no exterior. Não adianta fazer propaganda para dizer que pratica responsabilidade social e que é banco sustentável, se reduz postos de trabalho e não contribui para o desenvolvimento econômico e social do país", ressalta o dirigente sindical.

Mais números do balanço

No terceiro trimestre, o Itaú Unibanco teve lucro de R$ 3,807 bilhões. Na comparação com o segundo trimestre, houve alta de 5,6%. Em 12 meses, o resultado cresceu 25%. A carteira de crédito, que cresceu 22,7% em 12 meses, teve expansão de 6,1% na comparação com o segundo trimestre deste ano.

O Itaú também divulgou também lucro recorrente de R$ 3,940 bilhões no terceiro trimestre. A diferença entre este ganho e o resultado contábil se deve a provisões para ações judiciais questionando reajustes de planos econômicos e avaliação do investimento mantido pelo Itaú no Banco Português de Investimento pelo valor de mercado de suas ações em 30 de setembro de 2011.

No final de setembro, a carteira de crédito do Itaú Unibanco, incluindo avais e fianças, era de R$ 382,236 bilhões, um incremento de 22,8% em 12 meses.

O nível de inadimplência da carteira, medida pelo saldo de operações vencidas com prazo superior a 90 dias, foi de 4,7%, contra 4,5% no trimestre anterior e 4,2% em igual período de 2010.

As despesas da companhia com provisões para perdas esperadas com calotes somaram R$ 4,972 bilhões no trimestre, menos que os R$ 5,1 bilhões do trimestre imediatamente anterior, mas superior aos R$ 4,01 bilhões em igual etapa do ano passado.

Lucro recorde

O resultado superou o lucro do próprio Itaú Unibanco registrado em 2010: R$ 9,433 bilhões. Em terceiro lugar, aparece o ganho de R$ 8,30 bilhões do Bradesco, em 2011.

Entre os dez maiores lucros para o período, quatro são do Itaú Unibanco, três do Bradesco, dois do Banco do Brasil e um do Santander, de acordo com o levantamento da Economática.

Veja os maiores lucros, de janeiro a setembro, na história dos bancos brasileiros:
Posição         Banco            Lucro líquido (em bi R$)         Ano

      1           Itaú Unibanco                 10,940                         2011

      2           Itaú Unibanco                    9,433                        2010

      3           Bradesco                          8,303                        2011

      4           Banco do Brasil                 7,701                        2010

      5           Bradesco                          7,035                         2010

      6          Itaú Unibanco                     6,854                         2009

      7          Itaú Unibanco                     6,444                         2007

      8          Bradesco                           6,015                         2008

      9          Banco do Brasil                  5,992                         2009

     10         Santander                           5,953                         2011

Fonte: Economática

Fonte: Contraf-CUT com UOL Economia e Itaú
13º salário não 'repõe' na economia dinheiro que juro da dívida tira
São R$ 118 bilhões para 78 milhões de brasileiros e pelo menos R$ 128 bilhões para especuladores e banqueiros

Escrito por: André Barrocal/Carta Maior 01/11/2011

Pagamento de salário extra a trabalhadores com carteira assinada será de R$ 118 bilhões este ano. Segundo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconomicos (Dieese), 78 milhões de brasileiros vão ser beneficiados. Já o pagamento de juros da dívida vai retirar ao menos R$ 128 bilhões da economia. Até setembro, superávit primário já soma R$ 104 bilhões.

BRASÍLIA – A economia brasileira receberá uma injeção de R$ 118 bilhões neste ano, dos quais 70% concentrados em novembro e dezembro, graças ao pagamento de décimo terceiro salário aos trabalhadores.

O valor é insuficiente para compensar o "mundo real' pelo que o Estado (governo federal, estados e prefeituras) vai recolher da sociedade na forma de tributos em 2011 e não vai devolver, pois usará o dinheiro para pagar juros da dívida ao “mercado” (R$ 128 bilhões).

O impacto do salário extra na economia foi calculado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e consta de pesquisa divulgada nesta terça feira (1). Já o superávit primário é de conhecimento antigo - está expresso em lei federal do ano passado.

O Dieese faz a conta a partir de dois bancos de dados do ministério do Trabalho – o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o Relatório Anual de Informações Sociais (Rais). As duas bases só lidam com trabalhadores com carteira assinada, por isso, a estimativa da entidade é incompleta – não considera o mercado de trabalho informal.

A projeção do Dieese representa uma alta de 16% em relação ao despejo de recursos na economia pelo décimo terceiro em 2010. Isso acontece porque aumentaram o valor do salário mínimo (cerca de 6%, de R$ 510 para R$ 545) e, também, a quantidade de brasileiros com carteira assinada – este ano já foram gerados duas milhões de vagas do tipo CLT, o que elevou o estoque total em 5%.

Pelos cálculos do Dieese, o salário extra vai beneficiar 78 milhões de pessoas este ano, 5% a mais do que em 2010. A entidade calcula ainda que o adicional terá peso de 2,9% no Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas que a economia produz ao longo do ano. O pagamento de juros equivale a pouco mais de 3% do PIB.

De janeiro a setembro, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC) nessa segunda (31/10), o superávit primário atingiu R$ 104 bilhões, 3,5% do PIB.
Ostentação e egoísmo: 39% da riqueza nas mãos de 0,4% da população
A acumulação de riquezas nas mãos de cada vez menos pessoas tem se acentuado. Estados Unidos e Europa, que passam por uma crise econômica persistente, em flagrante e revoltoso contraste, possuem dois terços dos milionários do planeta.

O mundo testemunha uma dramática piora dos indicadores sociais nos países ricos. Os mais pobres perdem oportunidades e suas economias, mas alguns poucos continuam enriquecendo, aproveitando a "chance de lucrar", torcendo, inescrupulosamente, por recessão global e ganhando sobre o desespero da esmagadora maioria da população.

Movimentos como o Occupy Wall Street denunciam a jogatina do sistema financeiro, a ganância absurda dos bancos e sua ética da acumulação de riquezas desenfreada e egoísta, sem enfrentar a regulação por parte dos mecanismos de controle de capital dos estados, a despeito da crise porque passam milhões de pessoas que perdem suas casas, seus empregos e suas vidas.

No Rio de Janeiro um grupo de aproximadamente 150 pessoas, do Ocupa Rio, tomou a praça da Cinelândia no Rio de Janeiro no sábado dia 15 de outubro e fizeram nova ocupação no sábado, dia 22, para conscientizar a sociedade contra esta desigualdade que maltrata a humanidade.

Pois bem, o total de riqueza acumulada pelas pessoas do ranking que ilustra esta postagem é quase do tamanho de toda a riqueza da Colômbia, um país com 46 milhões de habitantes!

Vivemos em um mundo desregulado, ainda norteado pela ostentação e egoísmo da riqueza absurda para pouquíssimos, em 2010 a FAO estimou em mais de 1 bilhão de pessoas passando fome e os países ricos e a ONU viram as costas para esta dura realidade.

Milionários controlam 39% da riqueza global

Fortuna dos milionários, que são menos de 1% da população, cresceu duas vezes a riqueza do mundo; em 2010, mais ricos detinham 35% do total.

Os milionários e bilionários passaram a controlar 38,5% da riqueza mundial, de acordo com o Relatório da Riqueza Global, publicado pelo banco Credit Suisse. A fortuna das 29,7 milhões de pessoas que têm mais de US$ 1 milhão (R$ 1,77 milhão) - menos de 1% da população mundial - alcançou US$ 89 trilhões (R$ 157,5 trilhões) ou US$ 20 trilhões a mais do que no ano passado. Em 2010, os milionários eram donos de 35,6% da riqueza mundial.

A fortuna dos milionários cresceu 29% - percentual duas vezes maior do que a riqueza do mundo como um todo, que agora soma US$ 231 trilhões (R$ 409 trilhões). Existem hoje 84.700 pessoas que têm mais de US$ 50 milhões, sendo que 35.400 moram nos EUA. Há 29 mil pessoas com mais de US$ 100 milhões e apenas 2.700 com mais de US$ 500 milhões.

A Europa ultrapassou a América do Norte e é lar de 37,2% dos milionários do mundo em comparação aos 37% do continente americano. O Japão concentra 3,1 milhão de milionários (11% do total), seguido por China e Austrália, cada um com 1 milhão. Em termos de países, Suíça, Austrália e Noruega são as três nações mais ricas do mundo; na Ásia, tem-se também Cingapura.

Nos próximos cinco anos, a riqueza mundial deverá aumentar em 50% a US$ 345 trilhões. Os mercados emergentes devem ter mais milionários nos próximos anos. A China já conta com um milhão de milionários. A riqueza na Índia e no Brasil devem mais do que dobrar.

Seg, 31 de Outubro de 2011 - 23:03h

(Fonte: iG)
CASA DE FERREIRO

Trabalhadores de sindicato dos metalúrgicos entram em greve contra a própria entidade. Publicada no Globo em 29/10/2011 às 10h33mHenrique Gomes Batista (henrique.batista@oglobo.com.br) RIO

Depois de organizar neste ano cerca de 35 greves e manifestações, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP) e região, que representa 45 mil trabalhadores, vive uma situação inusitada: entrou em greve. Não, a greve não é dos metalúrgicos, mas sim dos próprios funcionários do sindicato. Parte dos 60 trabalhadores da entidade decidiu cruzar os braços contra o que consideram uma atitude de desrespeito pela diretoria do sindicato: forçar a troca da data-base da categoria de setembro para novembro. - Na verdade essa proposta de alteração da data-base apenas foi um estopim para a intransigência do sindicato. Eles não aceitam negociar ou discutir isso, e chegam com este pedido que já foi negado duas vezes em assembleia - afirmou Eliane Mendonça, da comissão dos trabalhadores. Ela lembrou que o problema nem é o índice de reajuste proposto, de 10%, mas que são contrários à mudança da data-base por considerar que a situação ficará pior para os trabalhadores. Eliane lembra que, mesmo com a data-base no dia 1º de setembro, as negociações só começaram 56 dias depois. Se mudar para novembro, argumenta, o acordo não sairá antes do ano novo. Ela afirmou que estranha a atitude da direção do sindicato - filiado à combativa Central Sindical e Popular ( CSP-Conlutas), entidade ligada ao PSTU - por sua postura. A representante dos trabalhadores diz ainda que os dirigentes da entidade chegaram a contratar novos funcionários para atuar na função dos grevistas, o que é proibido pela Constituição. A versão da diretoria do sindicato é outra. Segundo Luiz Carlos Prates, conhecido como Mancha, secretário-geral da entidade, não está ocorrendo uma greve, mas sim um "boicote", que enfraquece as lutas sindicais. Ele afirma que apenas metade dos trabalhadores do sindicato aderiram ao movimento e que não contratou ninguém para as funções, mas que mantém o sindicato funcionando graças á atuação dos próprios dirigentes sindicais: - A mudança da data-base é algo relevante, pois setembro também é a data-base dos metalúrgicos e precisamos estar focados. Além disso, em novembro o sindicato possui mais recursos em caixa - diz o dirigente, que espera que tudo acabe logo. Essa manifestação ocorre enquanto o sindicato está em plena campanha salarial dos metalúrgicos do setor aeroespacial - a Embraer fica sediada na cidade - e na mesma semana em que a atuação do sindicato foi fundamental para que os vereadores de São José dos Campos voltassem atrás e trocassem um aumento salarial dos próprios salários de 50% para outro de 20%. Na cidade, o comentário geral é que, no caso da greve dentro do sindicato, vale a máxima: "em casa de ferreiro, espeto de pau".

Comissão de Funcionários
do Sind-Justiça

Ricardo Pinheiro